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Fiz o que ele pediu e não fui atrás.

Felipe:

Saí da escola arrasado e fui andando sem rumo. Quando fui atravessar a rua, nem olhei se o sinal (ou farol ou semáforo) estava aberto para os pedestres e fui. Ouvi uma buzina escandalosa e contínua se aproximando cada vez mais, nem dei importância, só sei que ouvi gritos, senti um puxão e um vento forte, que um carro provocou após passar bem rente ao meu corpo.

-Cê é louco? Presta mais atenção.

Quando me virei, me deparei com uma garota linda (cabelo loiro longo, olhos castanhos mel, pele branquinha).

-Ah, eu estava distraído e não vi o carro se aproximando. Muito obrigado por ter me livrado de um atropelamento.

-Que é isso, não foi nada.

-Desculpa a pergunta, mas qual é o seu nome?

-Daniela.

-Me passa seu whats?

-Rápido você, né?!

Apenas sorri e ela me passou seu número e eu a agradeci novamente. Ela era absurdamente linda, mas eu não quero e não posso me apaixonar mais uma vez.

Lavínia:

Não consegui tirar o Felipe dos meus pensamentos um minuto sequer após minha "conversa" com ele na escola. Então resolvi conversar com o Pedro pra distrair um pouco, fui até o quarto dele e bati na porta. Ele abriu e se encostou no marco:

-Oi primo.

-Oi.

-Nossa que "oi" seco.

Ele pegou um copo que estava numa mesinha e jogou na cara dele e disse no mesmo tom de antes:

-Oi. Agora foi molhado, assim tá melhor?

Eu ri da cara dele e observei que a blusa molhou e ficou colada no corpo dele, delineando cada músculo.

-Lav?

-Ah, oi.

-É que você veio até aqui e eu estou esperando você falar o porquê veio aqui.

-Ah tá. É... Eu.... Esqueci!

Eu dei um sorriso sem graça, ele me olhou desconfiado e eu disse com nervosismo:

-Tchau Pedro, se eu lembrar eu volto.

-Tá.

Aquela foi a sensação mais esquisita que eu já tive. Afinal, o que tinha para ser falado?

~~~~~~~~~~~~~~~

Um mês se passou:

Nada mudou, mas finalmente estava de férias. Fui até a sorveteria, coloquei uma calça legging preta e uma blusa branca escrito "Não sou obrigada".

Cheguei lá, fiz meu pedido (menta com chocolate) e fui escolher uma mesa. Por sorte, havia uma vaga e eu caminhei até ela.

Quando cheguei lá, havia um casal na mesa ao lado e quando eu fui cumprimentá-los, paralisei.

-Felipe?

Felipe:

Estava de férias, sem nada pra fazer, lembrei da Daniela. Liguei e marquei de encontrá-la numa sorveteria perto de casa. Fizemos nosso pedido, escolhemos uma mesa e ficamos conversando um bom tempo. Até que vejo a Lavínia se aproximando, torci muito para que ela não entrasse lá, mas minha prece não deu muito certo. Eu fiquei vidrado nela e a Daniela me chamava, mas eu não prestei atenção e isso causava irritação nela.

Minha ex (odeio falar assim) pegou seu sorvete e olhou ao redor, a única mesa vaga, era a que estava do lado da minha. Ela se sentou e olhou para mim e para Daniela. Se assustou:

-Felipe?

Dei um sorriso falso e disse com a voz meio trêmula:

-Oi Lavínia. Tudo bem?

-Sim, só vim aqui comprar um sorvete e... é.... eu.... já estou indo embora. Tchau.

Ela olhou para a Daniela com cara de nojo e raiva, deu um sorriso forçado.

Ela foi embora. Nunca tinha a visto com ciúme e era, tecnicamente, engraçado.

-Quem é ela, destraído?

-Uma menina da minha escola, Dani.

-Mas ela não parece ser só mais uma menina.

-É, talvez não seja.

-Você não quer falar né. Não tem problema. Mas eu acabei de lembrar que já deu hora de voltar pra casa porque eu vou pro cursinho de inglês.

-Ok. Depois a gente se vê.

Ela disse mentira, (qual curso dá aula em período de férias?) mas nem me importei, mandou um beijo pra mim, foi e depois eu fui embora pra casa.

Lavínia:

Vi que o Felipe estava acompanhado e muito bem acompanhado, a puta era bonita e eu fiquei com ciúme. Aí eu te pergunto: por que?

Ele não era nada meu, então por que eu ainda sentia algo por ele? Odeio esse sentimento. Cheguei em casa e vi Pedro jogado no sofá, quando fechei a porta e me virei ele fez cara de cachorro que caiu da mudança:

-Nó prima, dá um pouquinho desse sorvete aí.

Fui até ele, agachei na altura que ele estava e dei uma colher na boca dele. Ele estava tão fofo daquele jeito, parecia um bebê.

-Pronto. Quer mais?

-Só se for mais de você.

Ignorei, tomei o restante e fui sentar no sofá. Levantei o pé dele, sentei e coloquei de novo por cima das minhas coxas.

Ficamos assistindo Cake Boss e quando acabou o episódio, levantei em direção à cozinha. Mas ele levantou também, entrou na minha frente, impedindo minha passagem.

Dei a volta no sofá e ele também deu. Tentei diversas vezes escapar dele, mas ele sempre me alcançava. Ficamos brincando disso e quando eu consegui passar, ele correu atrás de mim (tenho pânico de pessoas que correm atrás de mim), aí eu corri até o terreiro e a única saída era pular na piscina.

Ele pulou também e nós ficamos jogando água um no outro. Até que eu cansei e sentei na beirada da piscina. Ele me puxou de volta pra dentro e segurou minha cabeça lá no fundo.

Quase afoguei, mas consegui me livrar das mãos dele. Depois eu tinha que me vingar, mas ele era muito mais forte e eu não estava disposta. Dei um mergulho e disse:

-Tira essa camisa carai.

-Cê é muito safada vei.

-Sou mesmo. Vai tirar sozinho ou precisa de ajuda?

Ele fez biquinho, cara de piedade e disse com voz de criança:

-Me ajuda?

Dei um selinho no seu beiço e tirei, com muita dificuldade, sua blusa encharcada. Depois que tirei, ele me puxou pela cintura, me colocou sentada na beira da piscina e me beijou. Eu entrelacei minhas pernas nele. Ficamos um longo tempo nos beijando e quando paramos, ele tirou minha blusa.

Nem liguei e fiquei apreciando cada parte do corpo dele. Ele tirou a bermuda também e sua cueca branca mostrava TUDO. Fiquei vidrada e esqueci de todo o resto.

-Volta pra Terra doidinha.

Eu pisquei e olhei pra ele que disse:

-Vei, cê não é normal. Dá cada viajada mais louca que a outra.

-Também né príncipe?! Olha o tamanho disso aí?

-Não sei se isso foi um elogio ou uma crítica.

-Tire suas próprias conclusões sobre seu brinquedo.

-Brinquedo? Se for assim... Vira criança de novo e vem pro meu parque de diversões?

Ensino Médio [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora