Capítulo 11 - Tentando Escapar

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  Christian para de me beijar passando seus dedos de leve no meu rosto. Ouço ele se dirigir até a porta, a porta era de ferro e muito grande, e agora destrancada.

- Precisamos sair desse lugar. - Christian abria a porta e colocava a sua cabeça para fora.

 Otto estava atrás de Christian. Ouvi barulhos de ferragens antes que eu pudesse ver o que era, alguém segurou em meu pulso, era Otto.

 - Obrigada. - Senti gratidão em sua voz.

- Pelo o que? - Afastei meu pulso de sua mão.

- Por me salvar.

- Não foi por você, foi por minha mãe.  - Pude ver o desapontamento em seu rosto, mas não era um momento certo para gratidão, até porque Otto e eu tivemos um fim trágico. 

***

 Era uma tarde fria e chuvosa e Otto estava na casa de Anna me esperando para fazer  um trabalho. Eu não concordei, nunca gostei de Anna, mas era final de bimestre precisávamos de notas, principalmente Otto. Otto era do tipo atleta seu belo corpo e sua beleza não dariam as notas a quais precisávamos.

 Eu me arrumei rapidamente para ir a casa de Anna já estava bem atrasada. Coloquei meu casaco cinza e minha calça jeans, pendi meu cabelo, peguei minha bolsa com meu celular e desci as escadas.

 - Mamãe já vou. - Desci as escadas e passei pela sala de jantar onde minha mãe se encontrava.

- Não demore querida. - Minha mãe usava um óculos e o abaixou semicerrando os olhos para mim.

- Sim, sim Carla. Até logo. - Mandei um beijo em sua direção.

 Matheus me esperava lá fora.

- Vai me levar? - Revirei os olhos.

- Sim maninha, minha carta já saio se lembra? 

  Matheus tinha tirado sua carta, mas era um péssimo motorista.

- Claro como poderia esquecer, você me lembra a todo momento Matheus.

- Vamos?

- Sim Mat.

 Entramos no carro e Matheus colocou a música  que mais me animava  (AC/DC TNT). Ficamos batendo cabeça até chegar no enorme prédio de onde Anna morava. Respirei fundo e me despedi de Matheus e fui até a portaria. O porteiro já me conhecia de outras vezes que havia ido lá, e assim me deixou subir.

 Anna morava no décimo quinto andar. Chegando no décimo andar, andei até o apertamento 320 bati na porta, mas ninguém me atendeu então eu a abri e dei de cara com Otto por cima de Anna, fiquei zonza e bati a porta entrando para dentro. Otto deu um pulo  e se virou para mim, Anna soltou um ''essa não'' baixinho e eu os olhava.

- Não é o que você está pensando. - Otto colocava a cueca que estava jogada no chão.

  Anna se levantou deixando o seu vestido florido cair sobre suas pernas.

- Ora, é o que ela está pensando sim. Desculpe Luna, mas não conseguimos evitar. 

 Esse é o motivo de eu odiar essa piranha de quinta.

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