Equal Opposites

Efeito Cabello

Oooooie...\o/
Eu demorei, eu sei. Me desculpem por isso.
Minha mãe saiu de uma cirurgia a três dias atrás e estava precisando de cuidados, por isso não tive tempo nem de tocar no celular direito.
Mas para compensar vocês, trouxe um cap bem grande e gordo para vocês.
Coloquei mais algumas coisas agora porque estou feliz com as cenas Clexas nessa temporada.
O OTP BRIGA MAS NÃO FALHA.
Espero que gostem!!
Boa leitura.
Xx

P.O.V Lauren

Assim que coloquei a mão sobre a maçaneta da porta, ela se abriu rapidamente, mostrando uma Clara com olhos vermelhos e semblante preocupado.
- Oh meu Deus!! Nunca mais faça isso!! - ela disse me abraçando fortemente.
- Me desculpe mãe, é que Camila me levou para uma pequena viagem de surpresa, nem eu sabia!! - digo risonha.
- Você poderia ter ligado querida. - minha mãe diz se sentando no sofá.
- É que era um campo, não havia sinal.
- Tudo bem.
Por um momento fiquei apreensiva em perguntar de Chris. E se ele não quisesse me ver?
- Er...mãe, o Chris já está em casa? - perguntei e a mulher sorriu afirmando com a cabeça.
- sim sim!! Está no quarto com Taylor jogando video game. - a mulher diz calmamente.
- Ele tem um video game? Por que eu não tenho um video game? - digo risonha.
- Ah querida, seu pai comprou para ele recentemente, como ele nunca abria a porta, seu pai guardou. Mas devo admitir que estou super feliz por ele deixar a porta destrancada agora, e está saindo mais, ontem ele ficou aqui com Taylor assistindo um filme de zumbi nojento. Estou feliz com isso, sinto que a família está se unindo novamente. - a mulher dizia e seus olhos brilhavam nitidamente.
- Será que posso vê-lo? - perguntou e minha mãe afirmou alegremente.
Eu subia as escadas e meu corpo tremia por inteiro.
Havia muito tempo que Chris e eu não tínhamos algum contato.
Minhas mãos suavam levemente e quando bati na porta uma voz rouca me permitiu entrar.
Aquela era a voz de Chris?!
Abri a porta lentamente a pude ver os dois sentados na cama de Chris jogando.
Ele estava mais bonito de quando o vi no hospital, sua barba estava feita e o cabelo cortado corretamente.
Usava uma bermuda e não estava de camisa.
O Chris de sempre...
Uma última jogada e ele ganhou, socando o ar e abrindo um largo sorriso.
Meus olhos arderam, entregando lágrimas que queriam sair só por ver aquela cena.
Ele então desviou o olhar para a porta, claramente curioso com quem estava lá, logo seus olhos bateram em mim.
Ele abriu e fechou a boca algumas vezes, seus olhos vermelhos entregavam as lágrimas que iriam cair, assim como as minhas, que já rolavam pelo meu rosto.
Ele levantou rapidamente da cama e me pegou pelos braços, me tirando do chão, num abraço caloroso.
Eu chorava silenciosamente em seu ombro enquanto ele me apertava contra seu corpo definido.
- Eu senti tanto sua falta Laur, tanta. - ele disse distribuindo vários beijos pelo meu rosto.
Eu ri diante da fofura dele, fazendo ele rir junto.
Ele me colocou no chão e me segurou pelos ombros.
- Meu Deus, está tão linda!! - ele disse passando a mão por meu cabelo.
Ouvimos um fungar de dentro do quarto e rimos com a cena de Taylor enxugando as lágrimas.
- Hey tampinha, chora não, a próxima deixo você ganhar!! - ele disse sorridente e meu coração pulou de alegria ao ver Chris desse jeito.
- Qual é, eu deixei você ganhar!! - Taylor disse com um olhar convencido, fazendo com que Chris e eu dessemos uma leve risada.
- Onde passou o fim de semana? Eu precisava conversar com você. - Chris disse enquanto fechava a porta e andava em direção a cama novamente.
- Ela estava com a nova namoradinha!! - Taylor disse e pude sentir meu coração voar para fora do peito.
