Capítulo 44

13 2 0
                                    


Quando Max saiu do quarto, sentei na cama e chorei, meu coração estava apertado.

- Me desculpa, Max. - Falei pra mim mesma.

A verdade é que eu não estou sedada, não estou em um estado grave, não fisicamente, apenas emocionante.

Eduardo voltou para conversar comigo na noite anterior e bolamos esse plano, o plano que seria infalível, que forjaria minha morte sem me meter em maiores problemas:

Frank é médico, mas não um médico confiável, digamos que ele é fácil de se comprar. É um amigo de Eduardo que vai nos ajudar, ele vai comunicar a todos que eu morri e não permitir que os outros médicos e enfermeiras se metam no meio.

Eduardo vai cuidar das papeladas depois da minha suposta morte e, segundo ele, as papeladas da minha nova eu. Eduardo também me contou que tem uma garota que poderá me ajudar quando eu estiver no Brasil. Espero que tudo isso dê certo, porque se alguém errado descobre, posso ser presa pra sempre.

Eu não queria esconder a verdade de nenhum dos meus amigos, muito menos do meu irmão e de Max, mas era necessário e isso dói muito.

Eu ainda estava sentada em minha cama chorando todas as lágrimas que eu tinha, quando Frank entrou no quarto.

- Está tudo bem? O que aconteceu? - ele perguntou.

- Eu não vou conseguir, não posso fazer isso - falei entre as lágrimas.

- Emily, você que escolheu isso, mas imagino sua dor. - Ele falou, tentando me acalmar - E eu sei que você não me conhece direito, mas vou fazer o melhor que eu puder para te ajudar.

- Obrigada - falei.

Sei que eu havia falado para Eduardo que não contaria a ninguém sobre o caso, mas eu definitivamente precisava compartilhar com Lauren porque eu confiava nela 100% com isso e tinha a plena certeza que ela me ajudaria com o que precisasse. Então, liguei pra ela.

- Lauren?

- Oi Em, está tudo bem? - ela perguntou.

- Sim... Claro, pode vir até o hospital, por favor? Quarto 21, fala com o Dr. Frank, ninguém mais além dele - pedi.

- Hospital??? - ela gritou.

- Você já vai entender, só vem logo. E não importa o que aconteça, nunca, NUNCA fale pra ninguém que eu te fiz essa ligação.

- Entendido.


Depois de mais ou menos 20 minutos, Lauren apareceu no meu quarto

–O que aconteceu? – ela perguntou se sentando ao meu lado da cama

–Eu... Eu não sei por onde começar – eu falei a uma lagrima começou a escorrer pelo meu olho direito. Contei-lhe todo o meu plano, e tudo que podia dar errado.

–Você quer fazer todo mundo sofrer achando que você morreu só pra ir para o Brasil e salvar o seu pai? – ela explodiu – Você não pode deixar isso nas mãos do FBI? Você tem que tentar salvar o mundo? Eu não posso acreditar...

–Eu achei que você iria entender...

–Eu... Desculpa, eu entendo, mas não acho certo, eu nunca faria isso ou teria coragem de fazer isso.

–Preciso de você do meu lado. Ou não vou conseguir...

–Eu sempre vou estar do seu lado – Lauren falou e me abraçou.


***

Frank apareceu duas horas depois com outro soro que me faria apagar até a hora de eu precisar deixar o hospital para ser enterrada. Uma parte do plano era me apagar, eu ser enterrada e depois eles iriam abrir o caixão e me tirar de lá. Eu estava aterrorizada. Dei um abraço na Lauren e depois sorri para Eduardo, eu realmente gostaria de voltar a ver eles.

O Apocalipse da Minha VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora