Eu estava atordoada, como assim? Meus pais estavam mortos, eles foram assassinados, para me proteger... por minha causa, por causa do que eu sou...
Pedi licença da mesa e saí correndo chorando para fora da casa, entrando no bosque, esbarrava em todas as arvores, não conseguia ver um palmo na minha frente por conta das lagrimas, não me importava, eu estava magoada demais, quando não aguentei cai numa pequena clareira, aonde não havia árvores, e tudo se iluminava a luz da lua. E desabei a chorar.
Um lobo apareceu do meu lado e eu me assustei, era uma criatura selvagem, não era confiável, mas ele não ligou em me atacar ou se defender, ele se sentou do meu lado e apenas me encarou. Os olhos brilhavam num dourado sol, e seu pelo era negro como a noite, ele parecia quase humano.
— Sabine? — Alguém gritava meu nome ao longe
Eu olhei para onde vinha a voz, distraída e quando voltei o olhar para o lobo ele havia sumido.
— Sabine? — Alguém gritou de novo
Kol apareceu entre as arvores, e eu enxuguei meu rosto, odiava que me vissem chorar.
— Como me achou? — Perguntei
— Pelas gramas mortas por onde você andou. Sua ignorância em usar magia sem saber deixou bem claro a sua tristeza pelo caminho.
Era verdade, o caminho e o lugar que eu estava sentada era um círculo de grama morta.
—Desculpe...
— Tudo bem, você só saiu do controle. Acontece com toda bruxa — ele se sentou do meu lado e abraçou os joelhos — isso acontece com todo bruxo — repetiu — pelo menos uma vez na vida.
Ele falou e me deixou lá quieta por um tempo
— Vamos voltar? — perguntou levantando e me oferecendo a mão.
Ele me levou para casa, todos os olhares me olhavam quando cheguei.
— Posso perguntar uma coisa? — Ninguém respondeu — Vou levar isso como um ''sim''. — Por mais que eu estivesse magoada com tudo, isso era uma questão importante e não é dor sentimental que me preocupa agora — Eu sou menor de 18, minha guarda ficou com quem? — perguntei, não queria ter que morar na rua ou ir para um orfanato.
Eles se olharam, até Klaus falar
— Conosco. — Ele falou, não havia ironia ou desprezo na sua voz, era apático.
Minha vida era tão normal, por que de repente? Por que eu? Por que meus pais? Eu fiquei com raiva, fiquei com ódio de cada pessoa daquele lugar, daquela cidade, daquele mundo. Eu iria descobrir e matar um por um, essa noite.
À noite
Todos já haviam dormido, me certifiquei disso, minha mochila já estava pronta, com poucas coisas que eu havia trazido, mas o necessário. Eu desci a escada em silencio, o máximo que eu podia, estava indo em direção a porta.
— Vai a algum lugar? — alguém perguntou
Kol acende a luz da sala, aparecendo. Ele está com as sobrancelhas levantadas e sorria de lado, com os braços cruzados sobre o peito. Como quem pegou o rato na armadilha.
— O que você quer? — Falei malcriada
— Impedir que você faça uma bobagem. Quer ir atras das pessoas que te caçam? Das pessoas que mataram seus pais? Sem nenhum treinamento? Isso é uma completa falta de juízo, está querendo morrer? — perguntou
Eu fiquei calada, não queria olhar para ele, ele sempre consegue o que quer, mas não comigo. Então se sentou no sofá.
— Eu sei o que você quer, você quer se vingar, se vingar daqueles que fizeram mau aos seus pais. Que fizeram mal a sua vida, que querem fazer algo a você — ele diz — Eu entendo isso.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Híbrida Perfeita •The Originals• (COMPLETA)
FanfictionSabine é uma garota que nunca pensou muito no sobrenatural até que sua vida muda completamente quando uma surpresa desagradável a leva para New Orleans e fica sobre a guarda dos Mikaelsons