Capítulo 16 - O Caminho

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Como sempre chovia dentro de mim, uma chuva intensa que me apontava todos os meus erros cada palavra mal dita cada discussão sem o mínimo cabimento cada segundo na presença dos meus pais meus pais que agora estão longe de mim a qual isso doía tanto e eu tinha cedido os momentos felizes, agora todos esses momentos se tornaram lembranças e eu estava completamente triste e além de tudo eu estava a onde eu não queria estar. Minha cabeça está um caos e eu fiz coisas a quais eu não deveria ter feito, se eu me arrependo? De certa forma sim, e de certa forma não, matar todos aqueles que me fizeram mal estavam comendo na minha mão. Matar agora é meu vicio fiz isso também pela minha mãe e meu irmão e pelo ser humano lindo e maravilhoso que eu havia encontrado. Mesmo que eu achasse que isso não fosse durar Christian era tão bom, inteligente e focado, ele é o tipo que minha alma escura e mal acabada detesta agora, eu só posso querer o bem dele e por isso preciso me manter afastada.

- Luna? - Era Christian me tirando do meu devaneio.

Ainda estávamos na frente do hospital e eu ainda não sabia o que fazer.

- O que foi?

- Podemos ir para um esconderijo. - Christian sorria para mim.

- Nada disso vam a casa de Alex.

- Quem é Alex? - Ele me olhava curiosamente.

- Não importa. - Falei abrindo a porta do passageiro da frente.

Logo Matheus, Christian e os velhos, se puseram para dentro.

- Para onde? - Otto me olhava.

- Para casa de Alex.

- Droga! Porquê?

- Vamos Otto dirija.

Otto deu partida e eu ja estava louca para saber da ligação entre os velhos e Lucas. A estrada era longa e não se passava de 10 horas da manhã. Observei a estrada e olhei para Otto e ele estava exausto.

- Matheus dirija agora.

Otto me olhou e eu indiquei com o dedo para que ele encostasse o carro. Tudo corria bem eles trocaram de lugar e Otto pode descansar um pouco, senti Christian me observando. Eu sabia que precisávamos de um carro maior, Alex concerteza nos emprestaria. Olhei para trás e os velhos cochichavão alguma coisa impossível de se ouvir.

- Vocês tem filhos? - Perguntei me virando para trás.

Eles se olharam e pareciam muito confusos com o que dizer.

- Bom sim e não. - Ellen respondeu.

Peguei minha arma e cocei a cabeça com a mesma.

- Sim temos um. - Phill disse sem sombras de duvidas.

- Nome? - Perguntei abaixando a arma.

Antes que eles pudessem responder, Christian me olhava então digiri minha atenção para ele.

- Sabia que é muito constrangedor você ficar me olhando assim?

- Como? - Ele arqueoou a sobrancelha.

- Assim. - Disse apontando a arma para o velho com os olhos semicerrados.

Christian aproximo a mão da minha arma a abaixando.

- Quem é Alex?

- Um amigo.

- Amigo nada. - Otto disse cruzando os braços.

- Cala boca Otto. - Matheus apertou o volante com força.

- Um amigo. - As lembranças me fizeram sorrir ao lembrar de Alex.

Christian me observou e me pareceu desapontado. Me virei para frente e observei a estrada longa a qual seguíamos.

- Não podemos continuar se nós não abastecemos. - Matheus apontava para o indicador do tanque.

- Paramos no próximo posto, isso é se existir.

Matheus acentiu e continuamos na imensa estrada não havia muitos carros e eu não sabia qual o motivo, mas o tempo se fechava devia ser meio dia agora.
Avistarmos um posto de gasolina e estacionados eu tinha apenas 200 reais comigo. Uma bela moça de boné bateu no vidro da janela do carro. Escondi arma na mochila e pedi para ela encher o tanque, e assim foi feito paguei 80 reais só por um tanque cheio de gasolina. Torcia a deus que chegássemos logo a casa de Alex. Olhava a estrada tendo leves lembranças de Alex, sim Alex foi meu amigo o melhor. Havia algum tempo que eu não o via desde o acidente... Enfim ele foi um grande amigo, e como um grande amigo ele me ajudaria.
Agora eu tinha pistas pode ser que Lucas fosse filho dos velhos, assim que chegámos a casa de Alex vamos interroga los e a Otto também.
Não sabemos ainda como ele foi pego. Ele nem se.arriscou a contar, e se fizeram alguma coisa coisa com os pais dele também. Não acho que não. Um vento forte e gelado invadiu meu corpo, não dei se arriscou, mas outra vez o frio me fez sair  da minha onda de pensamentos, a roupa de coro não era o suficiente e no carro não havia ar condicionado. O vento forte batia então fechamos todas as janelas, mas mesmo assim. Não sei mais só eu parecia estar tremendo eu estava tremendo de frio por dentro uma febre se instalou pelo meu corpo e eu não parava de tremer. Estava quase a ponto de desmaiar quando alguém deu uma picada enorme em meu pescoço  uma siringa, desmaiei.

***

Acordei no carro não consegui mover o pescoço.


- Calma eu estou aqui. - Eu reconheceria essa voz em qualquer lugar. - Não mova o pescoço.

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