Caissy Lee Blak
Dias atuaisEntrei correndo no cemitério e caí diante a lápide dela. Acabei-me em chorar, tudo estava tão ruim desde que ela se fora. Meu pai se tornara um completo idiota por uma mulher gananciosa, minhas irmãs perderam qualquer vestígio de bondade que poderia haver e eu estava me apaixonando pelo meu melhor amigo, porém o sentimento não era recíproco, o que me matava aos poucos.
— Você faz falta, mãe — enxuguei as lágrimas e me levantei rapidamente, fazendo tudo girar.
Comecei a andar em direção à saída. Lembrei-me que teria que comparecer a uma festa, a festa de Christian Digori, o cara mais ridículo da cidade. E como se enturmar faz parte da coisa que meu pai chama de "superação" eu estava sendo obrigada a ir. Perdida nesses pensamentos, sem prestar atenção ao redor, esbarrei em um homem.
— Me perdoe, eu estava distraída — o ajudei a pegar algumas sacolas que caíram no chão.
— Tudo bem, minha jovem — ele sorriu e saiu andando. — Espero que consiga superar tudo isso que está passando.
Eu nunca havia visto aquele homem na cidade. E sendo uma cidade pequena todos conhecem a todos, era estranho haver forasteiros entre nós e ainda mais estranho ele saber sobre algo. Tive de me apressar, já havia perdido muito tempo, ainda teria de pegar meu vestido e passar na casa de Jen.
Passei quase que correndo em frente à loja da Helen, a pessoa mais incrível que eu já conheci.
— Bom dia, Helen! — sorri sem fôlego.
— Bom dia, minha menina — ela ajeitou seu cabelo. — Ficou sabendo quem voltou? — neguei. — Zac — parei de imediato, todos meus pensamentos foram para o além.
Ele estava de volta. A pessoa que eu pensava que amava voltou para cidade. Eu não acreditava que isso havia acontecido. Vi Helen gargalhando, não disse mais uma palavra e continuei andando, sem me preocupar mais com as horas. Parecia que tudo estava diferente com a simples notícia que ele estava lá.
Ao chegar à loja de roupas, me deparei com o próprio Christian Digori. Uma mulher arrumava seu smoking, enquanto ele tentava arrumar seu cabelo loiro, que eu minha opinião já estava impecável.
— Oi.
— Olá Chris — tentei não ser grossa, possuía certa aversão a ele.
— Hum, você vai à festa hoje? — ele tirou o smoking, a mulher fez uma expressão desgostosa.
— Creio que sim, por quê? — continuei andando até o balcão e ele veio atrás.
— Suas irmãs irão?
Ele havia acabado de fazer a pergunta mais estúpida do mundo: se minhas irmãs iriam a uma festa dada por ele. Era óbvio que sim!
— Você está de brincadeira? — revirei os olhos. — Não há motivos para elas não irem.
— Verdade. Elas me ajudam tanto...
— Defina ajudar — paguei pelo meu vestido vermelho que estava reservado no balcão.
— Elas fazem tudo que eu preciso, sempre estão lá.
— São quase submissas a você? — revirei os olhos caminhando para a saída.
— Exato. E é assim que deve ser não é? — ri de escárnio.
— Não é bem assim... — ele arqueou as sobrancelhas. — Você é um homem primitivo, Christian.
— Primitivo? — ele indagou, incrédulo pelo fato de eu ter o chamado assim. Apenas sorri e sai da loja.
[...]
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Fera (EM REVISÃO)
Fantasy"Ela era a rosa mais bonita do jardim, por mais que lhe faltasse algumas pétalas por conta de seu passado árduo, mas continuava sendo a mais bonita e, obviamente, a mais doce e delicada. Eu lutaria até o fim para te-la ao meu lado e faze-la feliz. N...