Capítulo 4 - A cena do crime

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 Estávamos naquela estrada  de terra à mais de uma hora. O carro cambaleava e junto com ele eu também. 

- Aqui está bom. - Disse Christian.

 Ele parou o carro e eu pude observar Matheus dormindo no banco de trás.

- Eu sinto muito Luna. - Disse ele em um tom triste.

- Eu também. - Meus olhos se encheram outra vez.

- Vamos nos manter escondidos por enquanto. Pela manhã vamos a sua casa. - Disse Christian olhando para a janela do carro.

-Por que? E se tiverem mais homens de preto lá? -  Tentei esconder meu medo sem sucesso.

 Ele riu.

- É assim que você os chama? - Disse Christian em um tom mais divertido.

- Só me diga o por que, não acho apropriado voltar lá. 

Tenho que salvar minha mãe.

 Era a única coisa que eu conseguia pensar.

- Temos que revistar o quarto do seu pai e pegar roupas e comida, eu realmente não tenho casa. Vocês tem algum dinheiro?. - Christian mal olhava para mim.

- Eu tenho algumas economias, Matheus deve ter também. - Investigar o quarto de meus pais. Eu sabia que existia um cofre ali, só não sabia a senha. - Tem um cofre no quarto dos meus pais, mas eu não sei a senha. - Disse confusa. 

- Ótimo, vamos pela manhã. Agora durma Luna. - Disse ele olhando para mim agora. Pude sentir um aperto no peito.

 Eu o obedeci e logo virei para o lado e cai no sono dos mortos. Aqueles sonos que não se sabe se irá acorda novamente.

 Acordei com o sol iluminando meu rosto. Olhei para o lado e Christian não estava lá, olhei para trás e vi Matheus ainda dormindo.

 Me virei e comecei a balança lo. 

- Matheus! Matheus! Acorde. 

- Calma ai mãe. - Disse ele abrindo os olhos.

- Não sou sua mãe. - Pude ouvir o tom triste em minha voz.

 Christian abriu a porta do carro e me virei para olha lo. Ele estava com o machucado na testa ainda e a mesma roupa abriu um sorriso para mim, e levantou o polegar para Matheus.

- Vamos? -  Christian passava a mão no cabelo.

- Para onde? - Disse Matheus confuso.

- Matheus vamos voltar para casa para vasculhar alguma coisa no quarto de papai. E vamos pegar algum dinheiro. Afinal você tem algum? -  Estreitei os olhos.

 Matheus passou a mão no rosto como se não se lembrasse.

- Gastei minha mesada em um skate novo. -  Deu um sorriso sem graça.

- Tudo bem eu devo ter algum dinheiro. -  Revirei os olhos.

- Agora vamos. - Era Christian entrando no carro. 

Novamente ele refez a ligação direta já que estávamos sem a chave. 

 Fiquei olhando pela janela havia muitas arvores e logo chegamos em uma estrada de asfalto e pude reconhecer.

 Estávamos em um espaço reservado no qual eu só havia visto quando andava para ir pro exterior. A estrada levava a muitas  casas abandonadas e muitas delas estavam queimadas.

 E depois de passar por aquelas casas tinha duas estradas eu sabia bem qual seguir era a da esquerda que dava direto no portão de entrada.

 Mas ao invés disso Christian seguiu a direita.

- Onde vamos? - Perguntei receosa.

- Para sua casa. - Disse Christian olhando para estrada. Mas juro que pude ver um sorriso se formar em seu rosto.

 Logo pude ver novamente a estrada de terra. Fiquei observando atentamente para ver se reconhecia esse lugar. Chegamos ao um muro enorme percebi que era o muro da minha casa.

 Christian parou o carro atrás do muro e descemos. Andamos atrás dele até ele olhar para o chão e ficar pisando nele sem parar e o chão fazia um barulho oco. Ele se abaixou e puxou uma corda e uma pequena porta quadrada se abriu. Era um alçapão.

 - Seu pai disse que haveria um aqui. - Christian parecia feliz.

-  Vamos entrar nisso ? -  Apontei o dedo para o alçapão. 

- Sim. 

- Vamos logo. - Disse Matheus. Passando em nossa frente.

- Cuidado Matheus! - Gritei.

 O primeiro foi Matheus a descer o alçapão e eu fui a segunda e Christian o terceiro.

 Passamos por um corredor escuro. Não pude conter meu medo e agarrei a mão de Christian com tanta força e ele apertou a minha também.

 Vimos uma luz e Matheus saio correndo em direção a ela, pude ouvir seus passos.

 Tinha uma escada e uma placa em florescente, dizendo: 

 36861075

 Fui chegando perto e Matheus Observava a placa.

- O que é isso? - Disse Matheus.

- Não sei. 

Christian pegou o celular do bolso e anotou o número.

- Vamos. - Christian disse.

  Ele pegou sua arma e foi subindo a escada abrindo a outra porta, eu subi atrás e Matheus atrás de mim. 

 Quando entrei vi que a sala dava na sala de games do papai. 

 Sim pode aposta ele tinha uma com bilhar, Xbox, mesa de sinuca e uma mesa de poker, também tinha um armário enorme com outros jogos.

- Pegue sua arma Luna. - Disse Christian. 

 Tinha colocado minha arma na minha cintura igual a de Matheus e eu a peguei.

- Matheus também. - Christian indicava com o dedo a arma de Matheus.

  Então partimos para a sala de jantar. 











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