26|Gang|

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Melissa.

Suspirei, enquanto assistia minha querida Katherine Pierce morrer.

Okay, depois disso eu perdi minha vontade de ver séries por hoje. Eu já havia visto TVD mais de três vezes, mas nunca me cansava.

Saí do quarto, caminhando feito um zumbi pelo corredor. Eu meio que havia trocado o dia pela noite, ou seja, tinha ficado acordada a noite toda vendo séries e só ir dormir as 7h da manhã, e agora eram 16h.

Bufei quando percebi que não havia ninguém no segundo andar, logo me encaminhando para o terceiro.

Essa casa nunca fica em silêncio, não é possível que não tenha ninguém aqui.

Parei no meio do corredor quando ouvi vozes vindas do escritório, que estava com a porta entreaberta. Me dirigi para lá, ficando ao lado da porta.

- Ninguém vai descobrir, cara. - era a voz de Nash.

- Vocês sabem que se a mídia descobre sobre isso, todo mundo se ferra, não sabem? - Hayes.

- A mídia não vai descobrir. Várias pessoas nesse meio fazem isso a tempos e eles não sabem nada sobre até hoje. - Gilinsky.

- As meninas não podem saber, principalmente minha irmã. - Austin.

No mesmo momento entrei na sala, sendo recebida por olhares assustados.

- O que eu não posso saber? - me encostei no batente da porta, observando a mesa composta por todos os meus amigos e meu irmão.

- N-nada. - Austin gaguejou.

- Falem logo. - revirei os olhos.

- Você não pode saber, pro seu próprio bem, Mel. - Shawn me encarou.

- Até você? - perguntei. - Desde quando vocês me escondem coisas?

- Desde que a sua segurança vem antes da sua curiosidade. - Austin respondeu com o semblante sério.

Era a primeira vez que ele falava comigo desde o enterro de nossa mãe. Eu ainda estava chateada por ele ter se afastado de mim do nada, então resolvi o ignorar.

- Vocês sabem muito bem que não vou deixar vocês em paz até me contarem, então andem logo. - me joguei no sofá no outro canto da sala, sendo observada por eles.

- É pra você não se machucar que não te contamos, Liss. Você sabe que se a situação fosse diferente, você seria a primeira a saber. - disse Justin.

- Por que eu iria me machucar? Vocês cometeram um crime federal ou algo assim? - perguntei rindo.

- Ainda não. - Hayes murmurou.

Sua intenção provavelmente era não ser ouvido, mas não funcionou. Taylor deu um tapa em sua cabeça, revirando os olhos, enquanto todos o xingavam.

- Ah, qual é? Uma hora ela iria saber. - o garoto se afundou na cadeira.

- Agora vocês vão falar. - encarei todos, séria. - Obrigada, Hass. - pisquei.

- Vamos formar uma gangue. - Sammy se pronunciou.

- VOCÊS VÃO VIRAR GANGSTERS E NÃO ME CHAMARAM? - me levantei do sofá. - ISSO É UM ABSURDO!

- Eu disse que ela teria essa reação. - Shawn riu fraco.

- Você não sabe de tudo, então senta aí e escuta. - Austin pediu autoritário.

Vontade de esfregar a cara dele na mesa não me faltou, mas fiz o que ele pediu, me sentando na única cadeira vaga, que era entre Matt e Johnson.

- Vamos atrás do Cameron. - disse Justin, girando em sua cadeira.

- O quê? - quase me levantei novamente.

- Você sabe muito bem o que vamos fazer, e a razão pelo qual vamos fazer. Então não banque a ingênua. - Austin disse ríspido.

- Qual é o seu problema, porra? O que foi que eu te fiz? - o encarei, nervosa.

- Isso não é assunto pra agora, Melissa. - o mesmo não me olhava diretamente, o que me fez querer gritar em frustração.

Respirei fundo algumas vezes, tentando me acalmar. Johnson e Matt apertaram minhas mãos, sorrindo fraco, eles sabiam que eu estava chegando ao meu ponto máximo.

- Não precisa falar assim com ela, cara. - disse Justin, e quando Austin abriu a boca para o xingar, ele voltou a falar. - Ele não terá o que merece se deixarmos isso por conta da polícia, então faremos justiça com nossas próprias mãos.

- E vocês pretendem fazer isso, matando-o, não é? - perguntei, já sabendo a resposta.

- Isso aí.

- Tô dentro! - respondi, sorrindo fraco.

- Quê? - alguns deles perguntaram.

- Meninos, se tem alguém que quer fazer o Dallas sofrer pelo que ele fez, esse alguém sou eu.

- É, pensando por esse lado... - disse Gilisnky.

- Você não se incomoda mesmo com isso? - Aaron perguntou, me olhando.

- Não. - dei de ombros. - Eu sempre tive fetiche em gangsters.

- É bom saber disso. - disse Justin, me fazendo sorrir.

- Tá bom, chega por hoje, amanhã a gente continua. - disse Austin, se levatando.

Todos fizeram o mesmo, saindo da sala gritando, coisa que eles sempre fazem quando estão juntos. Me apressei para alcançar Austin assim que ele se moveu para os acompanhar.

- Você fica. - segurei em seu braço, olhando em seus olhos.

- O que você quer, Melissa? - perguntou, puxando seu braço e se dirigindo para o outro lado do escritório.

- Quero saber por que você tem me ignorado desde o funeral. - fui até ele. - E porque nas poucas vezes em que fala comigo, age como um estúpido.

- Isso é coisa da sua cabeça. - se afastou novamente.

- Austin! - gritei, o que fez o mesmo olhar para mim assustado. - Para de fugir de mim e me conta logo porque está agindo como uma criança.

- Eu não... - ele estava pronto para dar mais uma desculpa, mas viu que eu não iria deixá-lo sair dali sem saber a verdade. - Você me lembra ela.

- Quem, Austin?

- A mamãe, Mel! - gritou. - Você é exatamente igual a ela!

- Isso deveria ser uma coisa boa, não é?

- Não quando olhar pra você dói. - seus olhos estavam marejados. - Não é nada agradável, acredite.

- Austin, você acha que não me lembra o papai? - fui até ele, parando a sua frente. - Eu vejo ele quando olho pra você.

- E por que não se afastou de mim ainda?

- Porque isso é algo bom! - limpei uma lágrima em seu rosto. - Por mais que ele não esteja aqui, eu tenho você. E por mais que a mamãe não esteja aqui, você tem a mim, Austin. Por que não consegue entender isso?

- Eu pensei que te afastando, eu conseguiria me livrar da dor, que eu não pensaria nela.

- Esse é um pensamento muito egoísta.

- Eu sei, Mel, eu sei. Desse jeito só foi pior. - ele balançava a cabeça, apertando os olhos. - Me perdoa?

- Depende de quanto chocolate você vai me dar. - coloquei a mão no queixo, fingindo pensar.

Ele riu, me puxando e envolvendo minha cintura com seus braços e eu fiquei na ponta dos pés para o abraçar de volta.

Sorri, enquanto deixava um suspiro escapar de meus lábios. Senti falta disso.

- Você é minha família, Austin, não se abandona a família. Porque agora, no final do dia, você é tudo que eu tenho.

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