Capítulo 15 - Reencontros

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 Christian estava desmaiado ainda quando chegamos na frente do hotel. Senti uma dor no peito tão forte e apertada como se meu peito fosse explodir naquele momento. Meus pensamentos se dirigiam a Matheus e meu coração doía por Christian. 

Fique bem querido.

 Olhei para trás e Phill não estava mais com o pé sangrando, mas quando ele se mexia ele soltava pequenos gemidos. Olhei para Otto e ele dirigia com os olhos arregados eu podia ver o medo neles. 

 Paramos na frente do motel e eu saltei do carro com a arma mão.     
Já estava escuro e as luzes motel apagadas. Tinha alguma coisa de estranha ali. 

 Andei até a porta e vi alguém e logo apontei a arma. 

- Saia de mãos para cima.

- Luna? - Pude reconhecer a voz era de Matheus.

- Matheus, meu deus.

 Matheus se aproximou para luz. Sua roupa estava rasgada e ele sangrava pelo nariz e pela boca e tinha um corte na barriga junto com sua blusa rasgada. Ele se aproximou e eu o abracei, o abracei mesmo como nunca tinha abraçado a niPhill. Meu querido irmão de sangue. Ele me afastou e segurou meu rosto e me abraçou novamente.

- Parece uma mulher agora. - Senti seu sorriso em meu pescoço.

- Passei por tanta coisa. - Não controlei meu choro

- Passamos.

 Otto saio do carro e grito:

- Vamos logo.

 Matheus se virou e me jogou para o lado mirando em Otto antes que eu pudesse impedir Matheus apertou o gatilho e eu tampei os ouvidos, mas não houvniPhill, eu automaticamente voei no braço de Matheus que me jogou no chão dessa vez e foi para porta do motorista e Otto logo se pôs para dentro, mesmo assim Matheus tirou Otto do carro e o jogou no chão e deu uma coronhada em sua cabeça eu imediatamente levantei e corri e agarrei o braço a qual Matheus ameaçava dar um murro na cara de Otto.

- Não Matheus,  precisamos dele. - Falei baixinho.

- Matheus pare. - Christian botava a cabeça para fora da janela, sua voz sempre autoritária. 
Graças a Deus

  Matheus abaixou a mão e soltou a blusa de Otto saindo de cima dele. 

- Entrem. - Era Christian novamente.

  Entramos no carro e logo Matheus nos contou que caras maus de preto invadiram o Motel e matarão Gabi brutalmente arrancando seu coração colocando o em uma caixa. Falou também que ele foi amarrado, mas antes que pudessem abrir seu estômago ele se soltou e se escondeu em um armário e esperou que eles fossem embora.

 Matheus parecia aterrorizado, mas também muito bravo até demais. Toda hora olhava Otto dirigindo.

- Querida temos que ir ao Hospital. - Ellen com sua voz doce.

- Ninguém perguntou.

- Responda minha mulher direito sua insolente. - Phill se intrometia.

- Quer levar outro tiro? - Falei sorrindo.

 Todos se calaram, até que Matheus e Christian iniciaram uma conversa da qual eu não queria participar. Pensei em qual ligação Lucas teria com Phill e Ellen,  seriam pais? Amigos? Avôs?  Ou cúmplices? São tantas as opções. Me perdi em pensamentos tão longínquos que acabei adormecendo.

 ***

-Querida acorde.

 Acordei dando um bocejo e revirando os olhos para meu pai que balançava minha perna. 

- Alex já está te chamando pra você ir.

- Não faz sentindo ainda é meio dia.

- Você tem que ir anda.

 Me levantei e coloquei meu jeans e uma blusa branca. Logo desci e Alex meu melhor amigo do colegial me esperava lá em baixo com um sorriso de orelha a orelha.

- Bom dia. 

- Qual é, a festa da Dani é só anoite.

 Daniela era a menina mais vaca da escola, mas havia me convidado para uma festa e como prometi ao Alex eu iria.

- Vamos comprar seu vestido.

 Foi a última coisa que ouvi até Alex me obrigar a provar mil e um vestidos. No final escolhemos um rosa lindo e voltamos para minha casa para eu me arrumar. 

 - Eu te pego as oito.

 Acenei e ele saio fui correndo para o quarto e assim que estava pronta minha mãe apareceu na porta.

- Você está linda.

 Tentei abraça la e não consegui logo tudo se tornou preto e eu estava sozinha junto de meu pai e a sua poça de sangue eu chorava muito, e a arma na mão. Eu tinha matado meu pai, eu o matei.

***

- Chegamos Luna. - Otto me balançava e Matheus tirava a mão dele de mim.

 Olhei para a janela e estávamos parados a frente de um hospital.

- Olhem aqui uma gracinha de vocês dois eu mato todo mundo entenderam? - Disse, apontando a arma para os velhos. 

 Eles acentiram e Matheus saio do carro primeiro, sai em seguida contando tudo que ele precisava saber. Saímos com os velhos e com Christian.Otto preferiu ficar no carro.
Achei que Otto queria vir conosco, mas ele insistiu para ficar de vigia.

 O médico pediu informações sobre os ferimentos e eu com minha cara pal disse que foi um assalto. Fizeram os curativos necessários,  mas a conta do hospital era muito cara.

Sai do hospital sem saber o que fazer e vi um banco 24 horas. Tentei acessar, mas sem o cartão era inútil.  Uma mulher encostou no caixa do lado e eu cheguei por trás com a arma em sua costas.

- Eu quero o cartão moça.

 Imediatamente ela me deu e eu mandei ela sair discretamente e ela o fez.

 Saquei 800 reais tudo que tinha no caixa.

 Logo voltei para o hospital e paguei a conta de 600 reais.

 Voltamos para o carro e estava amanhecendo e nós estavamos sem rumo.









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