Behind Enemy Lines. [JEMI]

Capítulo um.

Narrado por Demetria Lovato.

- Bom dia, flor do dia. –ouvi Nate saudar assim que me sentei na cadeira giratória do meu escritório-

- Bom dia. –eu falei sem dar muita atenção, abrindo meus e-mails no computador-

- Como foi a viajem? –ele perguntou e eu suspirei-

Nate, sendo meu melhor amigo, sabia bem que eu não gostava de conversar, mas parece que ele esquecia desse detalhe as vezes.

- O de sempre. –eu dei de ombros, sem olha-lo e pude ouvir seu suspiro-

- Você realmente matou o cara na frente do filho? –ele perguntou e eu o olhei pela primeira vez-

- Sim. Aquele fedelho irritante. –eu resmunguei e ele riu, me fazendo revirar os olhos. Nate era tão sorridente que chegava a irritar- Se tivessem me pagado mais, eu teria o matado também.

- O garoto morreu de qualquer jeito, Demi. –ele falou rindo e eu dei de ombros-

- Queria ter feito com as minhas próprias mãos. –eu falei e voltei minha atenção para o computador-

- Fria. –ele murmurou baixinho, para que eu não ouvisse, mas acabei ouvindo-

- Covarde. –eu rebati e ele revirou os olhos, me fazendo sorrir-

Nate é o meu único e melhor amigo, desde que me entendo por gente. Nós nos criamos em um orfanato de Los Angeles, e quando completamos dezoito anos, nos mudamos para Nova York. Moramos na rua por algum tempo, até eu conseguir esse emprego graças ao Mathew, meu chefe, dono de uma organização secreta de assassinos profissionais. Até contaria como cheguei até Mathew, mas isso é uma outra história. Sim, sou uma assassina. E não, não me importo. Nate também não se importa de conviver com uma assassina. Mesmo sendo um pouco sentimental, no fundo, Nate é frio como eu. Aprendemos a ser assim. Sem esperança, sem amor. Ou melhor, quase sem amor, pois eu amo Nate. Ele é minha família, meu irmão, e a única pessoa que eu realmente confio.

Checando meus e-mails, abri um e-mail de Mathew, me convocando para seu escritório. Estranhei, por ele apenas me chamava para o escritório para casos mais importantes.

- Mathew está nos chamando. –eu falei desligando o monitor do computador e me levantando-

Nate apenas assentiu, guardando o celular no bolso da calça jeans e se levantando.

- Vamos no meu carro ou no seu? –ele perguntou e eu o olhei-

- Cada um no seu. Pare de se exibir pela Ferrari nova, ok? –eu falei e ele riu, passando seu braço pelos meus ombros-

- Senti sua falta, Dem. –ele murmurou e eu ri de leve-

- Eu sei, Nate. –eu falei e ele me piscou, sorrindo-

Assim que chegamos no estacionamento, nos separamos e fomos cada um para seu carro. Nate para sua Ferrari Enzo, e eu para meu Audi R8. Vesti uma jaqueta de couro que tinha ali guardada e liguei o carro.

Em menos de vinte minutos já estávamos estacionando em frente à casa de Mathew. Fomos liberados pelo segurança e logo já estávamos no escritório do meu querido chefe.

- Bom dia. –eu e Nate falamos ao mesmo tempo e Mathew sorriu para nós, sentado em sua cadeira-

- Bom dia. –ele respondeu e nos sentamos na frente de sua mesa- Bem-vinda de volta, Demi. –ele murmurou e eu sorri fracamente, assentindo-

- Estava com saudade? –eu perguntei debochada-

- Foram três dias torturantes. –ele falou debochado e eu sorri- Devem estar se perguntando o porquê de eu ter chamado vocês. –ele falou-

- Na verdade não. –Nate falou, tirando uma pequena barra de chocolate do bolso e a abrindo. Eu ri olhando Mathew revirar os olhos. Depois de um suspiro, Mathew resolveu falar-

- Vocês vão viajar. –ele falou e eu franzi o cenho-

- Juntos? –eu perguntei-

Eram raros os casos que eu e Nate íamos juntos. Claro que ele era meu assistente, mas Nate sempre ficava em Nova York e eu ia sozinha.

- Porque? –eu perguntei depois que Mathew assentiu-

- O caso dessa vez será mais complexo. E vocês ficarão um tempo a mais no local. –ele falou e eu franzi ainda mais o cenho-

- Quanto tempo? –Nate perguntou-

- No máximo um mês, eu espero. –ele falou e eu arregalei os olhos-

- Mathew, um mês? –eu perguntou incrédula- Eu tenho um cachorro para cuidar, esqueceu? Não posso ficar longe por tanto tempo.

- Eu fico com Barney. –ele deu de ombros e eu bufei-

- E aonde vamos? –Nate perguntou-

- Londres. –Mathew falou e sorriu, abrindo um envelope e tirando de lá uma foto- Vocês vão de trás desse rapaz. –ele falou e estendeu a foto em nossa direção- Joseph Adam Jonas. –ele falou assim que eu peguei a foto e observei o atraente moreno na foto-

- Jonas? –eu perguntei e olhei para Mathew, surpresa- Filho de Paul Jonas? –eu voltei a perguntar e Charlie voltou a assentir- Mathew, Paul Jonas está sendo procurado por todos os policiais do país. –eu disse exasperada-

- E ele ainda não achado porque? –Mathew perguntou-

- Pois não está no país. –Nate respondeu e Charlie sorriu para ele, assentindo- Mas porque acha que estão em Londres? –ele perguntou-

- Tenho alguns informantes lá que descobriram uma residência no nome do Jonas. –ele respondeu- A missão de vocês, antes de matarem o filho de Paul Jonas, e conseguirem algumas informação sobre os crimes que Paul já cometeu. Por isso estou dando essa tarefa para vocês. Pois sei que são capazes. –ele falou e eu olhei brevemente para Nate- Aceitam ou eu passo para outro? –ele perguntou e eu suspirei, olhando novamente para meu melhor amigo-

O olhar de Nate dizia tudo. Ele adorava uma aventura, por isso a resposta não podia ser outra, saindo de ambas nossas bocas.

- Aceitamos. –falamos ao mesmo tempo e recebemos um sorriso de Mathew-