Trabalhos sujos feitos de forma barata - James

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"Você tem problemas na sua vida amorosa

Você tem um coração partido

...é quando as lágrimas começam a cair, companheiro

...

Nós faremos uma farra"

(Dirty deeds, done dirt cheap – AC/DC)


Uma musica qualquer tocava, eu não me importava. As garotas que dançavam no palco principal estavam lotadas. Escolhi uma mesa nos fundos, onde teria um pouco mais de privacidade. Uma garota vestida de coelhinha veio fazer seu serviço, abaixou-se bem próxima de mim e falou insinuante com seu hálito de hortelã.

-Posso servir em algo, senhor? – Me lançou um olhar provocante e balançou levemente os seios. Seus cabelos loiros quase brancos presos em um rabo de cavalo deixando apenas duas mechas soltas caindo ao longo do rosto, seus olhos azuis com aparência de lente e seus cílios falsos enormes e "piscantes" davam um ar um tanto angelical ao seu rosto.

-Você poderia primeiramente buscar uma dose de Vodka, quando você voltar, nós podemos resolver isso. – O meu sotaque estava bem forte, provavelmente por estar bêbado há alguns dias.

Ela deu um sorriso cínico e saiu rebolando em direção ao bar, e voltou com duas doses em sua bandeja.

-Apenas prevendo que talvez o senhor pudesse querer mais, fiz errado senhor? – E lançou-me um olhar safado. Ignorei e virei à dose, deixando a outra de lado.

-Que tal você começar a rebolar essa bundinha ao som da música? – Coloquei uma nota de 50 no decote dela e ela prontamente aproximou e começou a dançar. Olhei para ela com uma das mãos se aproximando da sua coxa, esperando apenas o seu consentimento, ela sorriu em aprovação e eu segurei e apertei levemente a parte de trás de sua coxa. Com a outra mão peguei a dose de vodka extra e virei. – Você faz programas?

-Normalmente não, mas há exceções. E o preço é alto.

-Não importa. – Ela levantou e sinalizou que eu a seguisse. Segurei a mão dela e dei mais uma nota de 50 – Para a Vodka. – Ela assentiu e foi ao bar deixou o dinheiro e pegou alguma coisa, voltou e continuamos andando rápido em direção á um corredor onde havia um casal se beijando e rentando abrir a porta ao mesmo tempo.

-É a Joana, ela é sempre assim. É para os poetas e românticos. – A agarrei por trás e perguntei.

-E você, é para quais?

-Para os que pagam bem. – Sorri e mordi seu ombro, enquanto ela abria a porta. Então percebi que não estava excitado. Eu estava desejando todo aquele corpo, mas não estava excitado. Isso era vergonhoso. Hey amigão, hora de acordar. Entramos no quarto, havia um sofá vermelho, uma cama vermelha redonda, uma banheira no canto e um poste de poledance. Sentei no sofá e apontei para que ela fosse para o poste. Ela prontamente obedeceu. Colocou uma musica no som e começou a dançar e eu comecei a me tocar no meio da musica, ao ver isso ela veio até mim e começou a me acariciar, mas peguei o corpo leve dela e joguei no sofá, preso entre suas pernas e roçando no seu corpo. O amigão começou a despertar, mas a imagem de Vanessa veio em minha mente como um flash, parei e olhei para a coelhinha em baixo de mim. Ela estava reprimindo um desejo eu podia ver. Voltei a me movimentar e ela apertou as pernas em torno de mim. Olhei ao redor e vi uma garrafa de vodka, levantei a coelhinha no meu colo do jeito que estava e a joguei na cama peguei a garrafa, abri e tomei uns goles generosos e me voltei para ela, mas a lembrança do rosto de Vanessa não me permitia seguir em frente. O desejo cessara. Ela percebeu.

-O que houve?

-Nada, nada com você, coelhinha.

-Outra garota?

-Sim, mas seu trabalho não é ouvir sobre a vida de ninguém. – Falei ríspido, mas empurrei ela na cama de novo e afastei o maio dela. Toquei-a até que ela explodisse em minha mão. Joguei umas notas de 100 na cama e fui lavar as mãos na banheira.

-Você deu mais dinheiro do que devia.

-Você não falou seu preço.

-Nem trabalhei.

-Não esquenta, coelhinha.

-Sou Carla.

-Sou James. – Me virei em direção a porta mas parei. – Não sei por que você faz isso, mas... Saia dessa vida... Sério, nunca é tarde. Só... – Me virei e saí do quarto sem olhar pra trás. Peguei a moto e fui para um bar qualquer e comecei a beber.

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Quando as Coisas São do Jeito que São [Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora