Capítulo 22 - Eu Posso Explicar

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Nataly/Lucy


Dois meses.

Esse era o tempo que havia passado desde aquela reunião. Desde que Anthony havia falado aquilo. As palavras foram duras, porém necessárias. Eu melhorei bastante, ele tinha uma certa razão, eu estava saindo da linha. E eu não ia morrer pelos mesmos motivos que a minha mãe.


Dois meses antes....

— Eu não vou mais admitir este tipo de comportamento. Você é uma agente renomada, futura líder da corporação e está agindo como uma adolescente que você não é! — Anthony manteve seu bom tom até entrarmos em sua sala, quando ele começou a despejar essas coisas em mim.

— Desculpe-me, não vou deixar esse tipo de coisa acontecer mais.

— Eu sabia que seria uma péssima ideia deixar você numa missão como essa, está se comportando como eles. E você não é um deles. É uma agente disfarçada, não me importo com o que faça lá, desde que seja a agente Nataly Walter aqui. — Ele gritou.

— Eu só achei que conseguiria algo na casa dela. Desculpa. — Usei o tom mais sério possível. — Não sou como eles e nem tenho vontade disso. — Mentira!

— Pare de ser inconsequente. Como você mesmo percebeu, não deu em nada.

— Quem disse?

— Como assim?

— Descobri uma coisa enquanto estava lá. — Ele se acomodou em sua cadeira esperando pela resposta — O informante é uma mulher.

— Ainda com isso em sua cabeça?

— Eu confrontei um cara que já estava invadindo a casa da Joana e disse que já estávamos com a amiguinha dele, ele pareceu surpreso e bem ele revelou que se trata de uma amiguinha.

— Você libertou um suspeito de novo?

— Mas acontece que eles não estavam lá porque a informante seja a Joana — O cortei, não dando chance para bronca antes que eu pudesse explicar tudo — Eles só foram lá porque o Mauricio os mandou verem o que essa garota tinha para estarmos com ela. O que significa que ela está perto e que é mulher.

— Você liberou um bandido ligado ao homem mais procurado do planeta? — Ele estava bravo.

— Só ouviu essa parte? — E eu também estava.

— Como pode deixar um homem que sabia do paradeiro dele simplesmente ir? — Ele riu negando com a cabeça — Você é igualzinha à sua mãe sabia?

— Isso foi um elogio? — Estava surpresa.

— Se você considerar que ela acabou morta por isso, e ainda sem completar a missão dela. Sim, você é igualzinha a ela. — Missões, sério?

— O amigo era seu, não dela. E você nunca percebeu nada. Nem conseguiu acreditar que era ele quando eu disse. — Se é pra jogar para ofender, eu também sei — Sou uma boa agente e nunca me envolvo em casos, desconfio até de quem eu deva proteger. Eu não sou como ela ou como você. Eu sou melhor, porque fui treinada para isso. Não tenho emoções, lembra? Não adianta vir aqui e usar ela para me machucar porque não vai funcionar. — Me levantei da cadeira — E só para deixar claro, eu o deixei ir pois mandei ele avisar que estávamos com ela ao Mauricio. Eu apenas quis coagi-lo e deixa-lo com medo. Como se realmente estivéssemos a cinco passo à frente quando estamos dez passos atrás. Agora se puder me dar licença eu tenho um almoço com meu protegido. — Sai batendo a porta.

S.W.A. 1 - As Mentiras De Uma VerdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora