o bilhete anónimo

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Duarte a falar

Ela é linda.  Parece que eu estou a começar a gostar dela. Estou em aula, a tentar me concentrar mas com a Marta ao meu lado não dá. Quando deu o toque de saída, fui a correr ter com o meu amigo Marco que decidiu levar a conversa para o lado habitual

Marco: -Então Duarte, como vai a tua princesa?

Duarte:-Qual minha princesa?

Marco:-A marta, não se vê logo, estás caidinho por ela.

Duarte:- Oh meu deixa-te disso.

Ele riu-se.

Tivemos ali a falar quase 40 minutos. Ouviu-se o toque de entrada. Ia a ir ao cacifo quando de repente bati contra alguém que estava de costas. Esse alguém virou-se.

Xxx:-Duarte, outra vez?

Duarte:- Desculpa, Marta, pelos vistos é mesmo o destino que nos une.

Rimo-nos, mas o riso dela não parecia o mesmo, ela parecia estranha mas mesmo assim eu continuei o meu caminho até ao cacifo. Quando lá cheguei abri-o e um papel A4 dobrado em quatro partes tinha escrito com letras de jornal:

  HOJE VOU PRECISAR DE FALAR CONTIGO, VAI TER COMIGO AO ANTIGO ARMAZEM DA ESCOLA, ÀS 16:00 HORAS. ASSINADO:ANÓNIMO

Eu fiquei estupefacto. Quem me terá posto isto aqui?
Achei um pouco estranho o facto de estar em letras de jornal mas mesmo assim ignorei.

A aula de francês tinha começado e eu não prestei atenção à aula, simplesmente a pensar naquele papel. Quem terá sido. Ainda pensei que fosse a Marta, mas ela também não me parecia estar nada bem. Mas para saber tenho de esperar para saber. Só faltava esta aula e uma de 45 minutos de inglês. Eu estava com um bocadinho de medo, mas ao mesmo tempo estava ansioso com esperanças que fosse alguém especial para mim.
Com estes pensamentos o tempo passou a voar. Já acabei a aula de inglês. Estava eu para ir para o antigo armazém, quando começou a chover. Procurei na mochila o guarda chuva, e bolas tinha de me ter esquecido. Vi ao longe o Vitor e chamei-o.

Duarte:-Vitor, podes me dar”boleia”até ao antigo armazém da escola?

Vitor:-claro, a minha casa fica para esse lado.

Duarte:- Eu sei.

E fomos assim, os dois debaixo do mesmo guarda-chuva e chegamos ao armazém.  Agradeci ao Vitor e fui entrado no armazem.
Antes de entrar, reparei que estava lá um carro estacionado, coisa que não era habitual mas arrisquei. Entrei, comecei a ouvir passos, até que alguém me amarrou de trás, tapou-me a boca e deixou-me inconsciente.

O porquê do nascer do dia (Post and Repost)Onde histórias criam vida. Descubra agora