Capítulo 35

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Assim que o Logan e o Tio Chico chegaram, contei a eles toda a história, contei sobre minha mãe ser a pessoa que sequestrou o meu pai, contei sobre o telefonema, contei sobre os tiros, contei sobre a carta que meu pai tinha me deixado. Quando terminei de contar tudo, ninguém falou nada, Lauren que estava sentada do meu lado segurando minha mão, se levantou e foi até a porta, Logan que passou o tempo todo fitando o chão, continuou assim, era impossível acreditar que a minha mãe, uma mulher amável, gentil e bondosa poderia fazer qualquer coisa desse tipo, mas a coisa que mais me intrigou, foi o fato do Tio Chico não parecer estar impressionado ou surpreso com nada disso, parecia até que ele já sabia. Ele se levantou e foi para perto da janela, onde ficou olhando para o lado de fora por um bom tempo, Lauren não parava de andar de um lado para o outro, e o Logan, estava tão quieto que me deu até medo. Resolvi ser a primeira a falar.

–Tio, o senhor já sabia né? –eu falei olhando para ele e arquejando a sobrancelha

–Eu já suspeitava, mas não quis falar nada para o seu pai e para vocês –ele falou se virando para mim –Emily, existe muita coisa sobre mim que você não sabe...

–Então me conte! Agora! –eu ordenei

–Como você quiser –ele falou puxando uma cadeira e se sentando ao lado da minha cama próximo a cadeira de Lauren, Lauren se sentou de novo ao meu lado para ouvir e o Logan continuo fitando o chão –Bom, minha querida, por onde eu começo? Meu nome verdadeiro é Eduardo, eu sou brasileiro, mas tive que me mudar para cá quando comecei a trabalhar para o FBI –ele fez uma pausa achando que alguém iria falar alguma coisa, mas como ninguém falou ele prosseguiu –Quando completei 2 anos no FBI, me deram essa caso, sobre uma máfia na região próxima ao seu bairro, por isso abri o Bar, porque os bêbados te contam muita coisa, quando seu pai começou a ir ao meu bar, nem você e nem o Jason haviam nascido, ele tinha acabado de se casar com a sua mãe, e eles tinham brigado por conta do ciúmes doentio do seu pai, ele me contou que tinha um rapaz que ligava todos os dias, na mesma hora para a sua mãe e ela atendia no telefone do quarto com a porta fechada para ele não escutar a conversa, com o passar do tempo, eu comecei a receber sua mãe em meu bar de madrugada para se encontrar com esse tal rapaz, foi quando eu resolvi investigar o rapaz e por curiosidade, acabei puxando a fixa da sua mãe. Quando puxei a fixa dela e vi que os registros dela marcavam no dia 16/12/1994, mas seu pai me contou uma vez que ela tinha 47 anos, então ela não podia ter nascido em 1994, porque se não, ela teria 21 anos, foi quando eu percebi que sua mãe não era quem ela dizia. No dia seguinte quando ela pareceu no meu bar, eu lhe ofereci uma cerveja, por conta da casa e um copo, e quando ela foi embora, eu o levei para analise em um dos laboratórios e descobri que verdade, sua mãe era Rosalinda Meinerz La Rosa, filha de uma brasileira, com um mexicano, dono da máfia Alejandro Meinerz De La Rosa, e o rapaz que ela estava encontrando era o seu irmão Ross Rodrigues Meinerz La Rosa, quando o pai dela morreu, seu irmão veio procura-lá com uma proposta, ele havia acabado de se casar e iria sair do país para morar na Espanha com a sua mulher, e pediu para ela assumir os negócios da família, e ela não podia negar, então ela deixou você e seu irmão, e desapareceu no mundo –ele completou e me fitou para ver a minha reação –E desde de então, eu não tive noticias dela, até...

–Até o meu pai sumir e eu ser baleada –eu completei e ele balançou a cabeça concordando

O Apocalipse da Minha VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora