(especial) Capítulo 22

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— Quem é esse garoto? — A garota do cabelo azul aponta para mim — Ele está com sua família?

— Ah... esse é o Heleno, meu namorado.

— Namorado? — As duas berram, e todos presentes no salão começam a olhar para elas. — Como assim namorado?

Savannah volta a sentar do meu lado, trazendo as outras duas garotas para sentar perto de nós.

— Heleno, estas são Miley, minha prima — Ela aponta para a garota com a mecha verde — E esta é Ayla, uma antiga amiga minha.

— Prazer em te conhecer — diz Miley.

— Deixe-me adivinhar: As duas também vieram de outro país? — Pergunto.

— Ah, elas também rodam o mundo com a família assim como eu. — diz Savannah.

— Vocês são muito parecidas — Comento. — Sabe? Você e a Miley... são como gêmeas.

— Pois é, sempre dizem isso. Mas somos só primas.

Mais pessoas começam a chegar, das famílias de Savannah e Simone, das mais diversas nacionalidades. Nunca pensei que ela tivesse parentes ao redor do mundo, e nem que o casamento seria tão lotado assim. Alguns minutos de nós chegarmos, quase todas as mais de 500 cadeiras já estão ocupadas, à espera de Simone.

Já que estamos sentados na última fileira, podemos ver o carro que veio trazer Simone pela porta de entrada. Um carro preto, antigo, acho que dos anos 50, para em frente a porta. Um senhor com cerca de 60 anos, abre a porta do carro, ajudando Simone a sair. Ela está vestindo um gigantes vestido branco, com detalhes de diamante, com uma calda de uns dois metros. O senhor acompanha até o altar no final do salão. Todos não conseguem tirar os olhos do vestido de Simone, enquanto o sol da manhã atinge seu vestido, os pedaços de diamante os desviam, iluminando tudo e todos; magnífico. Tento notar a reação de Erik, que a aguarda no altar. Ele parece não ter palavras a dizer nem reações para ter. Seu olhares brilham. Eu tenho certeza que se ele piscar, uma cachoeira de lágrima vai sair de  seus olhos. Chorar não deve ser algo comum entre os Von Morgante.

Depois do "Pode beijar a noiva", Erik e Simone guiam todos os 500 convidados para o lado de fora. Contornamos a mansão pelo gramado, indo para os fundos. Outro salão. Um salão ainda mais luxuoso. Chão de mármore brilhante, incontáveis lustres de cristal e mesas e cadeiras luxosas espalhadas por todo o salão, com enormes vasos com orquídeas. Os convidados começam a se distribuir pelas mesas, mas Savannah e eu somos chamados Simone para sentarmos na mesma mesa que eles. 

Na mesa dos noivos, além de mim e de Savannah, sentarão os pais de Simone, Nicolai e Helene. Como entrada. nos servem um prato com purê de Batata com inúmeros legumes no meio, acompanhado de uma pequena linguiça defumada.

— Que comida é essa? — Sussurro para Savannah.

— Andijviestamppot — Ela sussurra de volta.

—  Andi o quê?

— Só coma. Sei que vai gostar, é esplêndido. 

Ela estava certa. Foi uma das melhores coisas que já comi em minha vida. Depois de todos comerem, a música começa a tocar. A maior parte dos casais — Incluindo os pais de Simone e de Savannah — se levantam para dançar. Savannah aproveita que seus tios também foram, e me leva para a mesa onde sua prima e sua amiga estão sentadas.

Fico sentado, entediado, ao lado de Savannah, enquanto elas conversam sobre coisas inúteis de beleza. 

— Ai que droga, eu esqueci meu celular no carro. Alguém pode vir comigo para buscar?

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