XII - O Sobrenatural

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Caissy Natucci


No dia após Alfred me perguntar sobre isso, a casa amanheceu com um clima mais leve e alegre. Meu coração pulsava suavemente, nada o afligia.

Fiquei na sacada durante toda a manhã, senti a neve como parte de minha alma. Era reconfortante saber que minhas irmãs estavam felizes, Ross estava seguindo sua vida, sem mim, mas estava realizando seus sonhos e talvez meu pai esteja feliz também. As coisas na casa de Natucci não eram ruins, tinha boas roupas, comidas agradáveis e uma casa extremamente perfeita. Daniel parecia um bom homem.

Naquela manhã, antes do almoço, Alfred fora em meu quarto, disse em umas palavras sobre Daniel e entregou-me uma carta junto de uma caixinha de veludo preto. Meu coração deu uma leve parada, ele havia me dado em presente. Peguei a carta e abri, a caligrafia era elegante e parecia algo do passado, fora escrito a pena e tinta.

Querida Caissy,

Estou ansioso para conhecê-la e logo isso acontecerá. Espero que aceite tudo que Alfred tem a dizer com muita calma e compreensão.
Posso dizer de antemão que não sou nenhum príncipe encantado, não há beleza em meu físico, infelizmente. Pode ser assustador.
Contudo tentarei de toda forma existente e inexistente para te fazer feliz.

Com toda atenção, Daniel.

Fiquei curiosa com a menção sobre beleza física, isso não era necessário. Mas por que ele comentou? E o que Alfred iria me falar?

Abri a caixinha de veludo, havia uma colar de prata. Um belo colar. O pingente era um pequeno lobo e em seus olhos havia um diamante. Era simplesmente perfeito. Coloquei-o imediatamente.

Desci saltitando os degraus, estava animada para tudo que iria acontecer. Eu pressentia que algo grande estava por vir, de certa forma, parecia algo bom.

Estava usando pantufas com formato de coelho, isto estava em meu closet, mas eu sabia que eu nunca havia comprado algo assim. No almoço, Bella contou-me que durante o tempo que eu fiquei apagada, ela comprou roupas e acessórios novos, mas, se eu quisesse, poderíamos sair algum dia e comprar mais coisas. Isso havia sido animador, estava ansiosa para sair da casa. Bella elogiou o colar, corei.

Alfred entrou na sala de jantar com seu roupão vinho e um jornal, como de costume. Ele sentou-se calmamente e abriu seu jornal, o mesmo lia rapidamente. Eu o encarava curiosa, precisava de respostas.

Alfreeeeeed. — Chamei-o manhosa. — Na carta, Daniel dizia que era para eu aceitar o que você dissesse. Porém você não disse nada. — Ele suspirou e eu sorri, esperando respostas.

— Mais tarde, após a aula de literatura. — Ele nem mesmo abaixou o jornal. Eu encarei Bella indignada, ela deu de ombros.

[...]

Fera (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora