Estávamos naquela estrada de terra à mais de uma hora. O carro cambaleava e junto com ele eu também.
- Aqui está bom. - Disse Christian.
Ele parou o carro e eu pude observar Matheus dormindo no banco de trás.
- Eu sinto muito Luna. - Disse ele em um tom triste.
- Eu também. - Meus olhos se encheram outra vez.
- Vamos nos manter escondidos por enquanto. Pela manhã vamos a sua casa. - Disse Christian olhando para a janela do carro.
-Por que? E se tiverem mais homens de preto lá? - Tentei esconder meu medo sem sucesso.
Ele riu.
- É assim que você os chama? - Disse Christian em um tom mais divertido.
- Só me diga o por que, não acho apropriado voltar lá.
Tenho que salvar minha mãe.
Era a única coisa que eu conseguia pensar.
- Temos que revistar o quarto do seu pai e pegar roupas e comida, eu realmente não tenho casa. Vocês tem algum dinheiro?. - Christian mal olhava para mim.
- Eu tenho algumas economias, Matheus deve ter também. - Investigar o quarto de meus pais. Eu sabia que existia um cofre ali, só não sabia a senha. - Tem um cofre no quarto dos meus pais, mas eu não sei a senha. - Disse confusa.
- Ótimo, vamos pela manhã. Agora durma Luna. - Disse ele olhando para mim agora. Pude sentir um aperto no peito.
Eu o obedeci e logo virei para o lado e cai no sono dos mortos. Aqueles sonos que não se sabe se irá acorda novamente.
Acordei com o sol iluminando meu rosto. Olhei para o lado e Christian não estava lá, olhei para trás e vi Matheus ainda dormindo.
Me virei e comecei a balança lo.
- Matheus! Matheus! Acorde.
- Calma ai mãe. - Disse ele abrindo os olhos.
- Não sou sua mãe. - Pude ouvir o tom triste em minha voz.
Christian abriu a porta do carro e me virei para olha lo. Ele estava com o machucado na testa ainda e a mesma roupa abriu um sorriso para mim, e levantou o polegar para Matheus.
- Vamos? - Christian passava a mão no cabelo.
- Para onde? - Disse Matheus confuso.
- Matheus vamos voltar para casa para vasculhar alguma coisa no quarto de papai. E vamos pegar algum dinheiro. Afinal você tem algum? - Estreitei os olhos.
Matheus passou a mão no rosto como se não se lembrasse.
- Gastei minha mesada em um skate novo. - Deu um sorriso sem graça.
- Tudo bem eu devo ter algum dinheiro. - Revirei os olhos.
- Agora vamos. - Era Christian entrando no carro.
Novamente ele refez a ligação direta já que estávamos sem a chave.
Fiquei olhando pela janela havia muitas arvores e logo chegamos em uma estrada de asfalto e pude reconhecer.
Estávamos em um espaço reservado no qual eu só havia visto quando andava para ir pro exterior. A estrada levava a muitas casas abandonadas e muitas delas estavam queimadas.
E depois de passar por aquelas casas tinha duas estradas eu sabia bem qual seguir era a da esquerda que dava direto no portão de entrada.
Mas ao invés disso Christian seguiu a direita.
- Onde vamos? - Perguntei receosa.
- Para sua casa. - Disse Christian olhando para estrada. Mas juro que pude ver um sorriso se formar em seu rosto.
Logo pude ver novamente a estrada de terra. Fiquei observando atentamente para ver se reconhecia esse lugar. Chegamos ao um muro enorme percebi que era o muro da minha casa.
Christian parou o carro atrás do muro e descemos. Andamos atrás dele até ele olhar para o chão e ficar pisando nele sem parar e o chão fazia um barulho oco. Ele se abaixou e puxou uma corda e uma pequena porta quadrada se abriu. Era um alçapão.
- Seu pai disse que haveria um aqui. - Christian parecia feliz.
- Vamos entrar nisso ? - Apontei o dedo para o alçapão.
- Sim.
- Vamos logo. - Disse Matheus. Passando em nossa frente.
- Cuidado Matheus! - Gritei.
O primeiro foi Matheus a descer o alçapão e eu fui a segunda e Christian o terceiro.
Passamos por um corredor escuro. Não pude conter meu medo e agarrei a mão de Christian com tanta força e ele apertou a minha também.
Vimos uma luz e Matheus saio correndo em direção a ela, pude ouvir seus passos.
Tinha uma escada e uma placa em florescente, dizendo:
36861075
Fui chegando perto e Matheus Observava a placa.
- O que é isso? - Disse Matheus.
- Não sei.
Christian pegou o celular do bolso e anotou o número.
- Vamos. - Christian disse.
Ele pegou sua arma e foi subindo a escada abrindo a outra porta, eu subi atrás e Matheus atrás de mim.
Quando entrei vi que a sala dava na sala de games do papai.
Sim pode aposta ele tinha uma com bilhar, Xbox, mesa de sinuca e uma mesa de poker, também tinha um armário enorme com outros jogos.
- Pegue sua arma Luna. - Disse Christian.
Tinha colocado minha arma na minha cintura igual a de Matheus e eu a peguei.
- Matheus também. - Christian indicava com o dedo a arma de Matheus.
Então partimos para a sala de jantar.
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Sede de Sangue
AcakDepois do meu pai morrer diante dos meus olhos morri a primeira vez. Não faço ideia de onde minha mãe está tenho que encontra la, e a muito tempo homens de preto vem me perseguindo. O que está acontecendo? Estou lutado para viver. Vou me manter vi...