Me afastei em tempo. O brilho da explosão foi intenso.
Voltei para a onde às meninas estavam, desisti de correr atrás do causador do acidente, mais algo me dizia que eu ainda o veria.
Olhei para elas em buscam de respostas sobre Theo. Eu não queria ter que perguntar em voz alta...
- Ele está vivo. Mais está desmaiado, sua pulsação está fraca. – Candy me respondeu. Fiquei um pouco mais feliz.
- Aquele que era o cara que apareceu na frente do carro? – Virginia perguntou.
- Era sim. – respondi.
- Que louco. – Aurea falou.
- Demais. – Candy concordou. – Apareceu assim do nada.
- Então, foi muito louco. – respirei. – Vocês estão bem mesmo? Nenhum arranhão, algo quebrado ou dolorido...
A resposta foi unanime. Estavam bem.
- Alabama? – que havia sido lançada para fora do carro.
- Estou bem. Não sei como, mas estou. – ela deu um sorrisinho nervoso.
- Que bom. – falei aliviada. – Liguem para a ambulância.
- Meu celular ficou dentro do carro. – Candy disse.
- O meu também. – Ellen afirmou.
- Eu empresto o meu. – um dos rapazes se prontificou, entregou o celular a Candy.
- Obrigado pela ajuda de vocês. – agradeci aos rapazes, que acenaram em agradecimento. – Vou ver como o Pedro está.
Caminhei até o outro lado da rua. Segui até onde ele estava e ajoelhei ao seu lado.
- A ambulância já está vindo. – falei lhe trazendo boas noticias.
- Obrigado May. – Pedro falou fazendo esforço.
- Fica quietinho, não faz esforço.
- Eu achei que eu fosse te perder hoje...
- Eu que achei que fosse te perder. – por todos os acontecimentos que havia ocorrido hoje, uma lágrima rolou.
- Não chore May. Eu prometo viver muito ainda...
- Eu sei. – sorri. Pedro sorriu também.
- Eu vou ficar bem. O carro tem seguro e eu devo ter quebrado algum osso da perna ou algo parecido, eu devia ter escolhido Medicina pra cursar. – Pedro fez uma pausa e continuou, fazendo uma expressão mais séria. – E o meu irmão?
- Ele ainda está desacordado. – responde sem rodeios.
- Acho que ele bateu com a cabeça no vidro, não deu pra perceber na hora.
- O cara que apareceu na frente do carro ficou observando tudo de longe depois, você acredita?
- Que cara doido. Quase mata a todos.
- Foi muito repentino. Não hora que o vi te gritei. Muito estranho tudo isso... – me veio à mente os avisos da Ana Lee, sobre perigos que estavam por vir...
As luzes e o barulho da ambulância me puxaram de volta dos meus pensamentos.
Eu Candy Ellen Aurea Virginia & Alabama, aguardávamos na sala de espera do Hospital de São Alfeu.
Vim junto com a ambulância acompanhando os meninos e as meninas pegaram carona com os rapazes que nos ajudaram.
Pedro havia quebrado realmente uma das pernas, à esquerda.
Theo havia sofrido traumatismo craniano e estava em coma. O Pedro ainda não estava ciente desse fato, e era melhor assim, no momento certo ele seria avisado. A família dele foi avisada do acidente e estava a caminho de São Alfeu.
O silêncio reinava na sala onde estávamos. Olhávamos uma para a cara da outra. E uma pergunta pairava no ar.
- Fui só eu que percebi a luz que nos envolveu quando o carro estava capotando... – Alabama quebrou o silêncio.
VOCÊ ESTÁ LENDO
CINCO: o despertar (livro 1)
Teen FictionEssa história se trata de CINCO garotas: May, Candy, Ellen, Aurea e Virginia. Nunca havia passado por suas cabeças que um dia se tornariam amigas, porém algo em comum as uniu... Estudar na mesma faculdade e o amor pela música. Em uma festa foram pe...