Capítulo 45 - Eu Desisto

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Nataly


Tudo estava preparado e, com base nas teorias de Sophie, seguimos para cinco bairros distantes e estranhos. Eu estava liderando uma equipe assim como Anthony liderava outra. Kátia foi obrigada a ficar na agência por causa de sua suspensão. Assim que eu e meu comboio, que se dividia em dois carros, entramos numa rua, indicada pela novata, com base nas câmeras que foram desligadas, senti algo estranho. O lugar parecia familiar.

— Tem certeza que essa é a rua correta, Sophie? — Perguntei pelo comunicador.

— Sim, Senhora. Está exatamente onde deveria estar.

— Aqui só tem um bar muito macabro. — O agente que dirigia falou.

— Ok, vamos parar! Mande a outra equipe vir até aqui e ficar a postos. — Esperei o carro parar — Eu vou entrar e perguntar numa boa. Vocês cercam o lugar, se eu gritar socorro, vocês entram. — Abri a porta do carro colocando os óculos escuro e descendo. Deixei uma foto de Alex que carregava cair no chão e quando fui pegar senti como se fosse levada para aquele terreno onde minha mãe morreu. Aquela terra parecia com....

— A senhora está bem? Encontrou algo? — Um agente me ajudou a levantar.

— Estou bem sim. — Sorri — Tentem não chamar muita atenção. — Escondi minha arma na calça jeans cobrindo com a blusa azul de manga longa que estava usando.

Caminhei até o bar e entrei. Todos me encararam e rapidamente voltaram para suas bebidas. Numa rápida passada de olho percebi que de quinze, dez estavam armados. Respirei fundo e segui até o balcão onde havia um senhor secando alguns copos.

— Péssimo dia, princesa? — Sorriu e eu tive vontade de vomitar. O cheiro daquele lugar era péssimo.

— Você nem imagina. — Forcei um sorriso.

— Vai querer o que? — Me encarou por dois segundos.

— Na verdade eu não vim aqui para beber. — Me recostei no balcão — Eu gostaria de saber se o senhor viu uma pessoa passando por aqui.

— Não.

— Mas eu nem te mostrei a foto. — Disse pegando a foto que estava no meu bolso.

— Não vi.

— Tem certeza? — Mordi os lábios. — Ele sumiu e eu estou muito assustada. Disseram que viram ele por aqui.

— Não vi ninguém. — Disse encarando um rapaz sentado em alguma mesa atrás de mim — Agora, se não for beber nada, cai fora.

— Por que eu tenho a impressão que o senhor está escondendo alguma coisa? — Disse sugestivamente.

— Olha menina, é melhor você ir, antes que...

— Algum problema aqui? — Um homem ruivo, com uma barba enorme e com quase dois metros parou ao meu lado.

— Você acabou de interromper uma conversa, e isso é muito feio. — O encarei.

— Você sabe com quem você está falando? — Se aproximou mais de mim — Sabe o que eu faço com menininhas que nem você?

— Posso ter uma vaga ideia do que você e seus amigos frustrados sexualmente e armados fazem com uma garota inocente que entrou no bar errado, cheio de homens que acham que podem qualquer coisa só porque tem uma faca ou, sei lá, 10 armas de fogo. — Falei de uma forma que pudesse passar a situação para os agentes do lado de fora através da escuta.

S.W.A. 1 - As Mentiras De Uma VerdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora