Desculpas Viradas

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A chegada da Selenator causou um certo alvoroço no ambiente que estava transbordando desânimo alguns minutos atrás.

—Olá, Meloryn. — Felipe cumprimentou, esticando o braço para um aperto de mãos amigável.

—Oi, Felipe! Oi, Els... — Mel havia sido interrompida por um grito.

—FINALMENTE! Tava estranho ficar aqui sem você, mana. — João correu ao encontro da melhor amiga, puxando-a para um abraço.

—Feliz que você tenha vindo, Mel. — Eduardo exclamou, em tom animado, também dando um abraço na amiga.

— Agora faz um falsete pra gente, vamo mostrar cultura pra esse povo. — Pediu João à amiga, sorrindo ironicamente.

— Adoron. Mas só um pouquinho, ok? Não irei contra os meus ideais Swift pra ficar cantando de graça pra todo mundo né non? — Disse Mel, seguida de algumas risadas contidas.

Mel ficou séria por um momento, se concentrou, e em seguida começou a cantar o refrão de Me & The The Rhythm sem conter a voz. Nos momentos dos gritinhos, ela fazia movimentos com o dedo indicador no ritmo da música, e gargalhadas ecoavam todas as vezes em que a voz da morena falhava.

—QUE GRITARIA É ESSA AÍ, CARALHO? — Ellen levantou com o humor pior que o da noite anterior.

—Oioi, Ellen! Gostou da minha performance? — Mel não demorou a perceber que estava acontecendo algo desagradável, mas não queria deixar o clima pesado justo no momento em que ela chegou.

—Oi. — Ellen respondeu em tom baixo, aparentemente ainda com sono.

—Ain, que desânimo, que voz de sono... Foi mal se te acordei — Disse a selenator, com sinceridade.

Ellen não conseguiu conter um sorriso torto dessa vez. — Eu adoro essa música, escuto até hoje... — A baiana mudou de humor repentinamente, e foi dar um abraço na carioca.

—Me desculpem por ter sido meio impaciente com vocês — Falou a baiana, dessa vez se dirigindo a todos que estavam na sala. — Eu estou tendo problemas com o Lucca e eu deveria ter guardado isso pra ele ao invés de descontar em vocês. Vou conversar com ele depois que acordar. — Ellen dessa vez se dirigiu a todos que estavam na sala.

—Tá tudo bem, Ellie. Você não foi a única que se exaltou... — Disse Eduardo ao tentar confortar a baiana, que serviu um copo de leite e voltou caminhando para o seu quarto.

Melory saiu cumprimentando cada um, e parecia que ela estava ajudando a melhor um pouco o clima. Quando achou que havia cumprimentado a todos, notou a figura de camisa alaranjada em um canto da sala, vidrado na tela do celular. Justo aquele com quem ela tinha a história mais conturbada.

—Oi, Paulo. — Mel se aproximou e esboçou um sorriso amarelo.

Paulo olhou nos olhos dela por um instante, hesitou, e em seguida voltou o olhar à tela do pequeno aparelho. Melory o fitou, perplexa.

—Olha, eu queria esquecer das nossas discussões e seguir em frente, mas caralho, você não coopera nem um pouco com isso! — Disparou a morena, diante de mais um momento de silêncio do outro, que desta vez saiu da sala e seguiu para o quarto em que dormia, sem dizer uma palavra.

—Nossa... — Comentou Maria Eduarda, que observava o momento de tensão.

—É aquele velho ditado... — Começou a selenator, sarcástica — Fazer o quê, né? Risos.

[...]

Nesse dia não houveram festas ou nada que envolvesse muita gente. Sem que nada fosse combinado, eles simplesmente se dividiram em vários grupos menores - também conhecidos como panelinhas - e foram fazer atividades diferentes.

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