Brian
"E se a gente parasse o tempo?"
Nada poderia descrever melhor o que eu gostaria de fazer naquele momento: parar o tempo e ficar dentro dela, sentindo seu corpo colado no meu, os bicos dos seus seios roçando em mim, suas pernas me envolvendo, seu gemido cada vez mais alto, suas mãos percorrendo meu corpo, seu sorriso, seu cheiro delicioso. Algo que provavelmente não aconteceria de novo. Como pude me envolver com alguém em tão pouco tempo? Eu deveria estar carente, isso sim.
- Eu.. eu não quis... - ela parecia perdida.
- Não quis...?
- O que eu falei agora, eu não quis dizer aquilo. Não, eu quis! É que.. acho que você entendeu errado. Eu.. - uau, que confusão.
- Parar o tempo?
- É.. - ela abaixou os olhos, parecia envergonhada. - Eu não deveria ter falado...
- Anna, baby.. - eu não sabia o que falar.
Ela me olhava esperando alguma resposta, e a única coisa que eu consegui fazer foi beijá-la. Deus, como eu queria fazer aquela mulher largar tudo sei lá onde e ir embora comigo.
- Ouvir aquilo só me lembrou que não vou te ver de novo. Não gosto dessa ideia... - é, já era! - Vamos dar uma volta? Conheço um lugar ótimo para almoçarmos mais tarde. - beijei-a, torcendo para que concordasse. Eu já estava meloso demais, não queria mais pensar naquilo.
- Claro. - senti um pouco de decepção na sua voz, não sabia definir bem o que era.
- Vem, baby. Você ainda tem que ir se vestir...- puxei-a da cama para os meus braços. Que mulher linda!
Anna
Terminei de me vestir e fomos andar pela cidade. Ele me mostrou vários lugares lindos, passeamos por um parque e acabamos parando em algum restaurante mais sofisticado. Eu ainda não conseguia entender muito bem o que havia acontecido no quarto de manhã. Ele estava com aquele olhar intenso, depois parecia distante, e então não gostava da ideia de não me ver de novo, e do nada, estava animado de novo. Quanta bipolaridade!!
- O que vai querer comer, baby?
- O que você pedir, está ótimo. - na verdade, não conhecia nada daquilo.
Ele sorriu e fez os pedidos. E eu apenas fiquei contemplando sua beleza, mesmo com esse humor doido, eu ainda queria vê-lo outras vezes. E a parte mais difícil era aceitar isso.
- E se a gente marcasse algum dia pra nos vermos? - parecia inseguro.
- Adoraria, Bri. Mas não sei quando volto. Você vai pra lá algum dia?
- Brasil? Estou pra fechar um negócio lá! Acho que vai dar tudo certo. Parece um bom plano, não acha?
- Sério? Brasil? - perguntei, curiosa.
- Sim. Vou me reunir com o cara hoje. Por quê?
- Ah, vai que eu conheço.
- Talvez tenhamos nos esbarrado com ele no hotel, mas ainda não o conheço, então, não sei. Mas o que acha?
- Você ir me ver?
- Hm-rm.. - ah, esse sorriso eu já conhecia.
- Ótima ideia! - sorri da mesma forma. Pelo menos tentei parecer sexy...
- Seu voo é quase meia noite, né?
- Sim, que horas é o seu? É Califórnia, né?
- É, sai as 22h. Que tal eu passar no seu quarto antes de ir pro aeroporto?
- Devo sair do hotel umas 21h.
- Ok, baby! - aquele sorriso de novo. Como adoro esse sorriso!
Terminamos de almoçar e fomo direto pro hotel.
[...]
A porta do elevador abriu, vazio! Apertei o botão do meu andar e percebi que ele me olhava com aquele jeito sexy de novo.
- Quando te vi aqui, sábado, quase te garrei na mesma hora. Você é muito gostosa, Anna. - ele veio em minha direção enquanto falava, me prensando contra a parede e subindo a mão da minha perna até minha cintura, olhando-me de cima a baixo.
- E eu não teria reclamado! - sorri da forma mais cafajeste possível e ele arregalou os olhos, como se não acreditasse no que eu havia falado. - Você é muito gostoso, Bri!
Ele agarrou meu cabelo e me beijou com força, só me soltou quando o elevador chegou no meu andar. Me acompanhou até meu quarto e ficou alguns minutos comigo, não conversamos, apenas nos beijamos.
- Preciso ir, baby. Ainda tenho que me trocar. Passo aqui umas 19h, pode ser?
- Ok, te espero aqui.
Ficamos alguns segundos em silêncio até que ele me puxou pelo queixo, olhou em meus olhos e sorriu, me dando um beijo. Respirei fundo, com os olhos fechados, querendo gravar seu cheiro em minha mente. Eu não queria que ele fosse embora. Eu não queria ir embora.
- Até já, baby!
- Até, Bri!
E se foi. Quando fechei a porta do quarto, me senti caindo em um abismo sem fim e comecei a chorar.
Brian
A porta do elevador se abriu, estava vazio. Me lembrei de sábado e o quanto tesão eu senti quando olhei pra ela.
- Quando te vi aqui, sábado, quase te garrei na mesma hora. Você é muito gostosa, Anna. - a prensei contra a parede do elevador, passando a mão em sua coxa, sua bunda, até sua cintura. Olhando cada centímetro daquele corpo que eu já havia me deliciado.
- E eu não teria reclamado! Você é muito gostoso, Bri! - ela sorriu de um jeito puramente sexy. E eu não conseguia acreditar naquilo. Está certo que eu notei algum interesse dela aquele dia, mas não tanto. PUTA QUE PARIU.
A agarrei pelo cabelo e a beijei com força, quando pensei que comeria ela ali, o elevador para. Olhei pro relógio, quase 14h30. A reunião era as 15h. Não daria tempo, ainda tinha que me trocar. Ao chegar em seu quarto, apenas beijei-a. Voltaria mais tarde pra terminarmos o que começamos.
- Preciso ir, baby. Ainda tenho que me trocar. Passo aqui umas 19h, pode ser?
- Ok, te espero aqui.
Puxei-a pelo queixo, olhei-a nos olhos e a beijei. Senti ela respirando fundo. Eu não queria deixá-la ir. Eu não queria ir embora. Seria possível raptá-la? Maldita reunião.
- Até já, baby!
- Até, Bri!
Quando ela fechou a porta, parecia que meu mundo tinha desmoronado. Merda! O que ela fez comigo? Não... não! Estava decidido!! Eu ia voltar mais tarde e fazê-la ficar comigo. Eu não a deixaria ir embora, não iria perde-la.
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Ela quer mais.
RomanceE de repente tudo desmorona e você percebe que aquilo não era o suficiente. Você quer mais. Não, não é pedir muito! Anna é uma mulher que sai de um relacionamento e, pouco tempo depois, conhece alguém que a faz sentir algo que ela nunca sentiu ante...