- Luna? Você está acordada?
A voz era tão distante e ao mesmo tempo tão amável e divina, a tempos não ouvia aquela maravilhosa voz. Tentei mover o pescoço, mas a dor me consumia era eu e minha dor, e para piorar eu não sabia aonde eu estava, era como se fosse o fim.
- Você vai ficar bem, só espere o efeito passar.
- O que aconteceu? - Perguntei.
- Um velho louco te anestesiou.
- Alex?
- Sim?
- Como você nós achou?
- Ora Luna, Matheus te trouxe aqui.
Levantei os olhos e um breu se instalou em minha visão logo depois pude me encontrar deitada em um quarto. O mesmo tom de azul na parede as mesmas estrelas de brilho no teto a mesma pratilheira branca com livros e a nossa foto na formatura do oitavo ano, a cama era forrada com uma grande cocha amarela com uns respingos verdes.
Me deu uma imensa vontade de chorar, mas não o fiz pois sabia que isso demonstraria toda minha dor a Alex.
- Cade Christian?
- Seu amigo? - Alex se aproximou da cama e passou a mão nos cabelos castanhos claros, e seus olhos pretos feito jabuticaba me encaravam, seu sorriso me distraia. - Luna?
- Sim... é... meu amigo.
- Está lá embaixo, Otto e Matheus e os velhinhos também. Luna agora me diga que você está bem, e me diga porque todos se encontram em nervos assim.
- Uma loga história, Alex...
- Temos todo o tempo. - Alex se sentou na cama a onde eu me encontrava.
- Você acha que é fácil relembrar tudo? - Disse ríspida.
- Ora Luna, se você quer minha ajuda vai ter que me contar tin tin por tin tin.
- Bom eu perdi meu pai.
- Que? Como? - Ele não me pareceu surpreso, pude até ver um esboço de um sorriso em seus lábios.
- Bom eu não sei muito bem, só sei que minha mãe está sumida.
- Ah, nossa que chato querida.
Que chato?
- Isso não é chato. É trágico Alex.
- Desculpe. - Ele aproximou a mão da minha.
Ouvimos alguém bater na porta e sem esperar que alguém respondesse ''entre'' a pessoa abriu. Era Christian e ao se deparar com Alex sentado na mesma cama que eu, seu olhar mudou. O olhei bem e vi que ele observava Alex que também, o olhava sem dizer uma palavra, e assim o silêncio se estabeleceu no quarto.
Tentei me recordar as roupas de Christian, mas sem sucesso não consegui. Agora com uma bermuda azul e uma blusa preta Christian me olhava com um olhar doloroso e isso me fazia tremer.
- Tenho que falar com a Luna. - Disse Christian quebrando o silêncio.
- Seja rápido. - Alex se levantou dando um breve suspiro e saio pela porta barrando em Christian.
- Você tem ótimos amigos, mas não estou aqui para falar deles. Não acho que exista nenhum documento. - Tentei assimilar, mas não consegui.
- Como?
- Todos aqueles países, tudo baboseira. - Christian fechou adentrou o quarto fechando a porta.
- Como assim Christian?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Sede de Sangue
RandomDepois do meu pai morrer diante dos meus olhos morri a primeira vez. Não faço ideia de onde minha mãe está tenho que encontra la, e a muito tempo homens de preto vem me perseguindo. O que está acontecendo? Estou lutado para viver. Vou me manter vi...