Never say never

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-Conversando com o vizinho, prima?

-Sim, primo.

-Beijando o vizinho, prima?

-Também, primo.

-Eu deixei, prima?

-E desde quando eu tenho que te pedir permissão, primo?

-Isso não importa.

Eu o encarei com indiferença.

-Pedro...

Eu ia falar alguma coisa mas não pensei em nada. Subi as escadas e fui deitar.

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No dia seguinte, um domingo, acordei e decidi ir até a pracinha. Coloquei um short jeans e uma blusa da Pitty.

-Vai aonde, Lav?

-Vou passear na floresta enquanto Seu Lobo não vem.

-Engraçadona hein, cuidado, o mundo lá fora é perigoso.

-Engraçadão hein. Tá.

Despedi dos meus pais e fui. Cheguei lá e sentei numa mesinha, fiquei lendo um livro e do nada senti a presença de alguém. Se aproximou mais, tapou minha boca e puxou meu cabelo. Quando eu fui perceber era Julia, Aline, Isabela e uma menina com proteções que skatistas usam.
Ouvi uma das vozes estridentes dizendo:

-Você roubou o Pedro de nós, vadia.

A praça estava com poucas pessoas, mas uma pessoa, que não deu pra ver quem, afastou todas elas que estavam me insultando e me espancando.

-Você precisa cuidar dessas feridas.

Levantei o olhar e encarei a pessoa.

-Felipe? Como que cê...?

-Vamo lá pra casa.

-A gente tá brigado esqueceu?

-Para de marra.

Cheguei lá e eu fui até um espelho que tinha na sala Enquirer ele desaparecia pelos corredores. Meu rosto estava com vermelhidões e algumas partes estavam roxas, tinha uns arranhões também.

O Felipe voltou de um dos cômodos, começou a limpar o sangue e fez curativos onde era necessário.

-Pronto anjo.

-Obrigada Felipe. Engraçado que você que me chama de anjo, mas quem tem um anjo da guarda sou eu.

Ele não disse nada, apenas ficou me olhando bobo.

-Me encarando assim cê me deixa com vergonha, Felipe.

-Atá, desculpa.

Tentei mudar de assunto:

-Seu irmão tá aí?

-Tá dormindo lá na minha cama.

-Posso ir lá?

Felipe:

Acordei num domingo e tive vontade de ir na pracinha. Quando cheguei lá, vi o amor da minha vida. Fiquei admirando a paisagem paradisíaca (pra quem não entendeu, é ela) até que vi umas garotas se aproximarem dela. Elas começaram a bater nela e óbvio que eu fui lá.

Expulsei elas com empurrões e insultos e fui ver o estado da Lavínia. Ela estava um pouco machucada, então levei até minha casa e cuidei das feridas. Ela disse que eu era seu anjo da guarda e aquilo me deu uma esperança dela me perdoar. Eu fiquei poucos dias sem os beijos dela e fiquei pior que dependente químico.

Ensino Médio [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora