Ela quer mais.

De volta pra casa II

Brian

Cheguei em casa exausto, confuso e melancólico. Anna faria falta. O sexo com ela faria falta. Meu Deus, como era bom! Eu precisava de uma boa noite de sono pra descansar e tentar colocar a cabeça em ordem.

...

Acordei bem descansado, mas ainda confuso quanto a Anna. Não conseguia parar de pensar nela e na falta de notícias. Resolvi checar o voo e estava previsto pra chegar 15h. Eram 15 horas de voo. Credo! Trabalhei o dia todo pensando nela, checando o celular a cada 10 minutos. Conseguiria esquece-la ou não?

Dei um pulo quando chegou a mensagem. Finalmente! Já eram quase 16h de terça-feira.

Ela devia estar exausta. Mal termino de enviar a mensagem, meu padrinho chega com cara de poucos amigos. Agora não escapo da bronca.

- Brian.

- Oi Thom, tudo bem?

- Tudo bem nada. A gente precisa conversar. O que aconteceu com você na reunião? Você tava comendo a mulher com os olhos, porra! Quase me põe tudo a perder.

- Desculpa, Thom. Eu não sei o que houve. Eu tr...

- Mas eu sei. Você tem que pensar com a cabeça de cima, garoto. A cabeça de baixo fica fora dos negócios. A Srta Perez é gostosa sim, mas te controla que ela não é pro teu bico. Não põe nossa empresa em risco por causa de sexo, Brian.

Puta merda.

- Claro, Thom, eu enten...

- O que aconteceu depois que fomos embora? Continuaram no bar? - me deixa falar, porra!

- Ficamos conversando mais um pouco, depois fomos juntos ao aeroporto. A Srta Perez e eu nos demos muito bem. Acabamos criando uma amizade. - eu precisava de algo pra justificar algum contato menos formal com ela.

- Ótimo, ótimo! Fica esperto, Brian. Fiquei sabendo que ela é o braço direito e esquerdo do Sr. Alvares. Não quero perder esse contrato por gracinha sua. - ele tava muito puto, eu tava muito fodido, mas deu pra amansar a fera.

Sai da empresa e fui direto pro bar. Estava cansado, mas precisava distrair a cabeça do caos que estava dentro de mim. Fiquei sentado no balcão, bebendo sozinho e tentando não pensar na vida quando percebo alguém se aproximar:

- Está sozinho? - era uma morena estonteante de linda. Vestido tubinho e salto alto. Um cabelo curto bem arrumado, um batom vermelho e um olhar sedutor.

-Estou sim. Quer me fazer companhia? - Bem, eu precisava ver se tenho algum sentimento por Anna mesmo, né?

- Adoraria!- falou sorrindo.

Ficamos conversando pelo que me pareceu a noite toda, ela era encantadora, divertida, simpática e muito, muito bonita. Entre toques estratégicos e joguinhos de sedução, eu não conseguia me interessar tanto quanto eu gostaria.

- Está esperando uma ligação? - ela pergunta de repente.

- Oi? Como assim? - realmente não entendi o porquê da pergunta.

- Você não para de olhar pro celular. Estou atrapalhando? - eu sequer havia notado que mexia tanto no celular.

- Não, não atrapalha em nada. Estou esperando uma mensagem. Desculpe. - não, eu não estava com cabeça pra levar aquilo adiante. - Preciso ir, foi um dia muito cansativo. Podemos marcar outro dia?

- Claro. - sorriu

Trocamos telefone; eu realmente precisava descansar. Não conseguia tirar Anna da cabeça. Cheguei em casa era quase 22h e nada de uma mensagem dela. Será que estava ficando louco? Será que não iria esquecê-la? A conversa com meu padrinho voltava à minha mente. As lembranças do fim de semana com ela voltavam com tudo. Seu cheiro, seu toque, seu gosto. Que droga!

De repente, meu celular vibra.

Puta merda! Anna tava brincando com minha sanidade mental, ela sabia me deixar de quatro por ela. O que essa mulher tem que mexe tanto comigo?

Eu precisei me aliviar 2 vezes pra dormir. Pensei nela, no nosso fim de semana juntos a cada instante. Talvez ainda fosse muito cedo pra superar. Ela foi embora ontem. Era óbvio que era cedo. Era claro que eu estava enfeitiçado por ela. E era certeza que eu precisava de uns dias pra que as coisas se normalizassem.