Capítulo 14 - Interrogatório

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Nataly/ Lucy


— Quem são vocês? O que querem de mim? — Ela estava bem assustada, virava a cabeça de um lado para o outro com aquela venda nos olhos. Parecia perdida. — É dinheiro que vocês querem? Falem quanto e eu pago!

Rica.

Mimada.

Que vontade de dar um belo soco nessa cara cheia de plástica dela.

— Nós não queremos seu dinheiro. — Disse me aproximando da cadeira onde ela estava sentada (amarrada).

Se havia necessidade disso? Claro que não, mas eu estava com uma raiva tão grande dela que achei divertido causar este pânico todo.

Não havia sido fácil convencer Antony a me dar o mandato, até porque para ele Mauricio não tramaria isso por tanto tempo, mas acabou cedendo depois que eu convenci Kátia de que o seu filhinho estava em perigo com uma louca dessas solta, e aí Antony não teve escolha a não ser me dar o mandato. Admito que foi muito divertido arrombar a casa dela com dez homens armados e prendê-la em uma ação de menos de dez minutos e sem ao menos ter dado a chance de pedir explicações. Ela nem ao menos sabe que nós somos da polícia.

— Olhe bem Daisy, eu faço as perguntas por aqui e você apenas as responde, ok? — Usei meu tom duro e persuasivo para amedronta-la ainda mais, se é que isso era possível, enquanto sentava na mesa de frete para a sua cadeira.

— E se eu me recusar? — Disse ainda perdida e procurando pela minha voz.

— Então faremos você falar. — Disse destravando a minha arma e colocando em sua testa. Um dos agentes na sala me olhou repreendedor — Estamos entendidas?

— Tudo bem, tudo bem eu... eu falo o que você quiser. — Ela estava chorando, sério isso produção? Não que eu seja má, mas isso era agradável de ver.

— Sem choro! — Falei grossa — Quem é você?

— Pera aí, você não sabe quem eu sou? Por que me sequestrou então?

— Eu sei quem é você, Daisy Rogers, mas é incrível como a sua ficha não tem absolutamente NADA sobre você. Então ao menos que você tenha um ano de idade ou tenha vindo dos mortos há um ano, você tá tramando alguma coisa.

— Eu... Eu....

— Fala, quem é você? E como você conseguiu tanto dinheiro pra bancar seus luxos se você nem tem um trabalho?

— É de uma herança. Da minha prima. Ela deixou tudo para mim quando morreu. — Diz entre soluços.

— Eu estou começando a perder a paciência com tanta mentira. — Disse colocando a arma em sua testa novamente.

— Tá legal, tá legal. Eu a matei — O que? — Morávamos só eu ela e o meu avô e ele deu tudo pra ela.

— Deixa-me adivinhar, ele deu tudo para ela porque você não ligava para eles, apenas para o dinheiro.

— Ele não tinha esse direito, aquele dinheiro também era meu.

— Claro que era, então quando ela não quis dividir a herança você a matou e fez parecer que foi um acidente. — Meu Deus essa mulher é louca mesmo.

— Não era para matá-la, apenas dar um susto. Ela tinha mania de caminhar próximo a lagoa pela madrugada, então naquela noite eu fui até lá e a empurrei e voltei para a casa, ela não sabia nadar e quando os gritos pararam deduzi que alguém havia ajudado. Então pela manhã a polícia estava lá, eu achei que ela estava a com raiva e tentaria me incriminar, mas...

S.W.A. 1 - As Mentiras De Uma VerdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora