Estava sentada com meu irmão, Austin, no sofá da sala. Infelizmente ou felizmente, esperando os amigos dele. Felizmente porque, a maioria são meus amigos. Infelizmente, porque, meu ex-namorado, provavelmente viria também.Cameron Dallas. O nome da desgraça mais desgraçada. O nome da pessoa por quem eu me apaixonei, e por quem eu me entreguei. E só me fodi.
Eu apenas não consigo entender os motivos dele para fazer o que fez comigo, e eu realmente não estou sendo dramática quanto a isso.
Ele ainda tenta até hoje me pedir desculpas. Tentativas totalmente inúteis. Não são lembranças do tipo que se esquecem fácil, nada poderia mudar o que ele fez. Eu nunca esqueceria isso.
Eu quero mais é que ele queime no fogo do inferno, sendo sincera. Agora, vamos a outra parte do "infelizmente".
Justin. Justin Bieber.
Ah, esse homem me irrita tanto, também é amigo do meu irmão, melhor amigo, na verdade. Bom, para ser sincera, era pra sermos amigos também, mas sempre guardamos ódio um pelo o outro, desde crianças, ou desde adolescentes, eu diria. Ódio é uma palavra muito forte, creio que seja apenas implicância.
Nós implicamos tanto um com o outro, que essa coisa acabou se tornando um jogo viciante, da qual quem se mostra atingido, perde.
Eu e Justin sempre gostamos de fazer algo para atingir o outro, desde pequenos. Mas foi quando ele entrou em sua época problemática, que isso saiu do controle. Nessa época, Justin começou a me tratar mal de uma forma realmente cruel, não era nada como nossos jogos apenas por diversão. E como eu não sou das mais carinhosas, bom... Mas isso é passado.
Agora é cada um no seu canto, e apenas isso. Nós ainda temos algumas brigas, e ainda gostamos de provocações, mas nada fora do controle.Eu não ficava amiga das pessoas fácil. Mas, em compensação, ficava inimiga delas em um estalar de dedos. Talvez isso tenha contribuído para minha relação conturbada com Bieber. Não pense que eu saio por aí ficando inimiga das pessoas por onde passo. Só tem meu ódio quem merece ele, porque existem pessoas tão hipócritas que nem esse sentimento tão impuro meu, merecem.
Para falar a verdade, apenas Cameron tem meu ódio, mas isso não é assunto para agora.
E eu juro que já tentei por muitas vezes deixar essa barreira de lado, que me impedia de ter novamente uma relação amigável com Justin. Mas, ele ia e estragava tudo, como sempre fazia. Natural dele. Sentia prazer em fazer as coisas darem certo para ele, mas sentia ainda mais prazer fazendo as coisas darem errado para os outros.
Mas apesar de tudo, ainda acreditava que aquele Justin puro, livre de maldades e de ódio, aquele que me protegia quando os valentões da escola tiravam onda comigo e meu irmão não estava por perto pra me defender, já que eu mesma não conseguia fazer isso sozinha.
Aquele que por vezes me viu chorar por motivos tão bobos na infância, que se resolviam com um simples abraço dele e pronto, o choro cessava.
Aquele que com simples palavras de consolo conseguia me acalmar tão facilmente.
Aquele que fazia gracinhas só para me fazer rir quando eu estava triste, e conseguia, quase que num passe de mágica.
Aquele Justin que adorava tocar violão no sofá, cantando músicas sem sentido e notas sem melodias.
Aquele Justin que pegava sua bateria de criança e colocava no jardim de casa, a tocando sem cessar, atrapalhando o sono de toda a vizinhança, e se divertia com isso, mas tudo na maior inocência possível.
Eu acreditava que ele ainda estava lá. Ou pelo menos era isso o que eu queria que fosse a verdade. Porque eu nunca quis perder meu amigo, nunca foi esse o meu desejo. Uma simples atitude sua errada me irritava. E eu sei que não posso julga-lo, e que todos erram, mas Justin fazia de propósito. Ele fazia para desencadear uma reação nas pessoas que elas não queriam, mas que ele tinha prazer de ver. E mais uma vez, ele conseguia.
