Capítulo 16

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Demorou mais de dez minutos para chegarmos ao Hospital, já havia ligado para Jason e ele estava indo avisar a Lauren e a Tia Lilian sobre o acontecido e sobre eu não poder ir trabalhar, Max estava mais estressado que eu, falando que se encontrasse o Marcos, ele não respondia por si. Eu estava me sentindo tão culpada, se eu tivesse ido para a delegacia na hora que o Marcos me atacou, ele estaria na cadeia, e o Carlos não iria estar no hospital, e o Logan não estaria machucado. Eu queria muito voltar no tempo e poder arrumar isso. Quando chegamos no hospital, eu desmoronei quando vi o Logan todo machucado e com o rosto inchado e roxo, comecei a chorar, e fui correndo até ele, eu o abracei e pedi perdão umas cem vezes, e a única coisa que o Logan fazia era balançar a cabeça e chorar. Max ficou em pé o tempo todo olhando eu e o Logan naquela situação sem falar nada, ele estava com as mãos cerradas como se estivesse pronto para dar um soco em alguém. Não era difícil imaginar o que ele estava pensando, ele percebeu que eu estava olhando pra ele e sentou do meu lado. Depois de mais ou menos meia hora, Lauren, Brad e Jason chegaram no hospital com alguns cafés e lanches. Estávamos todos em silêncio, quando o médico chegou para falar do Carlos, senti que todos na sala ficaram tensos com a chegada do Dr. Diangelo, mas não fiquei prestando muita atenção nisso. No relatório médico, falava que o Carlos havia quebrado duas costelas, estava com o baço perfurado, teve hemorragia interna e precisava de doações de sangue. Meu coração veio na boca, Logan estava chorando cada vez mais alto, eu não sabia o que fazer para acalmá-lo, então falei para a Lau leva-lo lá para fora, enquanto eu conversava com o Dr. Diangelo. Perguntei ao doutor qual era o tipo de sangue que o Carlos precisava, e ele falou que era O-. O que já era uma coisa ótima porque é muito fácil arrumar pessoas com o sangue O-, também perguntei se ele iria sobreviver e quanto tempo até ele se recuperar, o doutor falou que ele estava fora de perigo e poderia sobreviver se conseguisse sangue, ele também ia retirar o baço e se fosse preciso também tiraria as costelas quebradas. Quando dei a noticia ao Logan, ele reagiu melhor do que eu esperava, não chorou e perguntou se podia usar o meu celular para avisar os pais do Carlos sobre o ocorrido, pois eles não estavam em Austin e ele não tinha conseguido carregar o celular desde ontem, eu emprestei e ele voltou para a sala de espera. Quando sai do hospital, estava muito quente na rua e todos estavam sentados no meio fio, com a cabeça abaixada ou mexendo no celular, Tia Lilian, havia ido embora, mas Lauren, Brad, Max e Jason, ainda estavam lá, quando eles me viram, Max veio correndo na minha direção e me abraçou, eu desmoronei, chorei tudo que eu tinha para chorar enquanto ele me abraçava e dizia que tudo iria ficar bem e que ele estava comigo, Max me soltou e enxugou minhas lagrimas e depois me deu um beijo na testa, Lauren me abraçou e falou que tínhamos que ter força pelo Logan e deveríamos permanecer fortes, eu concordei com a cabeça e rezei pra tudo acabar bem no final. Fiquei quase um hora esperando o Logan voltar e devolver o meu celular, mas ele não apareceu, então resolvi ir atrás dele. Quando cheguei a sala de espera, Logan não estava lá, mas tinha duas figuras muito bizarras. Tinha uma mulher que parecia um segurança de uma boate de strippers, toda musculosa e bem grande, com ombros largos, varias cicatrizes no rosto e pelo corpo, os braços e as pernas toda tatuadas e ela me olhava como se eu fosse um bicho que ela estava preste a cozinhar, o homem que estava ao seu lado, tinha o dobro da altura e da largura da mulher, tinha um bigode branco, estava com uma bandana na cabeça e uma jaqueta de couro preta, estava de óculos escuro, mas podia jurar que ele podia ver a minha alma e podia tirar ela do meu corpo, me sente completamente exposta depois do olhar dele, ele estava com a postura de um chefe da máfia com a mistura de um motoqueiro. Quando ia saindo da sala, o homem me chamou:

-EI MENINA! - Ele falou com uma voz grossa e autoritária.

-O senhor me chamou? - Eu perguntei dando meia volta.

-Tá vendo outra menina aqui? Acho que não, então é obvio que é você criança. - Dessa vez, foi a mulher que falou, tão arrogante que me deu vontade de bater nela. - Você tá procurando alguém?

-Eu estou sim senhora, meu amigo Logan. - eu falei. - Ele é mais ou menos do meu tamanho, tem o cabelo preto, olhos azuis, bem branco e estava com os olhos inchados de tanto chorar e com o rosto roxo. Por algum acaso, vocês o viram?

-Sim, acho que sim. - falou o homem assustador. - Ele deve ser o namorado do nosso filho Carlos, é ele por acaso?

-Sim senhor, é ele mesmo. - falei. - "Por onde vocês entraram?" -pensei comigo. 

-Criança, o senhor esta no céu. - O homem assustador falou rindo. - Meu nome é Giancarlos Gonzáles La Rosa Pinto e essa é minha mulher Clara Maria Gonzáles La Rosa Pinto, qual é o seu nome? - Perguntou o homem assustador.

-Meu nome é Emily, Emily Johnson. - Eu falei sorrindo.

-Emily, prazer. Você é amigo do nosso Carlos? - Perguntou a mulher assustadora.

-Sim, eu sou. - Eu falei.

-Ainda bem, não queria matar você. - Ela falou rindo, e fez o senhor assustador rir também.

-Então, vocês sabem do Logan? - Eu perguntei, engolindo a seco.

-Sim, ele esta com o Carlos lá no quarto dele. - Falou a mulher assustadora.

-Muito obrigada, foi um prazer conhecer vocês, o Carlos vai melhorar logo, eu tenho muito fé nisso. - Eu falei tentando sair de lá o mais rápido possível.

-Nós também temos fé garota, nós também temos fé. - Falou o homem assustador.



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