Capítulo 24

1.8K 156 40
                                    

                  

Música sugerida para leitura: Adele – Hello

Acordei em uma sala escura e uma sonda presa na veia. Levei alguns segundos para avistar Felipe deitado no sofá ao lado da cama. Estava visivelmente cansado.

– Bom dia, bela adormecida – disse ainda com os olhos fechados.

– Fiquei quanto tempo apagada?

– Cinco dias. O vírus estava controlado mas precisei te manter inconsciente até ter certeza.

– Então eu fui infectada mesmo com Fernando curado?

– Sim e não. O vírus era diferente do que se manifestou no Fernando, você provavelmente não viraria um zumbi mas morreria devido a infecção da mordida. O importante é que você está bem.

– Muito obrigada, Felipe. De verdade, você é foda.

– Só faço o meu trabalho. E isso inclui dar péssimas notícias – ele disse fazendo uma pausa que fez meu coração diminuir de ritmo.

– O que foi agora?

– Fernando e Caio começaram uma discussão depois do que aconteceu. Na verdade eles entraram numa porradaria sem sentindo enquanto eu tentava salvar a sua vida. Como aparentemente eu era o único ser inteligente nas redondezas eles trocaram socos até os dois estarem sangrando. Em seguida Fernando foi embora.

– Oi? Pra onde?

– Eu não sei. Imagino que tenha voltado para o mercado do pai. Caio acusou o cara de ser um monstro e disse que ele era uma ameaça pra você. Fernando ganhou a briga mas Caio fodeu com o psicológico dele.

– Eu vou matar o Caio.

Imediatamente levantei, tirei a agulha da minha veia e segui em busca do filho da puta do meu melhor amigo. Encontrei Caio fazendo um lanche na cozinha e levei menos de cinco segundos pra pegar a arma dele que estava em cima da bancada e mirar na parte de trás da cabeça dele.

– Lara! – ele disse surpreso.

– Você viu como eu posso ser perigosa? Viu como eu posso ser mais rápida que você? Viu o quanto eu poderia te matar agora mesmo?

– Lara, solte essa merda!

– Você não é a porra do meu pai! Ele está na puta que pariu então não preciso de um idiota bancando o meu defensor. Estou sendo clara, porra?

– Lara, se acalme, por favor.

– Caio, é a última vez que eu vou te dar esse recado. Eu sei me cuidar então pare de bancar o babaca. Vou sair dessa casa, vou atrás do Fernando e você vai aproveitar esse tempo pra refletir sobre tudo isso. Se você vier atrás de mim eu não respondo pelos meus atos.

Assim que cheguei na porta da mansão Felipe me entregou um mochila com algumas barras de cereais, água e munição. Tinha um sorriso estampado no rosto.

– Tá rindo de que?

– Eu sabia que Fernando acabaria ficando com uma mulher durona mas confesso que estou um pouco surpreso. O carro está pronto pra você. Vou esperar vocês dois aqui.

– Obrigada.

-----

Quando cheguei na porta do mercado dei algumas batidas e foi inevitável não lembrar do meu primeiro encontro com Fernando. Resolvi apelar para o emocional.

– Olha, dessa vez não tem nenhum zumbi aqui querendo me devorar mas eu realmente gostaria de entrar. Da última vez que você me recebeu nessa porta eu lembro que terminamos muito bem.

Conforme o esperado a porta se abriu mas assim que entrei Fernando deu quinze passos até ficar absurdamente longe de mim.

– Oi Lara.

– Oi. Nós vamos voltar para casa.

– Não. Eu vou ficar bem aqui. Sou uma ameaça pra vocês.

– Fernando, não é... – tentei me aproximar mas a cada passo Fernando dava outro para trás.

– Não quero discutir, Lara. Eu vou ficar aqui.

– Ok.

Então resolvi jogar da forma que eu sabia. Peguei minha arma e coloquei no chão. Em seguida tirei minha camiseta branca e o sutiã. Lentamente sai de dentro da calça jeans e encarei Fernando usando só minha calcinha preta. Fernando continuava há 15 passos de distância mas seus olhos negros percorriam cada centímetro do meu corpo. Eu comecei a caminhar lentamente na direção dele e, como era o esperado, ele ficou parado.

Lentamente me aproximei dele e vi seu corpo estremecer. Apostaria dinheiro no fato dele precisar reunir seu autocontrole para não me agarrar pela cintura e me foder apoiada na parede. Aproveitei seu momento de "eu sou muito frio" para me ajoelhar diante dele e desabotoar sua calça. Assim que dei a primeira lambida no pau ele jogou a cabeça para trás e gemeu.  Comecei a engolir lentamente enquanto Fernando gentilmente segurava meu cabelo.

– Lara, por favor, eu posso te machucar.

Ignorei a reclamação e continuei sugando-o e lambendo cada pedaço do seu pau. Percebi que ele estava se controlando para não gozar e assistir seus músculos contraídos e seu rosto tenso era uma das coisas mais sexys que eu já tinha visto na vida.

– Você vai me comer ou vai ficar fazendo charme? – perguntei num sussurro.

Sexo, armas e zumbisOnde histórias criam vida. Descubra agora