- O que?! Ela não é minha namorada!! E como sabe que eu estava com ela? - perguntei e Taylor sorriu.
- Louis veio aqui e me pediu algumas peças de roupa sua e um biquíni. - disse indiferente e voltou a jogar.
- Namorada? - Chris perguntou e pude perceber seu olhar divertido sobre mim.
Suspirei levemente e me sentei ao lado dele.
- Ela não é minha namorada, apenas demos alguns beijos. - disse a última parte quase inaudível.
Chris gargalhou alto e negou com a cabeça.
- Vamos conversar sobre isso mais tarde. - ele disse e eu assenti timidamente.
- Er...Taylor, você pode deixar Lauren e eu a sós? Eu preciso ter uma conversa com ela. - Chris disse fazendo todos os meus ossos doerem e meus músculos ficarem tensos, eu não sabia explicar, mas eu não tinha uma sensação boa do rumo dessa conversa.
- Adultos...- Taylor disse e saiu pela porta.
Sentei em sua frente cruzando minhas pernas.
Chris respirou fundo e olhou para os lados, ele estava inquieto e parecia nervoso.
- Eu preciso te contar tudo. - ele disse olhando para os pés. - tudo oque aconteceu. Depois que acordei, descobri que quase matei todos do coração. - ele disse dando um riso sem humor. - percebi que estava machucando minha família, machucando aqueles que eu amo. Então decidi fazer a coisa certa, decidi procurar ajuda. - ele disse olhando para mim e afirmando com a cabeça, mais como uma resposta para ele e não para mim.
- A mamãe sab...- eu iria perguntar mas Chris negou com a cabeça.
- Ela não sabe de nada, ninguém sabe, eu me sentia tão abalado, acabado, sujo... - ele disse deixando uma lágrima. - eu estava com vergonha. Vergonha do que aconteceu, vergonha por eu não conseguir impedir. Vergonha de mim. - ele disse olhando em meus olhos, fazendo meu coração doer em meu peito. - Não que eu ainda não esteja. - ele disse voltando com seus olhos para seus pés. - Mas percebi que preciso de ajuda.
Meus olhos cravaram no rapaz em minha frente, apenas esperando ele dizer tudo que havia acontecido. Meu coração doía de preocupação e ansiedade.
Minha mão foi de encontro a dele, apertando levemente seus dedos. - Hey Chris, está tudo bem, você pode confiar em mim. - disse e o rapaz me olhou, deixando cair mais uma lágrima.
- Nós erámos uma família feliz. Tínhamos amor e paz. Lembra das quintas-feiras com o tio Phillips? Éramos felizes. Porém... - ele disse respirando profundamente e então voltou a falar. - Porém eu não era. Eu não era a partir do momento em que o filha da puta começou a entrar no meu quarto tarde da noite. Ele vinha pela janela e falava para eu não contar a ninguém. - ele disse e pude ver desprezo em seus olhos. - Ele agia como o tio carinhoso enquanto estavámos todos juntos, mas o imundo vinha em meu quarto Laur. - Chris disse deixando algumas lágrimas rolarem pelo seu rosto. - Ele vinha e me tratava com "carinho", ele "brincava" comigo. - ele disse e pude entender oque significava as palavras de Chris. - Ele abusava de mim. Abusava e ia embora, para voltar na outra quinta-feira e agir normalmente na sala. Voltava para meu quarto novamente, apenas para me fazer de boneco. - Chris chorava e ria sem humor, fazendo meu coração doer descomunalmente. - Ele veio durante dois anos Laur. Dois anos. - Chris disse apoiando a cabeça sobre as mãos, seus soluços ecoavam pelo quarto, fazendo lágrimas teimosas descerem pelo meu rosto.
Puxei o garoto para um abraço, no qual me permiti chorar junto com Chris.
Segundos se passaram, segundos que pareciam horas.
