Capitulo 10

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Fui para o andar debaixo e procurei Jenny a recepcionista, ela ficou um pouco nervosa quando me viu e tentou se virar fingindo que não me viu.

- Jenny - A chamei

- Oi senhorita Becker - se virou para me encarar.

- O que acontece Jenny? - pergunto mais baixo.

- Seu amigo me assustou um pouco. - Me desculpe. Kyle pode ser difícil de lidar - Estava me desculpando muito por causa de Kyle.

- Tudo bem. Você queria algo? - perguntou sorrindo.

- Sim. Sr. Gribbs que me encontrou na noite do meu ataque, disseram que ele me viu desacordada quando estava indo embora - Sr. Gribbs era o faxineiro noturno e Helsten disse que foi ele que me achou - Ele veio trabalhar hoje?

- Ele veio falar como Senhor Arthur antes de você entrar, creio que esteja na sala dos funcionários.

- Obrigada Jenny -agradeço e sigo em direção à sala de funcionários.

Sr. Gribbs estava sentadoe com o celular na mão falava rápido. A sala não era muito grande e só estava ele ali. Seria perfeito.

- Sr. Gribbs? - Ele olha para mim.

- Tenho que desligar, depois conversaremos - Desliga o celular - Olá senhorita Becker, vejo que está bem melhor.

- Sim estou - Dou um sorriso fraco -Fique sabendo que o senhor me achou, obrigada!

- Não tem que me agradecer, só liguei para ambulância.

- Obrigada mesmo assim. O senhor viu alguma coisa estranha naquela noite? - pergunto chegando perto dele.

- Falei para o senhor Weber que não tinha percebido nada de mais. Mas lembro de que quando o senhor Helsten estava saindo, vi um homem de capuz e com uma mochila o olhando e depois indo a sua direção.

- Só isso, depois não viu o homem do capuz novamente? - Ele negou - Deu para ver o rosto dele?

- Sua barba era clara e cheia, mas minha visão já não é a mesma, então não vi nada com nitidez, acha que foi ele?

- Não sei, mas obrigada Sr. Gribbs - dou um sorriso.

- Por nada menina, você não merecia isso - Dá um largo sorriso de conforto e eu dou outro em troca.

- Preciso ir agora - digo apontando para a porta.

- Tudo bem, tenha uma boa tarde senhorita Becker e espero que você encontre o que procura - acena para mim. Eu também espero.

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Chego ao meu apartamento e Helsten está encostado no seu carro de braços cruzados. O que ele queria?

- Está com saudades, Helsten?

- Sempre! - Sorri.

- Gostaria de entrar? - Pergunto chegando mais perto dele.

- Sim, precisamos conversar - Olho bem para seu rosto e vejo preocupação.

Vou em direção ao meu prédio e Helsten me acompanha. O silêncio dentro do elevador era desconfortante e dou graças a Deus quando a porta se abre...

- Quer tomar algo? -Digo enquanto coloco minhas coisas na mesinha.

- Um copo de água seria ótimo.

- Vou buscar, fique a vontade - Vou para a cozinha e pego a garrafa de vidro e dois copos.

- Gostei do seu apartamento - Helsten fala num tom alto para que eu possa ouvir.

Anomalia • Concluída •Onde histórias criam vida. Descubra agora