- Eu também percebi Alabama. - falei.
- Eu também notei, apesar de que na hora eu achei que eu fosse morrer. Mas realmente uma luz nos envolveu, e pelo o que eu percebi foi só no banco de trás que esse tal fenômeno aconteceu. - Candy também opinou.
- Será que isso explica o porquê de nenhuma de nós ter machucado? - Ellen levantou a questão. - Olhem para Alabama... - e assim fizemos - Ela foi lançada para fora do carro e mesmo assim não sofreu nenhum arranhão.
- Só sei que algo, alguma divindade ou outra coisa qualquer que seja, nos salvou hoje. - Aurea comentou.
- Só não sei dizer se isso é bom ou ruim. - falei. Eu realmente não sabia.
- Pode parecer estranho, mas a Ana Lee não tinha avisado? De perigos, coisas ruins que estavam por vir? - Aurea ressaltou.
- Então, verdade. - Virginia comentou.
- Resta à gente saber se o perigo foi esse acidente ou se algo maior ainda está por vir... - falei.
As meninas continuaram sentadas esperando, eu decidi ir ao quarto do Pedro.
Bati de leve na porta do quarto onde ele estava.
- Pode entrar. - Pedro falou.
Entrei.
- Como você está?
- Tirando a minha perna que está um pouco dolorida.
Sua perna esquerda agora estava engessada.
- É assim mesmo, mais vai ficar tudo bem.
- Vai sim. - ele respondeu. Era bom ver que mesmo nessa situação o sorriso não saia do seu rosto.
- Nos já estamos indo embora. Liguei para o Felek da recepção e ele e o Apolo vão vir nos buscar. Você quer que eu fique aqui com você?
- Não precisa. Vai descansar.
- Mas você vai ficar sozinho, seu irmão também.
- Daqui a algumas horas minha mãe e meu pai vão chegar. Aí eles ficaram com a gente. E outra, estamos bem, nada vai acontecer nesse meio tempo não, pode ficar tranquila.
- Posso mesmo?
- Pode.
- OK então. - dei lhe um beijo na bochecha de despedida. - Até mais. Prometo vim te ver depois.
- Acho bom mesmo. - Pedro riu.
- Engraçadinho. Tchau.
- Tchau May.
Fechei a porta. Ele ficaria bem, não precisa eu me preocupar. E alguma hora ele teria que saber do irmão. Voltei à sala de espera.
Foi pega por um abraço.
- Você está bem meu amor? - era o Felek, que falou desesperado.
- Estou bem sim. - meu deu um beijo rápido e apaixonado. Ele passou a mão no meu rosto confirmando se minha resposta procedia.
- Que bom. - e me abraçou mais forte ainda.
- Não precisa quebrar meus ossos agora.
- Que bom que o senso de humor ainda está aí. - ele riu. - Vocês estão bem também né meninas? - ele olhou para o lado.
Apolo estava sentando junto a elas no sofá.
"Estamos", elas responderam quase que em coro.
- Vamos então? - Apolo falou. Alabama iria dormir na pensão com a gente, ela tinha ligado avisando sua mãe e sem coragem não contou do acidente.
- Vamos sim. - Felek falou. - Os rapazes estão bem também?
- No carro eu te conto. - Felek fez uma cara estranha, como se questionasse se alguém havia morrido. - Te explico certinho.
Foi uma viagem tranquila e lenta até a pensão. Mas pra mim era como se o perigo de outro acidente pairasse no ar. Chegamos todos são e salvos a pensão.
As meninas estavam entrando na pensão e eu fiquei para trás para me despedir do Felek.
- Até mais May. - e me deu mais um beijo.
- Até Felek. Tchau Apolo, obrigado por ter trazido a gente. - Apolo não havia bebido.
- Tchau Maíra. - Apolo respondeu.
Me virei e entrei na pensão. Ouvi o barulho do carro indo.
Encontrava-me agora na recepção, as meninas também estavam ali.
Cassandra passava por ali e parou:
- Boa noite meninas. Eu vim buscar uma chave.
- Boa noite. - respondi e as meninas sorriram em concordância.
Cassandra com o olhar começou a nos analisar.
- Há algo diferente em vocês... - Cassandra fez cara de quem estava pensando. Em seu pulso direito algo reluziu. Era sua tatuagem, que reluziu em um brilho abafado, mais que deu pra ser notado e iluminou o ambiente. Cassandra fez cara de espanto. - Eu sabia!
- Sabia o que? - Candy indagou.
- Vocês foram tocadas pelo Poder! - ela falou maravilhada. - Senti isso em cada uma de vocês.
- Como assim? - falei.
Cassandra não conseguia conter a alegria e ao mesmo tempo demonstrava estar preocupada.
- Já lhes explico. Mas há alguma coisa errada. - Cassandra nos contou. - Mais vocês são seis, isso nunca acontece, a não ser...
"A NÃO SER...", dissemos todas apreensivas e em busca de respostas.
- Que uma de vocês não sobreviva à transformação.
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CINCO: o despertar (livro 1)
Teen FictionEssa história se trata de CINCO garotas: May, Candy, Ellen, Aurea e Virginia. Nunca havia passado por suas cabeças que um dia se tornariam amigas, porém algo em comum as uniu... Estudar na mesma faculdade e o amor pela música. Em uma festa foram pe...