Bônus 600 leituras

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Amores, então, 600 leituras. Muito obrigada por isso, estou muito feliz. Se não fosse por vocês, leitores, eu não teria chegado até aqui com esse sonho. Então, obrigada mesmo. 

Esse capítulo é um independente de um momento feliz da tão sofrida infância do James, espero que gostem.

E ouçam a música do vídeo que eu deixei lá em cima <3

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Praia de Bournemouth / Reino Unido /  15 anos antes...

Um pequeno e alegre James corria na praia enquanto seus pais em raro momento de felicidade riam da alegria do menino que eles tanto amavam. Lewis abaixou-se e abriu os braços para o garotinho que pulou abraçando o pai com uma gostosa gargalhada infantil. Anne abraçou os dois. Como ela amava os dois. Lewis, seu marido, seu companheiro, seu amante, era sua razão de vida, o seu amor até o fim. James, seu filho, seu pequeno, sua nova razão, seu novo motivo para viver. Anne e Lewis passaram por uma instabilidade horrível depois da tragédia que afetou-lhes a vida, mas aquele menino trouxera de volta a felicidade.

—Papai, vamos bincar? – Perguntou.

—Claro.

—E depois a mamãe pode cantar para nós?

—Claro, meu pequeno. – Respondeu Anne sorrindo.

—Então vamos papai, vem me pegar. – James pulou do colo do pai e saiu correndo. Lewis fingia não alcançar o filho, mas logo o pegou de novo no colo enquanto o pequeno gritava de alegria. Correu para perto da esposa e falou.

—Que tal atacarmos o Jamie com cócegas, mamãe? – E olhou para Anne sorrindo e logos os três eram uma massa embolada de pessoas gargalhando e fazendo cocegas uns nos outros. Depois deitaram-se na areia rindo e olhando para o céu.

—Papai, olha aquela nuvem. – Ele aponta o dedinho gordo para o céu.

—Qual nuvem, pequeno, tem tantas nuvens.

—Aquela que parece um coelhinho, você vê mamãe?

—Aquela ali? – Anne aponta em uma direção.

—É, essa.

—Eu ainda não vi. – Diz Lewis, procurando.

—Aquela ali, querido, com as orelhinhas. – Diz Anne.

—Olha gente... – Diz Lewis se sobressaltando – Vocês estão vendo? Aquela nuvem parece um coelho. – Anne solta uma longa gargalhada e James reclama.

—Hey papai, eu vi pimeiro...

—Jura? – Lewis se faz de desentendido. – Então que tal irmos pra água?

—Sim, mamãe vem?

—Não, Jam. Não agora. – Anne diz sorrindo.

Lewis pegou o filho e correu para a água e James jogou água no pai. Ele o olhou furioso, mas logo começou a rir e a molhar o pequeno. E logo estavam pulando as ondas. Lewis olhou para Anne, chamando-a para brincar com eles. Do jeito que ele a olhou ela teve certeza de que se não fosse James, eles fariam amor ali mesmo já que a praia era pouco frequentada. Quase nunca havia ninguém naquela praia em dias de semana. Mas mesmo que tivesse, ela não se importaria. Ela o amava e confiava nele. Então ela simplesmente se levantou da areia e andou até seus meninos. E logo todos estavam todos molhados, felizes como nunca e apenas vivendo. Sentaram-se e deixaram a água brincar com os seus pés e pernas. Jamie virou-se para Anne e pediu.

—Mamãe, eu posso ter um irmãozinho?

—Um irmãozinho, James?

—Sim, mamãe, um irmãozinho. Eu iria adorar ter um para bincar.

—Mas, filho – Começou Lewis, como se contasse um segredo – Bebês fazem cocô.

—Mamãe, papai disse que bebês fazem cocô, é verdade? – Perguntou intrigado.

—Sim, filho. Eles fazem cocô, mas usam fraldas. Você também já usou. Você trocaria as fraldas do seu irmão?

—Não. E se eu tiver um irmão que não seja bebê e que não faça mais cocô?

—Isso é um pouco difícil, filhão. – Falou Lewis. – As pessoas nascem, e aí elas são bebês, depois crescem mais um pouquinho e viram crianças, como você, depois elas crescem mais um pouco e se tornam jovens, e depois adultos como o papai e a mamãe, e aí elas tem filhos e formam uma família como nós, e depois elas ficam velhinhas.

—E depois?

—Ah! Depois elas morrem.

—O senhor vai morrer, papai?

—Sim, filho, um dia eu vou. Um dia sua mãe vai.

—Eu vou morrer? – Perguntou fazendo bico e uma carinha de choro.

—Sim, mas não agora, vai demorar muito muito muito.

—Mesmo? – Perguntou um pouco sentido.

—Sim. – Disse Lewis puxando o filho para um abraço e logo puxando também a esposa.

—Então, papai, já que você não vai morrer agora, você pode trocar as flaldas do meu irmãozinho. – Disse James se soltando do abraço, enquanto os seus pais se olhavam e começavam a gargalhar da inocência do pequeno.

—Mas você vai deixar de me amar para amar seu irmão? – Perguntou Anne, fingindo tristeza.

—Não mamãe, eu vou continuar amando você. – Disse ele abraçando a mãe.

—O papai aqui está se sentindo triste e carente, porque vão amar o irmãozinho e a mamãe e ninguém ama o papai. – Disse Lewis abraçando o corpo de uma forma teatralmente dramática. E logo estava sendo coberto de beijos e abraços e eu te amo de sua família.

—Mas filhão, — chamou Lewis – se você tiver um irmãozinho, você promete pro pai e pra mãe que você vai cuidar dele?

—Sim, papai. Semple.

E assim eles brincaram e foram felizes durante uma tarde até um James exausto cair nos braços do pai e da mãe.

Wg'



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