𝐂𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 𝐔𝐦 ✠

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Era uma noite de sexta feira, não tão fria, porem não tão quente como deveria ser naquela época do ano, tinha uma leve brisa do lado de fora da casa, parecendo anteceder uma provável chuva.

Nós estávamos na mesa de jantar, eu e meus pais, falando das novidades do dia, como minha mãe sempre gostou, bem não apenas gostava, como exigia.

— Então mãe, hoje tem a festa da Karina, e eu queria perguntar se eu podia ir... — perguntei esperançosa colocando uma garfada da comida na boca

— Depende, que horas seria esta festa? — perguntou seria limpando a boca com o guardanapo

Meio sem graça, eu respondi:

— Das dez até as duas (Da manhã) — falei desviando meu olhar para longe do seu rosto.

— Mas é claro que não! — Meu pai interferiu brigando comigo

— Mas pai... — comecei a falar.

Com todo o carinho, impedindo o furacão do meu pai, minha mãe falou para mim:

— Filha, você sabe que não deixamos você sair tão tarde.

— Mas mãe! Eu já tenho 14 anos! — exclamei — Já sou grande!

Bem, é o que toda criança de 14 anos pensa, vamos combinar.

— Chega filha, você não vai — Disse meu pai já decidido

Eu fiquei irritada, nunca podia fazer nada interessante na minha vida, presa na minha própria casa! A lâmpada da sala estourou e fez um barulho enorme, se apagando e me dando um pequeno susto. Meus pais trocaram olhares, porém não falaram nada.

— Sabine, leve os pratos para a cozinha e ajude sua mãe a lavar a louça, hoje é seu dia. — Meu pai diz voltando ao seu telefone.

Levei os pratos e fui lavando a louça cantando, eu gostava de cantar, era algo que poderia me tirar da minha realidade monótona, até que ouvi um barulho e parei o que estava fazendo.

— Mãe você ouviu isso? — perguntei fechando a torneira na tentativa de ouvir melhor.

Minha mãe me olhou como se eu tivesse ficado louca, mas na maioria das vezes, por ter talvez, uma mente mais jovem eu conseguia ouvir várias coisas a mais que ela, e isso era apresentável em vários casos.

— O que você está ouvindo? — ela questionou

— Parecem passos — falei — Passos acelerados. Não chegando a correr, mas com pressa.

Parei para ouvir melhor

— Vem de fora da casa — sussurrei para ela

Ela chegou mais perto de mim e me colocou atrás dela, como um escudo humano. Ficamos olhando para a porta com cara de espanto, à espera do que fosse aquele som e de repente um homem entra.

Ele era negro, mais ou menos alto e forte, ele vestia uma camisa branco simples e uma calça jeans, era um homem comum.

— Temos que levá-la, agora! — Ele falou.

Eu olhava para homem a minha frente e olhava para minha mãe, sem entender absolutamente nada.

— O que está acontecendo? — perguntei, já estava com medo a esse ponto do campeonato, e a cara que minha mãe fazia não ajudava muito.

Minha mãe olhou para mim.

— Sabine, por favor vai para o seu quarto pegue uma mochila e coloque tudo que precisa. — Ela falou

— Mas, eu não entendo... — comecei tentando processar

— VAI!!! — Ela mandou gritando

Subi para o meu quarto correndo, peguei uma mochila grande no armário e coloquei tudo que eu julgava necessário, roupas, coisas importantes, documentos...

A Híbrida Perfeita  •The Originals• (COMPLETA) Onde histórias criam vida. Descubra agora