Melissa.
Justin finaliza a ligação e eu continuo o olhando com curiosidade.
- Quem era? - perguntei.
- Meu pai. Ele está na cidade e quer que eu veja ele, mas amanhã faço isso. - no mesmo instante me levantei, preocupada.
- Tem certeza? Você parecia surpreso e preocupado falando com ele, o que houve? Ele está bem? E a Jazz e o Jaxon? - ele me olhou, mas seus olhos não continham o mesmo brilho cotidiano. Deu um sorriso triste.
- Não é nada demais, Mel, sério. - assenti, ainda desconfiada. - O que acha de ficarmos em alguma pousada por aqui? Está ficando tarde para dirigirmos e são seis horas e meia de viagem, amanhã cedo partimos.
- Por mim tudo bem. - dei de ombros.
...
Com os braços de Justin ao meu redor e minha cabeça apoiada em seu ombro, fechei os olhos, atenta aos sons das ondas colidindo e sentindo a brisa fresca bater em meu rosto.
Nós já havíamos nos instalado em um quarto e jantado no restaurante da pousada, agora estávamos em uma área em frente a praia, nela havia várias cadeiras, sofás e redes, e uma chaise redonda, na qual eu e Justin estávamos.
Enquanto observava o mar, senti o olhar de Justin em mim. Automaticamente o sangue subiu para meu rosto, deixando minhas bochechas avermelhadas. Corar por tudo é uma merda.
- Justin? - chamei, ainda encarando o mar.
- Uhm?
- Para de me encarar. - pedi, rindo e virando para o olhar.
Ele não me olhava maliciosamente, mas sim, com carinho. Seu olhar transbordava isso, como se ele quisesse me fazer sentir algo através dele.
- Desculpa. - riu, pouco nervoso.
Nosso silêncio era completamente confortável, mas eu raramente gostava de silêncio. E mesmo com essa vista maravilhosa, eu queria conversar.
- Como você acha que seria se fizessem os Jogos Vorazes se tornarem realidade? - perguntei, o encarando.
- Bom, sei que Los Angeles seria a capital. Os distritos 11 e 12 provavelmente seriam a África e o Brasil...? Algo assim. - ele respondeu.
Eu conversava sobre esses assuntos mais com Matt e Johnson, eles entendiam completamente minhas paranóias e completavam elas. Bom, parece que acabei de achar outra pessoa assim.
- Você sobreviveria, caso fosse sorteado?
- Acho que não. - ele riu. - Você se voluntariaria por alguém?
- Pela Alanna, sim. E você?
- Pelos meninos, todos eles.
- Tem prova de amor maior que essa? - digo rindo.
- Não, não tem. - ele ri. - Mas no caso, você é a Katniss, e eu sou o Peeta. Temos tudo haver com eles.
- Você não é padeiro e não perdeu uma perna, e eu não sei jogar arco e flecha e não sou forte como ela. - eu ri.
- Se tem algo que você é, é forte como ela, tenha certeza disso. - me olhou sério, logo depois voltando ao seu tom descontraído. - Eles tem que fingir estarem apaixonados para poderem sobreviver, assim como nós.
- Para VOCÊ poder sobreviver, certo? - rimos. - Gale seria Shawn, já que ele é meu melhor amigo?
- Não sei, você se imagina beijando o Shawn?
- Ele é praticamente um deus grego, mas... não. - ri. - Minha amizade com os meninos é daquele tipo em que você não consegue imaginar nada a mais, sabe?
- Ah, então você já imaginou algo comigo? - gargalhou.
- É óbvio, idiota. - revirei os olhos, rindo. - Você foi a primeira pessoa que eu beijei, e eu tinha 11 anos, é claro que fantasiei uma vida com você.
- Uh, é mesmo? E o que você fantasiou? - ele perguntou, com um leve divertimento na voz.
- Que nós namorariamos até os dezesseis, e aí iriamos casar, ter um filho e dez gatos. - ele gargalhou.
- Claro, até porque todos casam quando fazem dezesseis anos. E quem é que tem dez gatos e apenas um filho?
- Eu, oras. Crianças dão muito trabalho, gatos são melhores.
- Nós não podemos ter cachorros? - fez um biquinho.
- Podemos, mas serão cinco gatos e cinco cachorros então. - ele assente. - Ah, e um tubarão!
- Um tubarão, okay. Seu desejo é uma ordem! - gargalhou.
- Daí se alguém me irritar, eu jogo para o Nemo.
- Ele vai se chamar Nemo?
- Sim.
- Okay. As primeiras pessoas que vamos jogar serão Becky e Ariana.
- E Dallas. - completei.
Ele me olhou confuso, pois estávamos evitando esse nome a todo custo. Mas se eu tivesse a oportunidade de fazer com que Cameron sofra, eu o faria sem pensar duas vezes.
- E Dallas. - concordou, balançando a cabeça.
- Você está louco para me perguntar sobre ele, não está?
- Na verdade, não. Sei que se quiser me contar algo, você vai contar. Tudo no seu tempo. - o encarei, surpresa.
- O que tem acontecido com você? Sério, você não é assim!
- Isso é uma reclamação? - deu uma risada fraca.
- De forma alguma. Prefiro você desse jeito.
- Isso é bom. - sorriu, voltando a olhar para o mar.
Me aconcheguei em seu abraço novamente, e lá ficamos. Apenas ouvindo o pedaço de paz ao nosso redor, observando a imensidão azul a nossa frente e agradecidos por ter a companhia um do outro, um cais em meio a esse mar conturbado.
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fake dating • justin bieber (HIATUS)
Fanfic{jdb} O famoso cantor e ex garoto problema, Justin Bieber, tem sua carreira em risco e sua única salvação é um namoro falso com Melissa Mahone. Será possível surgir um amor verdadeiro no meio de tanto drama?