Capítulo 53

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- Eu também percebi Alabama. - falei.

- Eu também notei, apesar de que na hora eu achei que eu fosse morrer. Mas realmente uma luz nos envolveu, e pelo o que eu percebi foi só no banco de trás que esse tal fenômeno aconteceu. - Candy também opinou.

- Será que isso explica o porquê de nenhuma de nós ter machucado? - Ellen levantou a questão. - Olhem para Alabama... - e assim fizemos - Ela foi lançada para fora do carro e mesmo assim não sofreu nenhum arranhão.

- Só sei que algo, alguma divindade ou outra coisa qualquer que seja, nos salvou hoje. - Aurea comentou.

- Só não sei dizer se isso é bom ou ruim. - falei. Eu realmente não sabia.

- Pode parecer estranho, mas a Ana Lee não tinha avisado? De perigos, coisas ruins que estavam por vir? - Aurea ressaltou.

- Então, verdade. - Virginia comentou.

- Resta à gente saber se o perigo foi esse acidente ou se algo maior ainda está por vir... - falei.




As meninas continuaram sentadas esperando, eu decidi ir ao quarto do Pedro.

Bati de leve na porta do quarto onde ele estava.

- Pode entrar. - Pedro falou.

Entrei.

- Como você está?

- Tirando a minha perna que está um pouco dolorida.

Sua perna esquerda agora estava engessada.

- É assim mesmo, mais vai ficar tudo bem.

- Vai sim. - ele respondeu. Era bom ver que mesmo nessa situação o sorriso não saia do seu rosto.

- Nos já estamos indo embora. Liguei para o Felek da recepção e ele e o Apolo vão vir nos buscar. Você quer que eu fique aqui com você?

- Não precisa. Vai descansar.

- Mas você vai ficar sozinho, seu irmão também.

- Daqui a algumas horas minha mãe e meu pai vão chegar. Aí eles ficaram com a gente. E outra, estamos bem, nada vai acontecer nesse meio tempo não, pode ficar tranquila.

- Posso mesmo?

- Pode.

- OK então. - dei lhe um beijo na bochecha de despedida. - Até mais. Prometo vim te ver depois.

- Acho bom mesmo. - Pedro riu.

- Engraçadinho. Tchau.

- Tchau May.

Fechei a porta. Ele ficaria bem, não precisa eu me preocupar. E alguma hora ele teria que saber do irmão. Voltei à sala de espera.

Foi pega por um abraço.

- Você está bem meu amor? - era o Felek, que falou desesperado.

- Estou bem sim. - meu deu um beijo rápido e apaixonado. Ele passou a mão no meu rosto confirmando se minha resposta procedia.

- Que bom. - e me abraçou mais forte ainda.

- Não precisa quebrar meus ossos agora.

- Que bom que o senso de humor ainda está aí. - ele riu. - Vocês estão bem também né meninas? - ele olhou para o lado.

Apolo estava sentando junto a elas no sofá.

"Estamos", elas responderam quase que em coro.

- Vamos então? - Apolo falou. Alabama iria dormir na pensão com a gente, ela tinha ligado avisando sua mãe e sem coragem não contou do acidente.

- Vamos sim. - Felek falou. - Os rapazes estão bem também?

- No carro eu te conto. - Felek fez uma cara estranha, como se questionasse se alguém havia morrido. - Te explico certinho.




Foi uma viagem tranquila e lenta até a pensão. Mas pra mim era como se o perigo de outro acidente pairasse no ar. Chegamos todos são e salvos a pensão.

As meninas estavam entrando na pensão e eu fiquei para trás para me despedir do Felek.

- Até mais May. - e me deu mais um beijo.

- Até Felek. Tchau Apolo, obrigado por ter trazido a gente. - Apolo não havia bebido.

- Tchau Maíra. - Apolo respondeu.

Me virei e entrei na pensão. Ouvi o barulho do carro indo.

Encontrava-me agora na recepção, as meninas também estavam ali.

Cassandra passava por ali e parou:

- Boa noite meninas. Eu vim buscar uma chave.

- Boa noite. - respondi e as meninas sorriram em concordância.

Cassandra com o olhar começou a nos analisar.

- Há algo diferente em vocês... - Cassandra fez cara de quem estava pensando. Em seu pulso direito algo reluziu. Era sua tatuagem, que reluziu em um brilho abafado, mais que deu pra ser notado e iluminou o ambiente. Cassandra fez cara de espanto. - Eu sabia!

- Sabia o que? - Candy indagou.

- Vocês foram tocadas pelo Poder! - ela falou maravilhada. - Senti isso em cada uma de vocês.

- Como assim? - falei.

Cassandra não conseguia conter a alegria e ao mesmo tempo demonstrava estar preocupada.

- Já lhes explico. Mas há alguma coisa errada. - Cassandra nos contou. - Mais vocês são seis, isso nunca acontece, a não ser...

"A NÃO SER...", dissemos todas apreensivas e em busca de respostas.

- Que uma de vocês não sobreviva à transformação.




CINCO: o despertar (livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora