Saudade

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Depois que julgarmos o Felipe com todos os nomes possíveis, olhei no fundo dos olhos do Pedro, olhei pra sua boca, mordi meu lábio e dei um sorriso bobo.

-Pedro, canta pra mim?

Ele foi buscar o violão e tocou a música: "O que é que tem?" do Jorge e Mateus. E quando ele disse a última frase da música (eu quero ser lembrado com você, isso não é problema de ninguém), peguei o vilão, coloquei do lado dele e dei um beijo. Um beijo calmo, porém enérgico.

-Príncipe, nesse tempo longe de você, senti sua falta, mas não sabia o que fazia pra evitar isso. Afinal, eu tava namorando o Felipe, eu amava ele, mas é....

-Prima, para um pouco de pensar nele. Esquece. Ele não merece seu sofrimento.

Depois disso, o celular tocou, vimos que era o Felipe. O Pedro pediu pra atender e colocou no viva-voz:

-Alô.

-Oi. Pedro?

-É.

-A Lavínia tá com você, aí?

-É, eu tô cuidando dela.

-Posso falar com ela?

-Claro que não. Se liga, você errou e ela não te quer mais.

-Porra Pedro, dá uma moral.

-Vei, desiste, você perdeu.

-Então fala com ela que eu ainda a amo demais e que tô muito arrependido.

-Tchau Felipe.

Eu rachei de rir dessa conversa.

-Bateu até um dó, cê num acha Lav?

Ele disse irônico e eu fiquei olhando aquele sorriso mais que perfeito. Ele ficou envergonhado e eu desviei o olhar.

-Príncipe, eu vou tomar um banho e já volto.

-Só não demora.

Pedro:

Assim que ela saiu do banheiro, meu celular tocou e eu atendi mesmo o número sendo não salvo:

-Alô.

-Pedrinho?

-Sim, mas quem é?

-Já esqueceu de mim, gato? Sou a skatista da pracinha.

-Ah, oi. Desculpa não ter te reconhecido pela voz.

-Tranquilo. Mas eu queria te chamar pra dar um perdido pelas ruas.

-Desculpa, mas não vai dar, Clara.

-Ah, que pena.

-Na realidade, não vai dar nem hoje, nem amanhã e nem nunca, beleza? Não querendo ser grosso, mas é só a real.

Ela deu um suspiro como se estivesse segurando o choro.

-Tá.

Ela desligou e a Lavínia entrou no quarto dizendo:

-Mais uma das suas putas?

-É.

-Você é muito cara de pau primo. Jesus!

-Eu sei. Mas então, já anoiteceu, cê quer que eu durma com você?

-Cê ainda pergunta?!

Lavínia:

Ele fez uma cara safada pra mim e foi tomar banho. Voltou e deitamos na cama de cima. Ele ficou em cima de mim, controlando o peso do seu corpo sobre o meu, observando cada detalhe do meu rosto. Eu corei e ele riu disso.

Ele me deu um selinho e deitou do meu lado. Eu desci pra apagar a luz, fechei a janela, peguei meu travesseiro e fiquei sentada por um tempo.

-Tá fazendo o que sua louca.

-Tô agradecendo por tudo de bom que Deus tem feito pra mim e pedindo bênçãos.

-Atá. Pede aí também pra você virar minha namorada.

Coloquei o dedo nos lábios dele para que se calasse e ele mordeu.

-Ai Pedro. Solta, solta, solta. Tá doendo.

Ele soltou e de uma hora pra outra começou a tirar sua roupa.

-É verdade mesmo aquilo que cê me disse, que você só consegue dormir só de cueca?

-É ué, porque eu mentiria a respeito disso?

-Sei lá, cê é meio doido. Não sabia se era só safadeza.

-Lav, cê é virgem?

-Que indelicado. Isso não se pergunta, Pedro.

-Sério, me responde.

-Sou, Pedro. Por que, algum problema com isso?

-Não, até acho isso ótimo. E como que você imagina a sua primeira vez?

-Eu imagino que o cara esteja com camisinha.

-Retardada. É lógico né, a não ser que você queira ficar grávida.

-Querer eu quero né, mas quando tudo já estiver no jeito.

-É.

-Você quer ter família?

-Lógico. Quero ter um filho chamado Bernardo. E você, quer ter uns cinco?

-Credo! Você fala cada coisa...

-Esquece então, baixinha.

Eu deitei no seu peito e fiquei, de novo, ouvindo as batidas do seu coração.

-Seu coração é bem agitado né?

-Só fica assim quando cê tá perto.

-Awn, príncipe.

Dei um beijo no seu peito e depois perguntei:

-E se o Felipe vier aqui em casa?

-Eu expulso ele.

-Você acha que eu devo perdoar ele?

-Eu acho que você deveria parar de falar besteira.

-Me faça parar então.

Ele me beijou durante bastante tempo, foi um beijo calmo e por isso foi longo. Ele começou a tirar minha blusa de pijama e eu não o impedi.

Dei uma mordida na sua orelha e sussurei:

-Você me descontrola.

Ele me deitou e tirou meu short, sem pressa. Eu beijei cada parte do seu tanquinho super definido.

-Baixinha, não quero fazer isso com você.

Ensino Médio [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora