Ele estava muito, mas muito mais gato que hoje a tarde.
-Boa noite. - cri cri cri
Esqueci o que estava pensando antes de ele chegar, esqueci meu nome, também esqueci como abrir a boca e soltar qualquer grunhido que fosse.
-Vamos? - ele perguntou, com um ar engraçado e confuso.
-Ehh... boa noite, Brian. Vamos.. - consegui falar.
Um ponto pra retardada aqui que conseguiu se comunicar de forma quase normal. Será que era óbvio o quanto eu estava afim dele? Deveria ser, afinal, sou discreta como uma drag dando show no meio da rua.
-Espero que goste do clube... - acho que tentou ser simpático.
-Eu também... - tentei parecer exigente. Mal sabia ele que eu estava pouco me lixando pra esse clube. Ou sabia?!
Ele abriu a porta do carro para eu entrar, todo cavalheiro. Deu a volta e sentou atrás do volante, olhando de lado pra mim, com aquele sorriso perfeito, enquanto ligava o carro. Eu cruzei as pernas do jeito mais sedutor que eu consegui antes de ele dar a partida, só pra ver a reação dele. Ele parou e soltou um sorriso bem safado, ligou o carro me olhando de cima a baixo. Seu olhar era pura luxúria, combinando perfeitamente com o que eu estava pensando no momento. O rádio estava ligado e uma música preencheu o ambiente, quebrando aquela tensão sexual entre a gente, ou aumentando. Tocava uma versão acústica de Confident e a letra era bem sugestiva para aquela situação. Eu ia tentar enlouquecer aquele homem hoje.
Você vai ser meu, Brian!
...
Sei lá quem era essa Annayama no comando, ou talvez fosse aquela garrafinha de vodka que peguei no frigobar mostrando seus efeitos, mas eu estava adorando. Apesar de toda insegurança me rondando, perto dele eu me sentia poderosa, atraente. Acho que baixou o espírito da Linda em mim. Será que era assim que ela se sentia todo dia? Senhor Jesus, amei! Quero me sentir assim sempre!
A clube estava lotado, havia uma fila imensa de pessoas para entrar. Eu estava me dirigindo ao fim da fila quando ele pegou minha mão e me puxou direto para porta, fazendo um aceno de cabeça ao segurança que, prontamente, o deixou entrar. Eu apenas o segui. Não queria que ele soltasse minha mão, e ele não soltou. Me puxou em direção ao bar, pediu bebidas para nós e em segundos, já estávamos indo em direção à pista de dança.
O local se parecia uma boate, mas dava pra notar que o espaço era bem maior na parte de fora. Parecia um clube com uma boate dentro. Era bem diferente e sofisticado. Parecia bem exclusivo mesmo. Enquanto dançávamos, ele me falava um pouco do lugar, conhecia tudo muito bem. Fiquei pensando em quantas outras mulheres ele havia levado ali, mas afastei isso da minha mente romântica demais para aquela noite. Eu tinha que me distrair com ele, não por causa dele. Ele não desgrudava os olhos e as mãos de mim e eu não podia estar mais satisfeita. O garçom sempre repunha as nossas bebidas, mas apenas as nossas. Estranhei que ele atendia apenas a gente, mas estava envolvida demais no momento para ficar pensando nisso. E quanto mais eu bebia, mais atrevida eu ficava.
Já estávamos dançando bem próximos um do outro, a mão dele deslizava pela minha cintura, nunca descendo demais. Aquilo estava me deixando doida. Queria mais do que aquela mão na cintura, ansiava para que ele descesse um pouco mais até meus quadris, minha bunda, que se esfregasse um pouco mais em mim. Que diaxo!! O que uma mulher precisa fazer para que um homem gostoso desse fique um pouco mais assanhado?
Como se ele estivesse lendo minha mente, ele passou as duas mão na minha cintura, me puxou e pressionou meu corpo contra o seu, consegui sentir o quão excitado ele estava, e quase imediatamente, sua mão direita estava em minha nuca, enquanto a outra ainda me segurava forte contra ele. Assim que ele veio pra me beijar, coloquei um dedo entre nossos lábios e soltei o sorriso mais cafajeste que consegui. Ele sorriu, entrando na brincadeira.
Ah, eu te quero Brian, mas hoje vai ser do meu jeito!
Estava tocando uma música bem sensual, passei meus braços sobre seus ombros, deixando seu rosto bem próximo ao meu, e comecei a me mexer no ritmo da música, bem colada a ele. Enquanto uma de minhas mãos segurava seu cabelo, a outra eu deslizava do seu ombro para seu rosto, passava por seu maxilar e descia para seu peito, bem devagar, até chegar na cintura.
Ele soltou um sorriso bem safado e tentou me beijar de novo, imediatamente eu me virei de costas pra ele, prolongando um pouco mais minha tortura. Ele colocou as mãos em volta do meu quadril enquanto eu rebolava me esfregando nele, dava pra sentir sua respiração pesada no meu ouvido. Ele me virou, me puxando ainda mais contra si, eu passei o dedo dos seus lábios até seu queixo, trazendo sua boca um pouco mais perto da minha, sem deixá-lo me beijar, olhando em seus olhos e cantando junto com a música:
I don't want it all the time (Eu não quero toda hora)
But when I want it (Mas quando eu quiser)
You better make me smile (É bom que você me faça feliz)
So give it to me right (Então me dê direito)
Or don't give it to me at all (Ou simplesmente não me dê)
Eu sorri de forma travessa, estava me divertindo enquanto torturava-o. Ele sorriu novamente, de um jeito puramente sexy que me deixou atordoada, agarrou meu cabelo e me beijou. Puta que pariu, que tesão dos infernos. Beijei aquele homem como se fosse tudo que eu precisava. E no momento era.
Ele parou de me beijar lentamente e me olhou nos olhos:
-Vamos embora? - seu olhar ardia de puro desejo.
-Estou com fome. - falei, só pelo prazer de provocá-lo.
-Eu também, baby! - falou, me olhando de cima em baixo com um sorriso lascivo no rosto. Eu já estava pra lá de excitada.

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Ela quer mais.
RomanceE de repente tudo desmorona e você percebe que aquilo não era o suficiente. Você quer mais. Não, não é pedir muito! Anna é uma mulher que sai de um relacionamento e, pouco tempo depois, conhece alguém que a faz sentir algo que ela nunca sentiu ante...