Quando as Coisas São do Jeito que São [Revisão]

Proibida Pra Mim - James

Eu me flagrei pensando em você

Em tudo que eu queria te dizer

Numa noite especialmente boa

Não há nada mais que a gente possa fazer

(Proibida Pra Mim - Charlie Brown Jr.)

Está tudo legal. Até Vanessa perguntar sobre minha família. Fico tenso. Não consigo falar sobre o assunto. Não ainda. Então fecho os punhos tentando aliviar a tensão. A respiração é curta e os batimentos são acelerados. Percebo então que posso estar assustando Vanessa, mas ela percebe e logo muda de assunto. Chega perto de mim, toca minha coxa e começa a falar da banda, e perguntar coisas sobre música. Acalmo-me mais rapidamente do que o normal. Levanto a cabeça e olho nos seus olhos escuros sem revelar nada. Ela está normal. Não sente — aparentemente — medo, talvez um pouco de curiosidade, mas só. A conversa flui bem depois disso.

—Você está com fome? — pergunto.

—Morrendo! — ela responde.

—Então vem! Vamos sair daqui. — levanto e saio correndo, ela vem atrás de mim. Pulo rapidamente na moto e entrego o capacete para ela, me sento estendo a mão para ajudá-la a subir.

Ela me abraça a cintura. Suas mãos pequenas exploram meu corpo definido pelo boxe. Eu adoro a sensação.

Nunca fui um cara de namorar, sou do tipo que "fico". Não fico com alguém mais de uma vez. Mas sempre deixo isso bem claro. Acho que vou abrir uma exceção para essa garota, seu toque, seu cheiro, seus olhos... É tudo tão viciante.

Ela vai acabar me enlouquecendo, suas mãos passeiam sobre meu tórax. Paramos em um sinal. Seguro em baixo de sua coxa e a puxo para mais perto de mim. Olho pelo retrovisor e vejo um sorriso tímido, mas safado por baixo de seu capacete. Sorrio também.

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