Sede de Sangue

Capítulo 1 - Risco

 E lá estava eu olhando os pingos de chuva se escorrer por aquele vidro a qual eu me punha a frente pensando como seria que isso foi acontecer.  Já havia um tempo que eu não ia bem na escola sempre fui uma garota exemplar nos estudos, mas agora as coisas haviam mudado não conseguia mais me concentrar, ao olhar para janela eu via o quanto eu queria poder me esforçar.

- Luna venha comer – Minha mãe me gritava.

 Certo. Ela não era uma boa cozinheira nem nada, quem diria uma mãe que não sabe cozinhar, é o cúmulo não? Mas desde que me conheço por gente é assim.

 Passei pelo corredor e vi a porta do quarto do meu irmão Matheus aberta. Garoto idiota nunca desprezei tanto um garoto quanto ele, mas até que era legal as vezes me deixando jogar seu vidio game. Nunca fui boa naquilo.

 Passei na frente do quarto de papai.

 É verdade ele não dormia com minha mãe a uma semana eles haviam brigado e sempre que esse fenômeno acontecia papai dormia no quarto ao lado do de Matheus e eles se davam muito bem.

 A porta estava aberta e ouvi meu pai quase gritando com Christian o novo funcionário dele e Christian se pusera de cabeça baixa a todo instante. 

 Pobre menino aparentava ter 17 anos e é muito,muito bonito mesmo. Sim eu me encanto mas como mamãe diz ''Querida,não deixe transparecer''.  Nunca soube o que ela queria dizer com isso. 

 Não sabia porque ele estava brigando com Christian mas já sentia muita pena, Christian acabará de chegar da Califórnia ele fazia intercâmbio lá, como na empresa de papai sempre a estágio ele procurou meu pai, ele não tinha lugar para morar mas queria continuar a faculdade de Direito aqui, havia largado o intercambio por falta de dinheiro. Meu pai sempre muito caridoso deixou que o ficasse conosco  até achar uma casa para morar e ele poderia fica se cuidasse do nosso enorme jardim ele não hesitou e logo aceitou. Meu pai havia deixado bem claro nossos nomes e o nome dele para nós, mesmo assim eu não o via como nosso empregado.

 Me peguei olhando fixamente para o rosto de Christian e ele também me olhava. Sabe como isso é constrangedor? 

 Meu pai se dirigia até mim me fazendo olha para ele.

  Papai era um homem alto com o cabelo preto e grisalho e estava com a gravata desapertada e sem o palito.

- Ouvir sua mãe te chamar querida. – Ele me olhava fixamente e eu tive que levantar a cabeça para poder olha-lo olho a olho, foi então que ouvi.

- Venham logo crianças, Christian Desça também.

Papai olhou para Christian em um olhar de desaprovação total, percebi isso porque papai já fizera isso comigo e acredite isso não é agradável.

 Sabia que era um risco, mas passei na frente de meu pai e fui até Christian peguei a mão dele e pude ver o seu olhar de surpreso e abri um sorriso de ''Vai ficar tudo bem,confie em mim'', então pude ver um pequeno sorriso se formando em seu rosto. Eu e Christian mal nos olhávamos dentro de casa, mas eu via ele limpando o jardim as vezes pela minha janela como eu disse senti muita pena.
 Christian era um garoto bonito tinha a pele morena e no seu rosto havia respingos de pelos a famosa barba entre os meninos, como eu sei disso? Matheus vive esperando ansiosamente por ela acho que é por isso que nunca cresce.
 Puxei Christian até a porta e olhei para papai e pensei ''segura essa''. Sai andando enquanto papai me olhava atentamente, aposto que não gostou nada. Abri minha boca e disse a ele:

- Até mais, papai. – Abri o sorriso mais sínico que eu tinha.