Justin nunca foi o tipo de pessoa amável com todos. Escolhia as pessoas que gastava seu tempo a dedo. Ele me escolheu. Mas com o tempo isso mudou. Hoje eu sou só mais uma na sua longa lista de pessoas que ele não quer por perto.
E uma parte de mim não queria estar nessa lista. Mas a outra grita que eu fiz por merecer. Eu não merecia seu ódio e nem ele merecia o meu. Mas não porque ele fosse uma pessoa completamente boa e que não merecia o ódio e desprezo de ninguém.
Mas sim porque ele não precisava dele. Ele já tinha o ódio de muita gente. Alguns pelo mesmo motivo que o meu, outros porque se jogavam muito aos seus pés, e uma hora isso o irritou, ou simplesmente porque ele enjoou de alguns rostos ou porque cansou de tanta bajulação.
Enfim, não importa. Ele era odiado. Mas também era amado. Por milhões de garotas e garotos estéricos no mundo inteiro. Faziam loucuras por Justin, tudo pra ver seu sorriso. Com tudo, Justin conseguia ser a pior pessoa do universo, mas ainda conseguia ter um amor lindo e incontrolável por essas pessoas.
Pessoas que acreditavam que ele podia dar a volta por cima e se tornar uma pessoa melhor. E comigo não era diferente, eu acreditava que ele mudaria. Esperava um dia ter meu Justin de volta, aquele que era o melhor amigo do mundo. Como eu sentia falta de Justin, mas falta daquele Justin.
Meu coração implorava para o ter de volta, mas não dependia só de mim, infelizmente. Eu sabia que Justin usava uma máscara por cima de sua alma, aquela que era pura e verdadeira, limpa do mal. Mas eu sabia que suas fãs conseguiam enxergar através dessa máscara difícil de desvendar, assim como eu.
E era isso que me motivava a continuar acreditando nele. Eu sabia que meu Justin ainda estava lá, em algum lugar esperando pra ser liberto. E eu precisava dele, tinha certeza disso. Eu só não demonstrava.
Eu vi por muitas vezes, Justin chorando pelos cantos. E eu fazia exatamente como ele fazia comigo anos atrás. Eu o abraçava e dizia que tudo ficaria bem, que ele não precisava ser forte o tempo todo. E esses eram, sem dúvidas, os nossos únicos momentos de paz um com o outro. Os únicos em que não estávamos discutindo por coisas pequenas e que não faziam diferença pra ninguém. Era apenas mais um motivo de implicância um com o outro.
Ele era forte, apesar de tudo. Mas ninguém é forte o tempo todo. Ninguém aguenta segurar tudo pra si, pôr tudo pra dentro. Pessoas precisam desabafar, precisam se abrir. Mas Justin só fazia o contrário. Ele se fechava.
Pra Justin, lágrimas era um sinal de fraqueza. Ele só não sabia, que lágrimas era um sinal de liberdade. Você estava libertando aquilo preso em você em forma de lágrimas. Limpando sua alma. Se sentiria leve e livre depois de finalmente soltar aquilo que estava te impedindo de viver. Era disso que Justin precisava. Libertar o que estava o impedindo de viver. Bom, ao menos é isso que me disseram, pois apesar disso, eu penso igual a Justin, que chorar me faz fraca, mas isso também não é assunto para agora.
Eu acreditava nele, acreditava que ele estava se esforçando todos os dias para melhorar. E acreditava no que ele ainda era por dentro. Não importava quantas vezes me dissessem que ele era um caso perdido. Uma página de um livro que já não podia ser escrito.
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fake dating • justin bieber (HIATUS)
Fanfic{jdb} O famoso cantor e ex garoto problema, Justin Bieber, tem sua carreira em risco e sua única salvação é um namoro falso com Melissa Mahone. Será possível surgir um amor verdadeiro no meio de tanto drama?