Capítulo 18 - Respostas

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 - Luna? Você está acordada? 

  A voz era tão distante e ao mesmo tempo tão amável e divina, a tempos não ouvia aquela maravilhosa voz. Tentei mover o pescoço, mas a dor me consumia era eu e minha dor, e para piorar eu não sabia aonde eu estava, era como se fosse o fim. 

- Você vai ficar bem, só espere o efeito passar.

- O que aconteceu? - Perguntei.

- Um velho louco te anestesiou.

- Alex? 

- Sim?

- Como você nós achou?

- Ora Luna, Matheus te trouxe aqui.

  Levantei os olhos e um breu se instalou em minha visão logo depois pude me encontrar deitada em um quarto. O mesmo tom de azul na parede as mesmas estrelas de brilho no teto a mesma pratilheira branca com livros e a nossa foto na formatura do oitavo ano, a cama era forrada com uma grande cocha amarela com uns respingos verdes. 

 Me deu uma imensa vontade de chorar, mas não o fiz pois sabia que isso demonstraria toda minha dor a Alex. 

 - Cade Christian?

- Seu amigo? - Alex se aproximou da cama e passou a mão nos cabelos castanhos claros, e seus olhos pretos feito jabuticaba me encaravam, seu sorriso me distraia. - Luna? 

- Sim... é... meu amigo.

- Está lá embaixo, Otto e Matheus e os velhinhos também. Luna agora me diga  que você está bem, e me diga porque todos se encontram em nervos assim.

- Uma loga história, Alex...

- Temos todo o tempo. - Alex se sentou na cama a onde eu me encontrava. 

- Você acha que é fácil relembrar tudo? - Disse ríspida. 

- Ora Luna, se você quer minha ajuda vai ter que me contar tin tin por tin tin.

-  Bom eu perdi meu pai.

- Que? Como? - Ele não me pareceu surpreso, pude até ver um esboço de um sorriso em seus lábios.

- Bom eu não sei muito bem, só sei que minha mãe está sumida.

- Ah, nossa que chato querida.

  Que chato?

- Isso não é chato. É trágico Alex.

- Desculpe. - Ele aproximou a mão da minha.

 Ouvimos alguém bater na porta e sem esperar que alguém respondesse ''entre'' a pessoa abriu. Era Christian e ao se deparar com Alex sentado na mesma cama que eu, seu olhar mudou.  O olhei bem e vi que ele observava Alex que também, o olhava sem dizer uma palavra, e assim o silêncio se estabeleceu no quarto.  

 Tentei me recordar as roupas de Christian, mas sem sucesso não consegui. Agora com uma bermuda azul e uma blusa preta Christian me olhava com um olhar doloroso e isso me fazia tremer. 

- Tenho que falar com a Luna. - Disse Christian quebrando o silêncio.

- Seja rápido. - Alex se levantou dando um breve suspiro e saio pela porta barrando em Christian.

- Você tem ótimos amigos, mas não estou aqui para falar deles. Não acho que exista nenhum documento. - Tentei assimilar, mas não consegui. 

- Como? 

- Todos aqueles países, tudo baboseira. - Christian fechou adentrou o quarto fechando a porta.

- Como assim Christian? 

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