Capitulo 29

4.2K 463 13
                                    

Alexa narrando...

- Precisamos ir agora Alexa! - Alaric grita.

Olhava para a casa e ouvia os tiros.

James

- Ele vai dar um jeito, Alexa - Kyle acariciou meu ombro.

Logo ouvimos vozes se aproximando e Kyle saca a arma atento a quem estava vindo. Uma chama de esperança encheu meu peito, mas assim que avistamos a pessoa e percebemos que não era quem esperávamos, Kyle o acertou antes que ele levantasse sua arma.

- Мы должны идти - Um dos caras do pai de James gritava enquanto entrava no carro pronto para dirigir.

Dou uma ultima olhada na casa e peço para Deus que o proteja. Entro no carro e sento ao lado de minha mãe que acariciava os cabelos de meu pai, mas não derramava uma lagrima.

Fechei meus olhos enquanto o carro se movimentava e pensava em tudo o que acontecera até agora. Era uma bagunça terrível, como minha vida mudara drasticamente.

Não havíamos avançado muito quando um barulho aterrorizante ecoou e fez o carro tremer. Todos olharam para trás para enfim contemplar a grande explosão no horizonte.

Não! James!

- Nãoooo! - Amy gritava e se debatia, Kyle tentava conte-la, mas era inútil.

Meu corpo estava mole e minha cabeça estava pesada, os gritos de Amy já estavam abafados e sentia minha a mão de minha mãe virar meu rosto para si. Ela falava algo mais já não a conseguia entender, seus lábios só se movimentavam até que não pude deixar meus olhos abertos e de repente era tudo silencioso e escuro.

------

Forcei minhas pálpebras se separarem umas das outras até que estivessem totalmente abertas. Analisei o lugar onde eu estava, era um quarto um pouco pequeno e estava iluminado apenas pelas brechas das cortinas.

Tento sentar com dificuldade, meu corpo estava pesado e isso me trouxe memorias de quando acordei exatamente assim aparentemente anos atrás, mas que na verdade não se passara nem um mês.

A porta se abre lentamente e a cabeça de minha mãe aparece no vão da porta, ela me dá um fraco sorriso e entra no quarto fechando a porta atrás de si.

- Como está se sentindo? - Pergunta enquanto se aconchegava ao meu lado.

- Fraca - Foi o que consegui dizer. Estava tudo insuportavelmente dolorido e não só fisicamente. A dor física eu facilmente poderia suportar, mas o que estava sentindo no peito era terrivelmente esmagador.

- Eu sinto muito, querida - Ela afagava meus cabelos - Eu sinto muito por ter colocado você nessa bagunça, ter feito você passar por tudo isso e principalmente por nós não ter sido pais perfeitos e presente na sua vida.

Lágrimas começaram a descer pelo seu rosto e percebi que era a primeira vez que a vi chorando, demostrando seus sentimentos. Ela sempre fora mais fechada, nunca demonstrava seus sentimentos tão explícitos.

Acariciei a mão dela, mas não consegui dizer nada. Eu sei que ela se sentia culpada e falava de coração, mas não mentiria para ela falando que estava tudo bem, porque não estava e ela sabia disso.

- O que vocês fizeram com o corpo do papai?

- MI6 resolveu aparecer e KGB também está aqui - Ela revirou os olhos - Eles vão cuidar de seu pai e um funeral digno de um herói.

- Conveniente aparecer agora, mas meu pai merece ser honrado - Ela concordou e deu um fraco sorriso - Onde estamos?

- Estamos na nossa base, onde eu e seu pai vivíamos - Ela suspirou e pude ver a dor nos seus olhos - O russo nos trouxe aqui e disse que alguém estaria vindo para nos ajudar, logo ele recebeu uma ligação e nos deixou.

Anomalia • Concluída •Onde histórias criam vida. Descubra agora