XIII - Daniel

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— Contudo, iremos falar mais sobre

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— Contudo, iremos falar mais sobre... Tudo. — Seu tom de voz ficou um pouco obscuro. — Ele nasceu em Firenze, na Itália, há oitenta e cinco anos, em agosto completa oitenta e seis.

Ele calou-se por um momento. Meu esposo era um velho gagá, devia ter a aparência do meu bisavô. Que horror. Eu sabia que tudo estava bom demais, chique demais. Havia um algum porém, sempre tem. Fiquei sem reação.

— Seu dote em magia é simplesmente incrível e com essa idade já dominou os dons do sangue angelical. — Sorri, pensava que um dia eu poderia ficar versada em magia. — Entretanto, quando era mais novo, foi amaldiçoado. — Arqueei as sobrancelhas, curiosa. — Isso acabou com parte sua vida, mas ele continuou investindo em suas empresas, obviamente guarda uma grande fortuna.

— Certo. — Não estava interessada no dinheiro dele ou como ele ganhava. Queria saber sobre ele. — O que fizeram com ele?

— Você irá ver. — Bufei.

— Ele parece um vovô? — Choraminguei.

— Você irá ver. — Revirei os olhos, insatisfeita. — Agora pode ir.

Sai resmungando da sala de jantar, ao entrar na sala de estar me deparei com Bella rindo e olhando para seu tablet, fora uma cena extremamente fofa, me causou um sorrisinho. Continuei meu caminho até a escada, no meio dela tropecei em Blackjack. Felizmente não cai, mas torci meu pé, tive de mancar até meu quarto.

[...]

— Por que está mancando, Senhora Natucci? — Ao entrar na sala de jantar Bella me perguntou, suspirei. Contei-lhes meu desastre, todos riram.

— Tem que tomar mais cuidado. — Uma voz grave ecoou por toda sala de jantar, as expressões de Alfred e Bella foram de euforia e ao mesmo tempo cautela.

Era Daniel.

Olhei imediatamente para trás, pensando em ver um velho ou coisa do tipo. Enganei-me. Havia uma coisa, algo enorme. Havia tantos pelos que me confundia, contudo ele ainda usava vestes e formais. Muito formais. Os dentes eram mais afiados que os do Drácula e grande, muito grande. Foi desesperador por uns instantes.

Fiquei sentada na cadeira olhando para o meu prato, tentando assimilar tudo. Ele não era um velho gagá, era uma fera, assim como o homem disse há semanas atrás.

— Caissy? — Respirei fundo e o olhei, ele parecia preocupado. — Está tudo bem?

— Pelo menos não é um velho gagá. — Dei um sorriso amarelo, tentando cortar o clima esquisito.

— Disse que ela não iria surtar. — Bella sorriu, se levantando e dando tapinhas em Alfred, que olhou desentendido e logo se levantou.

Daniel sentou-se a minha frente, nos encaramos por um tempo. Meu coração deu uns trancos, era uma conexão estranha.

Fera (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora