XVI - Covardia

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Fiquei em silencio, estava um pouco devastada

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Fiquei em silencio, estava um pouco devastada.

— Pensei que ficaria feliz. — Daniel observou. — Você pode escolher o que fazer agora, ir onde quiser e com quem quiser, sem nos ter na sua cola. — Respirei aliviada, o abracei tão forte que fiquei com os braços doloridos. Não era aquela ligação e sim a que minha madrasta havia feito. — Oh. Você pensou que tinha sido o que?

— Ah, nada. — Menti.

É claro que não fazia sentido ter uma ligação amorosa entre nós, mal nos conhecíamos. Ficamos em silencio, refletindo ou, no caso de Dan, cochilando. Pensava que, já que havia retirado os feitiços de ligação de minha madrasta provavelmente poderíamos nos separar e cada um seguir um rumo diferente. Adormeci com esse pensamento, obviamente tendo um pesadelo no qual Daniel arranca meu coração com suas garras. Levantei-me com um pulo, o mesmo pareceu estar assustado. Ele me fitava apreensivo.

As janelas estavam abertas por algum motivo que desconhecíamos, havia neve espalhada pelo quarto, ficava bonito de certa forma. O frio tinha me abraçado de uma maneira inexplicável juntamente do terror, o segurança loiro adentrou no quarto de prontidão com uma pistola em mãos.

— Por Deus. O que está acontecendo? — Daniel sentou-se na cama.

— Tentaram invadir a mansão, Senhor. Estamos em alerta. — Declarou o segurança. — Quer que eu chame alguma governanta? — Ele questionou ao ver a neve.

— Não há necessidade. — Sorri indo fechar as janelas, mas o mesmo entrou no caminho.

— Creio que não seja seguro para a Senhora fazer isto. — E assim fechou todas as janelas as trancando.

Eu peguei algumas toalhas para o chão. Passamos cerca de cinco minutos limpando o ambiente, fora divertido de certa forma. Descobri que o guarda se chamava Stan e tinha cento e vinte anos, Daniel o julgou novo, eu já estava de boca aberta. Essas pessoas do mundo sobrenatural eram estranhamente velhas e conservadas.

Tomei um longo banho, vestindo-me com roupas confortáveis para dormir, pelo visto Daniel havia feito o mesmo. Stan teve de ir ao seu quarto, mas de acordo com o mesmo passaria a noite no mesmo quarto que nós, "culpa do protocolo" afirmava ele. Ao sair do closet encontrei Dan espiando pela a janela a parte de fora da mansão, sua expressão era extremamente séria.

Daaaaan — Abracei seu braço, o puxando para cama.

— Tem algo acontecendo. Algo perigoso. — Crispei os lábios, sentia isso também.

— Se não o chamaram é porque você não deve se preocupar. Seus soldados dão conta, sério. — Tentei tranquiliza-lo e pareceu funcionar, pois ele se deitou. — Deixaram biscoitos e leite...

Saltitei até a mesa de centro que havia entre as poltronas, peguei a bandeja e levei até a cama, Daniel apenas observava. Sentei ao seu lado e comecei a comer, não havia reparado no tamanho de minha fome. Ele comia alguns biscoitos que eu lhe dava, mas aparentava estar sem apetite.

Fera (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora