Capítulo 24 - Quem?

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POV: Elisa

Depois que Filipe e Samanta conseguiram sair da sala, eu voltei minha atenção novamente para o plano original. Eu não esperava que eles fizessem isso, quero dizer, sair sozinhos; mas Filipe disse que voltaria para nos ajudar, então eu não liguei.
- Jorge, você consegue fazer... aquilo - eu disse, apontando para a parede de onde os bruxos sairam.
- Você quer dizer atravessar as paredes?
Fiz que sim com a cabeça.
Ele andou até a parede e passou por ela como se não houvesse nada ali. Enquanto esperava ele voltar com alguma informação de onde nós estavamos, Ana não parava de reclamar. Pelo visto, ela ainda não confia em nós.
um momento depois, Jorge chegou.
- Calma. Ele disse que vai voltar - Sofia disse, numa tentativa inutel de confortar Ana.
- Ei! Silêncio, tô tentando ouvir o Jorge!
- Eu descobri. Parece algum tipo de porta mágica. Não sei se ela existe aqui na sala, mas não custa tentar. Como sou fantasma, não consegui ativar, mas acredito que você consiga. Me imite.
- Quem é Jorge? - Ana perguntou, mas não respondi.
Jorge fez um movimento com os dedos.
- Shh! Ele me disse que sabe como podemos sair daqui. Eu só preciso... Fazer isso!
Imitei Jorge, me direcionando à parede, e uma porta se abriu.
Antes de sairmos daquele lugar sujo, Ana pegou as correntes que antes prendiam Sofia à parede. Eu me perguntei o que ela poderia fazer com aquilo. Puxei ela para um lado e disse:
- Ei, não seja dura com eles. Eles disseram que voltariam. Assim como Jorge voltou depois de atravessar a parede.
Ao chegarmos na outra, me deparei com um uma sequência longa de ações. Filipe e Samanta no chão; um cara aparentemente fazendo magia; uma corrente no ar; Hugh, que eu nunca acreditei que fosse melhor ou mais inteligente do que um simples vilão; um bando de caçadores, ao subir até um certo andar que, tudo indicava, era na agência. Ufa!
Não tive tempo de reparar como era a agência, apenas porque não co seguia parar de plhar nos olhos que nos fuzilavam dos caçadores
- Nós temos que correr. - Filipe alertou.
Os colares nos pescoços dos caçadores brilhavam mais intensos do eu já havia visto antes.
- Subam as escadas e virem a esquerda, na porta de vidro. Preciso resolver algo. - Ana disse.
Assim que saimos daquele lugar, senti uma leveza. Aquele lugar tinha uma energia muito negativa. Mas isso não durou muito tempo. De repente, estávamos em um apartamento pequeno.
- Alguém quer uma bebida? - Samanta perguntou.
- Que lugar é esse? - perguntei.
- É a minha casa - disse Samanta.
- Nossa! O que foi isso?
- Eu não sei? Eu só estava desesperada m, então fiz um feitiço rápido para nós tirar do perigo - ela disse
- Mais acabamos entrando em outra bem grande também - Filipe disse o que eu estava pensando.
- Me desculpem.
- Mas se não fosse por você, eu nunca teria saído daquela prisão - Sofia finalmente disse.
- Mas, afinal, quem é você? - perguntamos ao mesmo tempo.
- Você realmente não lembra de mim, né? - ela se direcionou ao Filipe, triste.
- Não.
- Será que você não... Ai, meus deus! Eu preciso voltar pra casa! Meus pais devem estar preocupados! - lembrei. - Olhem, vocês me ajudaram muito, mas preciso ir pra casa.
- "Será que você não" o quê? - Samanta perguntou.
- Fazer um feitiço para recuperar a memória! - gritei, enquanto corria para fora da sala e do prédio.

Haviam passado apenas alguns minutos desde a chegada deles em casa, mas minha família ficou muito preocupada. No caminho, pensei em uma desculpa para eu ter sumido. Disse a eles que fui visitar um amigo que estava doente e não havia ido a escola na semana e que havia deixado um bilhete no meu quarto, caso eles voltassem. Não havia bilhete, mas eu corri pro meu quarto escrevi um e mostrei para eles. Eles pereceram acreditar.
- Você foi mesmo visitar um amigo? - Caio perguntou - E cadê o seu outro amigo? Já foi embora?
- É mesmo! Cadê ele? - perguntei para mim mesma. - Eu vou te contar, mas você não vai acreditar.
Contei a ele tudo o que sabia. Como havia parado naquela sala escura, conhecido Sofia, uma lobisomem, saído da sala e que talvez agora Ana acreditaria em mim, já que aquilo tudo era a prova que eu precisava para que eles acredotassem em mim.
- Essa coisa de agência, puladores... é muito perigosa, você não acha?
- É claro que eu acho, mas é um perigo que eu tenho que correr, já que meio que envolve o destino do mundo.
- Você poderia ter pedido minha ajuda. Desde que você achou esses novos sobrenaturais, você nem conversa comigo direito.
- Me desculpa. Eu pediria sua ajuda, se soubesse que teria que iria para aquele lugar contra a minha vontade. Mas sabe o que eu acho? Foi Jorge que me mostrou o segredo daquelas portas. Acho que, agora que todos sabem da verdade, ele não precisa mais ajudar. Acho que ele deve acreditar que conseguiremos destruir a agência e os puladores sozinhos. Acho que ele foi embora... Depois que tudo isso acabar, tudo voltará ao normal.
- Mas, pelo que você me contou, a agência sabe que você é sobrenatural. Eles devem caçar você, então é melhor tomar mais cuidado.
- É verdade, eu vou. Mas agora vou ligar para Paul e contar tudo para ele, até porque o amigo dele foi embora.

No outro dia, na escola, fui procurar Ana.
- Me desculpe por ter duvidado de você.
- Tudo bem, eu entendo. Mas o que vai acontecer com a agência, agora que todos sabem da verdade? O que você contou para eles.
- Eu não contei. Eu... fugi.
- Fugiu??? - gritei e logo tampei minha boca, mas, onde nós estavamos, não havia pessoas.
- Eles não acreditaram em mim! - Ana se defendeu.
- Precisamos ir até a agência e desmascarar aqueles puladores que estão a solta, causando a morte de pessoas inocentes. Eles tem que acreditar em nós.
- Precisamos falar com o Filipe. Ele deve nós ajudar.
Quando virei minha cabeça para onde uma multidão se formava, percebi uma pessoa que não apareceu muito na escola nos últimos tempos. Hugh.

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