- Então um dia eu comecei e me sentie sujo, comecei a ficar abalado, eu deveria contar para alguém, então por que não fiz? Eu me sentia inútil, me sentia fraco. Foi então que decidi trancar a janela. Conforme os dias passavam, isso me corroia por dentro, me tornando aquele cara de alguns dias atrás. Eu decidi não sair mais, eu tentava a todo custo esquecee tudo isso. Mas olhar para vocês me lembrava dele, lembrava do nojento que entrava em meu quarto. - ele disse limpando as lágrimas que teimavam em cair. - A dor me consumia, assim como o medo e a raiva. Foi a gota d' água quando você disse que ele queria falar comigo, meu mundo pareceu partir em dez, esmagado por uma marreta e jogado contra o fogo. A dor me consumiu do pé a cabeça, eu chorava descontroladamente e jogava as coisas sobre o chão. Eu saia para comprar remédios para me acalmar e remédios para dormir de vez em quando. Foi quando bebi todos de uma vez. Eu precisava de algo que me ajudasse, idependente do que fosse sabe... - Chris disse negando levemente com a cabeça. - Decidi contar a alguém e procurar ajuda, pois eu não queria acabar assim, não desse jeito.
Minhas palavras não saíam e minhas lágrimas não paravam.
- E-eu não sei oque dizer. Eu deveria cuidar de você, e-eu... - Chris negou rapidamente e me abraçou.
- Você não tem culpa, ninguém iria perceber, era tarde da noite. Não chore Laur. - ele disse afagando meus cabelos.
- A gente precisa contar para o papai e a mamãe. - disse olhando nos olhos de Chris, que estavam mais felizes que antes.
- Eu sei, vamos contar, mas não hoje tudo bem? Eu não quero ver mais ninguém chorando por hoje. - ele disse deixando um beijo em minha testa.
- Tudo bem. Mas precisamos contar logo. Ele precisa pagar pelo oque fez, e ele vai.
- Tudo bem. Mas agora, eu estou com fome. - Chris disse dando um leve sorriso.
- Oh, tudo bem! Vou preparar algo para nós.
- Na verdade... Eu estava pensando em sair para comer em algum lugar, nós e Taylor. E você também podia chamar sua nova namoradinha. - ele disse risonho e passou a mão por meu cabelo, o bagunçando logo em seguida.
- Ela não é minha namorada. Ainda não. - disse risonha para o rapaz a minha frente.
- Vejo que gosta mesmo dela. - ele disse colocando uma regata e procurando um boné em seu quarda-roupa.
- Gosto maninho. Eu gosto dela. - disse me levantando e indo até o outro lado de sua cama, pegando um boné vermelho e jogando para ele. - Toma, vai combinar.
- obrigado Campeã. Vai ligar para sua garota. - ele disse.
- É Camila. - disse risonha antes de sair de seu quarto.
Avisei Taylor e minha mãe que iríamos sair, que ficou com um sorriso de orelha a orelha por saber que Chris sairia para algum lugar que não fosse a cozinha.
Peguei meu celular e fiquei indecisa em ligar ou não para Camila, nós havíamos nos falado em algumas horas, eu não sabia ao certo oque estavámos tendo e não sabia se poderia ligar ou não.
Tomei coragem o suficiente para discar seu número e ligar.
Um bipe.
Dois bipes.
Três bipes.
Quatro bipes.
Quando eu ia desistir, uma voz doce enche meus ouvidos e meu coração.
- Lauren? - sua voz saiu doce e suave.
- Oi, está ocupada, posso ligar outra hora...
- Tudo bem Lauren, eu só estava no banho, por isso demorei, oque houve?
- É, você gostaria de sair para jantar comigo e meus irmãos? Chris quer jantar fora e eles falaram para eu te convidar, mas tudo bem se tiv...
- Eu quero Lauren. - Camila me interrompeu e deu uma leve risada. - Onde vai estar?
- Sabe aquela lanchonete perto da casa de plantas?
- Sim.
- Então, chegaremos lá em 20 mimutos, por aí.
- Tudo bem, beijos. - sua voz doce ecoou em minha mente.
- Beijos Boo.
Assim sai da varanda, com um sorriso de orelha a orelha.
Esse é o efeito Cabello.

(Esse é o efeito Cabello kkkkk.
Espero que tenham gostado, erros arrumo depois.
Mais uma coisa...
Daqui algumas semanas, umas três por aí, minha mãe irá fazer outra cirurgia, então não prometo postar nessa semana tudo bem? Espero que entendam.
Eu amo vocês Boos, até a próxima.)
Xx