Capítulo 52

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Me afastei em tempo. O brilho da explosão foi intenso.

Voltei para a onde às meninas estavam, desisti de correr atrás do causador do acidente, mais algo me dizia que eu ainda o veria.

Olhei para elas em buscam de respostas sobre Theo. Eu não queria ter que perguntar em voz alta...

- Ele está vivo. Mais está desmaiado, sua pulsação está fraca. – Candy me respondeu. Fiquei um pouco mais feliz.

- Aquele que era o cara que apareceu na frente do carro? – Virginia perguntou.

- Era sim. – respondi.

- Que louco. – Aurea falou.

- Demais. – Candy concordou. – Apareceu assim do nada.

- Então, foi muito louco. – respirei. – Vocês estão bem mesmo? Nenhum arranhão, algo quebrado ou dolorido...

A resposta foi unanime. Estavam bem.

- Alabama? – que havia sido lançada para fora do carro.

- Estou bem. Não sei como, mas estou. – ela deu um sorrisinho nervoso.

- Que bom. – falei aliviada. – Liguem para a ambulância.

- Meu celular ficou dentro do carro. – Candy disse.

- O meu também. – Ellen afirmou.

- Eu empresto o meu. – um dos rapazes se prontificou, entregou o celular a Candy.

- Obrigado pela ajuda de vocês. – agradeci aos rapazes, que acenaram em agradecimento. – Vou ver como o Pedro está.

Caminhei até o outro lado da rua. Segui até onde ele estava e ajoelhei ao seu lado.

- A ambulância já está vindo. – falei lhe trazendo boas noticias.

- Obrigado May. – Pedro falou fazendo esforço.

- Fica quietinho, não faz esforço.

- Eu achei que eu fosse te perder hoje...

- Eu que achei que fosse te perder. – por todos os acontecimentos que havia ocorrido hoje, uma lágrima rolou.

- Não chore May. Eu prometo viver muito ainda...

- Eu sei. – sorri. Pedro sorriu também.

- Eu vou ficar bem. O carro tem seguro e eu devo ter quebrado algum osso da perna ou algo parecido, eu devia ter escolhido Medicina pra cursar. – Pedro fez uma pausa e continuou, fazendo uma expressão mais séria. – E o meu irmão?

- Ele ainda está desacordado. – responde sem rodeios.

- Acho que ele bateu com a cabeça no vidro, não deu pra perceber na hora.

- O cara que apareceu na frente do carro ficou observando tudo de longe depois, você acredita?

- Que cara doido. Quase mata a todos.

- Foi muito repentino. Não hora que o vi te gritei. Muito estranho tudo isso... – me veio à mente os avisos da Ana Lee, sobre perigos que estavam por vir...

As luzes e o barulho da ambulância me puxaram de volta dos meus pensamentos.



Eu Candy Ellen Aurea Virginia & Alabama, aguardávamos na sala de espera do Hospital de São Alfeu.

Vim junto com a ambulância acompanhando os meninos e as meninas pegaram carona com os rapazes que nos ajudaram.

Pedro havia quebrado realmente uma das pernas, à esquerda.

Theo havia sofrido traumatismo craniano e estava em coma. O Pedro ainda não estava ciente desse fato, e era melhor assim, no momento certo ele seria avisado. A família dele foi avisada do acidente e estava a caminho de São Alfeu.

O silêncio reinava na sala onde estávamos. Olhávamos uma para a cara da outra. E uma pergunta pairava no ar.

- Fui só eu que percebi a luz que nos envolveu quando o carro estava capotando... – Alabama quebrou o silêncio.



CINCO: o despertar (livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora