Capítulo 7

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Não acredito que o Felek fez isso, e ainda me chamou de "garota da toalha". Todos estavam me olhando, esperando e excitando para que eu subisse ao palco.

- Você canta? – o Pedro perguntou surpreso.

- Eu tento. – respondi e ri de nervoso. Eu não sabia o que fazer, subir no palco ou correr pra longe dali. Pela primeira vez decidi enfrentar o medo e subir no palco.

Segui em frente, as pessoas abrindo caminho até o palco. Felek me estendeu a mão pra subir. Já lá em cima:

- Seu doido. – falei e o empurrei de leve.

- Eu não podia deixar essa passar. – riu e me deu um sorrisão.

- Eu poderia ter tido um troço, sabia? – eu não ia deixar a raiva ir assim tão fácil.

- Desculpa engomadinha. – falou pra mim e voltou a usar novamente o microfone: - Calma aí galera. Ela já vai cantar e apontou pra mim e me entregou o microfone e saiu do palco.

Virei pra trás, a banda do amigo do Felek ainda estava no palco. Meu Deus! Que música eu vou cantar? Tinha que pensar rápido. Alguém subiu no palco e parou do meu lado.

- Deixa que eu toco a guitarra, aquele cara toca muito mal. – Candy passou por mim e pegou a guitarra do rapaz. Não sabia se ela estava querendo me prejudicar ou me ajudar. – Sobe aí Virgínia. – a vi gesticulando para a amiga que também subiu no palco. – Você fica por conta da bateria.

- Nem sabia que vocês tocavam. – falei ainda espantada.

- Pra você ver. – respondeu Virgínia e foi rumo à bateria.

Virei de frente pra plateia, avistei Ellen e Aurea chegando mais perto do palco, e acabaram subindo nele também.

- Se a Candy vai te ajudar nós também vamos. – Ellen falou.

- Mas eu nem chamei ela. – falei baixinho só pra que as duas ouvissem. – Ela que é intrometida mesmo.

- Mas vamos tocar mesmo assim.

- Então hoje todo mundo decidiu mostrar as garras? No bom sentido claro. – Aurea ressaltou.

- Pra você ver. – falei.

Ellen foi pro baixo e Aurea para o teclado.

Era isso mesmo? Formamos uma banda? No improviso total, mais era o que parecia.

- Vou cantar aquela do Legião Urbana, Será. – gritei para as meninas, Candy concordou balançando a cabeça.

Virgínia começou com a bateria e Candy acompanhou, Ellen e Aurea se encaixaram na melodia, e eu teria que soltar a voz perante a plateia que me olhava ansiosa..

CINCO: o despertar (livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora