Capítulo 42

14 1 0
                                    

Me sentei no sofá ao lado do Eduardo, ele me olhava como se estivesse me analisando, me senti desconfortável e me arrumei no sofá, ele deve ter percebido, pois fez um barulho com a garganta e também se arrumou no sofá

–Então – eu comecei – Tem alguma ideia do porque eu te chamei aqui hoje? – Eu perguntei

–Não – ele falou – Não mesmo. Mas imagino que é sobre a sua mãe

–Eu não tenho mãe tio Chico – eu falei – Quer dizer, Eduardo. Ela fugiu para o Brasil, como estava escrito no envelope que o Robin me deu quando eu coloquei ele atrás dela.

–Como é que é? – Ele falou surpreso – Você colocou com detetive particular atrás da sua mãe e não me contou?

–Eu tinha 10 anos – eu falei – Estava desesperada a procura de uma mulher que tinha me abandonado! – Senti as lágrimas escorrem no meu rosto – Meu pai e o meu irmão eram dois bêbados, eu trabalhava, estudava, cuidava da casa e deles dois! Enquanto você, que era um tio pra mim mentia como todos os outros – eu estava chorando cada vez mais, e minha voz mal se ouvia por conta dos soluços

–Emily, eu sinto muito – ele falou me abraçando

–Isso não importa mais – eu falei me soltando do abraço dele e me levantando – Eu te chamei aqui Eduardo, por que eu vou salvar o meu pai, e você vai me ajudar.

–Você quer minha ajuda para salvar o seu pai da máfia? – Ele debochou

–Não só a sua ajuda, mas a ajuda do FBI – eu falei

–Você só pode estar brincando – ele falou coçando a cabeça

–Eu nunca falei tão sério na minha vida! – Exclamei

–Eu não sei se o FBI vai querer te ajudar, afinal, essa máfia é uma das mais perigosas do mundo – ele falou se levantando e indo em direção a janela – Mas, eu posso ajudar. Porque seu pai é o meu melhor amigo, apesar de tudo, a culpa é minha por não ter imaginado que eles o pegariam. – Ele falou e eu senti que ele nunca iria se perdoar por ter deixado o meu pai ser levado

–Então você vai ajudar? – Eu perguntei

–É só me falar qual é o seu plano – ele falou olhando para mim

–Eu quero forjar a minha morte para sair e procurar por ele sem me preocupar com a minha mãe e a máfia dela – eu falei confiante

–Forjar a sua morte? – ele falou assustado – Você está louca?

–Você não entende? – eu falei me sentando no sofá – É o único jeito de salvar o meu pai! Com a minha mãe achando que eu estou morta, vai ficar muito mais fácil

–Eu concordo com você, será um pouco mais fácil – ele falou sentando ao meu lado e pegando minha mão – Mas Emily, ainda é perigoso e eu prometi ao seu pai que iria cuidar de você e do Jason... Eu não posso deixar.

–Você não é meu pai para me deixar fazer qualquer coisa – eu falei tirando a minha mão da mão dele. – Ou você me ajuda, ou eu faço isso sozinha.

–Tá bom! Eu não tenho escolha mesmo. – ele falou

–Obrigada – eu falei agradecida – Como vamos fazer isso?

–Primeiro, pra isso dar certo, você não pode contar para ninguém – ele falou – Nem para o seu irmão, nem para os seus amigos e muito menos para o Max.

–Eu sei. – eu falei suspirando

–Então você tem certeza que quer fazer isso? – ele falou

–Certeza absoluta! – Exclamei

–Então eu tenho uma ideia – ele falou, se levantando e pegando o celular para ligar para alguém

–E qual é essa ideia? – eu falei me levantando

–Eu vou voltar aqui mais tarde – ele falou abrindo a porta – E ai, vamos começar o nosso plano! – ele saiu me deixando sozinha com os meus pensamentos e em êxtase. 

O Apocalipse da Minha VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora