Ele está a salvo

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Zayn POV.

Lá estava ele, tão lindo, sentado no balanço de uma praça, próxima à casa dele.

Eu estava atrás de uma árvore, não muito longe dele, não que eu precisasse me esconder, já que nós Angels podemos ficar invisíveis aos olhos dos humanos, mas isso não me agrada muito, por que eu acho muito estranho, eu mesmo não consigo me ver, e acabo batendo em tudo que tem a minha frente e isso acaba sendo ainda menos discreto, então só por precaução prefiro me esconder mesmo, é melhor para todos.

Olhar o Liam é um dos meus hobbies favoritos, faço isso o tempo todo, ele é tão lindo e delicado, eu amo o jeito que ele sorri enquanto lê um livro romântico, ou como ele fica super sério e concentrado quando está lendo um livro sobre alguma teoria científica ou algo assim.

Ele é tão fascinante, eu sei que não é nada bom quando um Angel se apaixona dessa maneira pelo seu protegido, mas eu juro que eu tentei, e muito, muito mesmo, não criar nenhum tipo de sentimento por ele.

No começo, à seis anos atrás, eu o odiava muito, cheguei no ponto de não proteger ele, eu preferia sentir dor e me machucar, do que simplesmente ajudá-lo, eu não queira aceitar que eu teria que passar o resto da minha vida correndo atrás de um garoto de 12 anos que sofria bullying na escola por que era nerd.

Mas tudo mudou no dia, em que um dos garotos da escola dele, armou uma armadilha para ele e acabaram esfaqueando ele, ele entrou em estado de risco de vida e ficou em uma UTI por três semanas, e durante todo esse período eu fiquei tão fraco, que eu não conseguia levantar da cama.

Depois disso, mesmo sem vontade, comecei a protegê-lo de verdade e foi assim que mesmo não querendo aceitar eu comecei a gostar dele de um modo diferente, mas eu não aceitava de jeito nenhum, isso até o Louis jogar na minha cara o quanto idiota eu era, e que eu precisava para de fingir que não sentia algo que eu sabia que sentia.

Eu ainda estava lá olhando para o meu pequeno ursinho, quando ouvi Louis gritando por mim em desespero, no mesmo momento eu fui para onde ele estava, mas cheguei lá e ele não estava, porém eu logo entendi que quem precisava de ajuda era o Harry, que estava caído no chão dentro de uma sala em chamas.

Atravessei o vidro da porta e corri na direção do garoto que estava desmaiado, o peguei no colo e me teletransportei para a frente de um hospital, tomei cuidado para que ninguém me visse, até porque não é muito normal pessoas surgindo do nada no meio da rua.

Entrei no hospital com Harry nos braços e fui em direção à emergência, logo um grupo de enfermeiros me cercaram com uma maca e me perguntaram o que havia acontecido com o garoto, eu não sabia ao certo o que dizer, então disse que havia ocorrido uma explosão na escola dele e ele havia ficado preso em uma sala.

Eles o levaram e me pediram para esperar ali. Mas eu sabia que precisava ficar com o garoto, então fui a um lugar onde ninguém podia me ver e aderi minha forma invisível.

Eu segui em direção à sala onde levaram o Harry e fiquei assistindo eles o medicando e fazendo alguns processos necessários para ajudá-lo, depois de alguns longos minutos, uma das médicas principais disse que eles já podiam sair, pois o garoto estava fora de risco.

Fiquei muito feliz com isso, e sai da sala em direção a um banheiro, para que pudesse voltar o minha forma normal, assim que sai do banheiro a mesma médica da sala, veio até mim e me disse que o garoto estava fora de perigo, agi como se estivesse surpreso, e não soubesse de nada e ela me pediu para assinar algumas papeladas.

Depois de preencher milhares de folhas, fiquei sentado na sala de espera.

Foi aí que me lembrei de que, o Louis havia me chamado para salvar o Harry, mas por que ele mesmo não o salvou? Onde o Louis se enfiou? Será que ele tá correndo algum perigo? Tentei usar a minha mente e os meus sentidos que me conectavam ao Louis, mas não tinha o menor sinal de onde ele estava.

Quando me levantei para sair do hospital e ir a procura do meu amigo, a mesma médica de antes, me chamou e disse que Harry havia acordado e que ele estava todo confuso, perguntando onde estava e que ele estava começando a entrar em pânico.

Resolvi deixar Louis para depois, por que eu tinha certeza que ele ia ficar com mais ódio de mim se eu largasse o Harry ali, do que se eu não fosse atrás dele.

A médica me levou até outra sala, na parte dos quartos, onde haviam colocado o Harry.

Eu abri a porta e entrei, mas Harry não me viu, pois estava ocupado demais, dentando tirar a cabo do soro do seu braço e chingando o coitado do enfermeiro.

- Harry! - Quando eu o chamei, ele instantaneamente direcionou seu olhar para mim. E me olhou com uma cara assustada.

- O que você tá fazendo aqui?-perguntou, fazendo uma cara muito brava, acho que ele tentou me intimidar, mas ele é tão fofo, que acabou ficando engraçado.

- Eu to aqui, por que eu te salvei, de uma sala em chamas lá na sua escola. Você não se lembra?

- Ele bateu a cabeça e teve uma leve perda de memória, algo momentâneo, mas logo isso irá passar. - o enfermeiro me disse e depois se retirou da sala.

- Você tava fazendo o que na minha escola?

- Eu tenho uma irmã que estuda lá, e eu tinha ido buscar ela, mas eu vi uma sala pegando fogo e quando entrei, eu vi você caído, te tirei de lá e te trouxe para cá, simples assim! - falei tentando parecer o mais verdadeiro possível, embora isso seja uma bela mentira, me sentei na ponta da cama e fiquei olhando para o Harry, que fazia várias caretas, como se tivesse tentando se lembrar de alguma coisa.

- Tá! Eu não me lembro de porcaria nenhuma, só lembro de estar tentando fazer uma fórmula química para a minha prova de química. Mas mesmo assim, devo te agradecer, valeu Bad Boy!

- Bad Boy ?! Quem te deu o direto de me chamar assim, hein garoto? - falei entre risos. - Sabe você já pode virar um terrorista, porque fazer fórmulas para explodir coisas você já sabe fazer! Meus parabéns, pode ter certeza de que você já tirou dez!

- Nossa! Você é muito engraçado mesmo Zack! Estou chorando de rir! - ele fez uma cara de poucos amigos, que só me fez rir mais ainda.

- Zack?!? Mas quem é Zack? Você bateu a cabeça forte mesmo hein! Eu me chamo Zayn, não Zack!

- Tudo a mesma bosta! - ele falou bravo, enquanto eu ria igual a um doido.

Depois de mais ou menos meia hora, o garoto de cachos foi liberado e eu o levei até sua casa.

Viemos conversando o caminho todo, ele era muito engraçado e me fazia rir o tempo todo.

- Você não quer entrar? - ele me perguntou, com um sorriso simpático no rosto, assim que chegamos na porta da sua casa.

- É melhor não! Eu tenho umas coisas pra fazer! Melhor outra hora! - eu tinha que procurar o Louis, mas Harry começou a insistir e bater os pés no chão, praticamente implorando para que eu entrasse.

Sai tão cedo de casa hoje para seguir o Mr.Bolinha que nem comi nada e tava com muita fome, resolvi entrar, o Louis não vai descobrir mesmo.

Pelo menos é o que eu espero...

Dark Angel - Larry StylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora