CINCO: o despertar (livro 1)

Capítulo 63 - Parte 2/3 (Aurea)

Escolhemos uma mesa próxima ao palco. Esse lugar havia sido sugerido pela May, ela falou que tinha gostado bastante daqui quando ela veio.

Eu também achei o lugar bem bonito. E com ares latino.

Hoje o cardápio musical seriam músicas brasileiras cantadas em bachata. Eu nunca tinha ouvido esse ritmo na minha vida.

- Eu nunca tinha vindo aqui. – Marko falou.

- Minha amiga já veio aqui e comentou comigo que aqui era bom. É a primeira vez que venho aqui também.

- Que bom que estamos vindos aqui pela primeira vez juntos. – ele falou e sorriu.

- Que bom. – concordei e me derreti.

A cantora do bar e sua banda começaram a tocar:

"Você tem gosto de mel
É delicada feito a flor
É tão perfeita pro amor
Você me leva ao céu
Tem o olhar da sedução
Que dominou meu coração..."

- Realmente sua amiga tem razão, aqui é bem legal. – Marko falou.

- Assino em baixo. – e o ritmo da bachata começou a me dominar, estava dando até vontade dançar.

- O que vai querer comer? – ele perguntou e me olhou.

- Você já decidiu? Não sei ainda.

- Que tal guacamole? – sugeriu.

- Pode ser. Temos que experimentar as iguarias.

Marko pediu ao garçom, que se retirou da mesa com os pedidos.

- Você fez falta na aula hoje. Sabia?

- Fiz? – falei surpresa.

- Você sempre me ajuda, e sua presença também é contagiante.

Nossa?! Fiquei sem graça nível Hard.

"Tomara Deus
Que a gente fique junto dessa vez
Tomara Deus
Que nada nos separe dessa vez
Tomara Deus..." (dava pra ouvir ao fundo)

- Tenho que te ajudar mesmo, você só conversa na aula. – não devia ter falado isso.

Marko deu uma gargalhada.

- É mentira sua.

- Mentira minha Marko? – rebati.

- Tá bom. Eu converso um pouquinho, mas nada de mais...

Um alto bater de asas nos interrompeu. Marko e eu, e os presentes no local, olharam para a porta.

Vários pombos entraram voando para dentro do bar.

O casal da mesa de frente a nossa se levantou em desespero.

Nem deu tempo me desesperar, o meu pulso começou a arder intensamente.