VI - Revelações

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Fui atrás de meu pai atordoada, encontrei-o no segundo andar junto de Madame Moore

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Fui atrás de meu pai atordoada, encontrei-o no segundo andar junto de Madame Moore. Ross havia me acompanhado.

— Qual o problema? Por que não posso ir? — Ross abriu a boca em surpresa, meu pai revirou os olhos.

Meu pai explicou que era para ser um presente em conjunto, assim ele teria de pagar parte disso. Mas o mesmo havia perdido grande parte do dinheiro em Vegas, sendo assim teria de cancelar duas passagens. Eu e Ross trocamos olhares preocupados, comecei a segui-lo.

— Quero que passe esta noite em casa. — Meu pai disse totalmente ríspido.

— Eu havia prometido a tia...

— NÃO IRÁ SAIR! — Ele berrou, nos assustando. Madame Moore lançou-me olhares de diversão.

Nós dois descemos as escadas atordoados, na sala de estar ele me implorou para não tomar calmantes, fizemos o famoso juramento de mindinho. No hall o ajudei a colocar seu casaco e botas, isso nos rendeu boas risadas.

— Gostaria que você viesse. Sinto-me mal em deixa-la sozinha. — Estava totalmente tristonha, igual Ross.

— Contudo eu não posso querido. — Abri a porta, abraçando ele. — Avise a tia, provavelmente alguém terá de ficar.

— Fique bem. — Nos beijamos e ele saiu, era claro o como ele estava descontente em me deixar sozinha com a minha própria família, mas ele não poderia se privar a ficar feliz para me proteger.

Fiquei uns minutos olhando a rua, a neve não estava tão alta quanto antes. Quando ele sumiu de vista virei-me para fechar a porta, uma voz grave sussurrou "Caissy", instantaneamente olhei para trás, procurando quem disse isso. Não havia ninguém além de mim na rua.

Tranquei a porta e encostei-me sobre a mesma, assustada. O que estaria acontecendo?

[...]

Durante a madrugada acordei com vozes no corredor, me revirei na cama tentando abafar as vozes. Inutilmente. Olhei para o teto e tentei ouvir a conversa.

Ela acabou de completar dezenove anos, não está na idade... — Era meu pai, sua voz estava trêmula.

Você se engana, é a idade perfeita. — A minha madrasta riu. — Eu já tenho um ótimo pretendente. Ele é de uma dinastia muito rica. — Revirei os olhos, provavelmente estavam falando de mim. — E tem o Greg Cullen. — Estremeci. Todos menos ele, pedi a qualquer divindade. — Senhor Castellan...

Um velho?! — Meu pai esbravejou.

Não, não. Seu sobrinho, Daniel Natucci.

Fui pegar meu celular para pesquisar sobre Daniel e acabei derrubando o mesmo, em segundos as vozes cessaram e ouvi passos em direção a minha porta. Enrolei-me no edredom e fechei os olhos com violência, lágrimas escorriam pelo meu rosto. Tentaram abrir a porta, falharam, pois estava trancada. Senti um alívio, contudo ouvi mais múrmuros que não consegui decifrar.

Fera (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora