S.W.A. 1 - As Mentiras De Uma Verdade

Capítulo 33 - 4 Verdades

Nataly

Enquanto Alex falava com aqueles policiais e eles fingiam ouvir eu destravei a minha arma atrás de mim com muito cuidado para que eles não ouvissem e respirei fundo.

— Podem nos acompanhar, por favor? — Um deles falou e vi Alex segui-los.

— Para onde vamos? — Disse me aproximando cuidadosamente até que Alex saísse do meu campo de fogo.

— Delegacia! — Um deles sorriu — Preciso que prestem depoimento.

— Tudo bem! — Sorri falando com uma voz meiga que fez Alex me encarar — Mas eu acho que Deus não prega depoimentos e sim julgamentos — Falei voltando a uma postura seria.

— Como é que é? — Foi a última coisa que eles puderam pensar antes que eu atirasse na cabeça dos dois.

— Por que você fez isso? — Alex gritou se afastando de mim — Você matou policiais? Você é maluca! Fica longe de mim!

— Alex?! — Tentei me aproximar — Eles não são policiais.

— É claro que são! — Ele disse como se fosse obvio — Eles têm fardas e um carro de polícia, o que você acha que eles são, padeiros?

— Primeira coisa, — Disse começando a revistar os corpos baleados no chão — Policiais não começam a te perguntar nada ou pedem para você acompanha-los sem antes ver seus documentos — Tirei as armas deles jogando uma delas dentro do meu carro — Segunda coisa — Me virei para Alex — Policiais de patrulha ou a polícia local não usam um Rifle de assalto f2000 — Peguei uma das armas mostrando para ele.

— Baseou a morte de duas pessoas, que provavelmente tem família, em um rifle? — Perguntou perplexo.

— Não, eu baseei no fato de reconhecer um dos bandidos. — Disse — Pode entrar no carro agora?

— Eu não vou com você! — Ele se afastou mais — Quem me garante que você não vai me matar também. — Eu já estava perdendo a paciência.

— Eu estou convivendo com você tem sete meses, se eu quisesse te matar teria feito isso a muito tempo. Agora você vai entrar no carro por bem ou por mal.

— Vai fazer o que? — Ele gritou — Vai atirar em mim? Não pode me obrigar Lucy, se é que esse é realmente seu nome. — Ele cuspiu aquelas palavras com toda a força e nojo que tinha dentro dele.

Antes que eu pudesse falar qualquer coisa Diego começou a gritar no meu ponto.

— Nataly sai daí agora! — Ele soava desesperado — Você tem menos de um minuto até eles te alcançarem. Você tem que levar Alex para o esconderijo AGORA.

— Eu tô tentando, mas o bonito não quer entrar no carro — Gritei de volta chamando a atenção de Alex.

— Nataly, dá um jeito! — Ele diminuiu o tom de voz — Vou tentar atrasá-los, mas acho difícil conseguir mais que dez segundos.

— A chefia já foi acionada? — Perguntei a Diego encarando Alex. Era bom que a mãe dele soubesse o que estava acontecendo.

— Se por chefia você define a mãe dele e o seu pai, sim já foram e estão na sala de comando já, mas você vai estar sozinha pelos próximos dez minutos, então sai logo daí.