Capítulo oito.

467 40 8
                                    

Depois que eu e Joe saímos do banho eu vesti uma calça de couro preta e uma camisa branca. Calcei uma bota de salto e me sentei em frente à penteadeira para arrumar meu cabelo. Pude ver pelo reflexo do espelho Joe ajeitar a camisa para dentro na calça. Sorri me lembrando de... Coisas, mas logo balancei a cabeça.

- Quem é Nate? –Joe perguntou e eu me virei para olhá-lo-

- Porque quer saber? –eu perguntei nervosa-

- Ele está te ligando. –Joe respondeu e me alcançou meu celular- Porque o nervosismo? –ele perguntou rindo quando eu peguei o celular-

Eu peguei o celular e cancelei a ligação. Não queria ouvi-lo agora.

- Não vai atender? –ele perguntou-

- Não. –eu respondi e voltei a arrumar o meu cabelo-

- Não é seu namorado... Nem seu noivo, né? –ele perguntou e eu gargalhei-

- Não. –eu respondi rindo- Nate é meu irmão. –eu menti e pude ver a expressão de surpresa atingir o rosto de Joseph. Sorri com isso-

- Não me disse que tinha um irmão. –ele comentou-

- Você nunca perguntou. –eu dei de ombros e ele riu-

- E o que mais eu não sei sobre você? –ele perguntou-

- O que você quer saber? –eu perguntei rindo-

- Sei lá... Você já matou alguém ou algo do tipo? –ele perguntou debochado e eu ri forçadamente-

- Não que eu me lembre. –eu menti tentando parecer debochada-

- Não que se lembre. –ele repetiu gargalhando-

Terminamos de nos arrumar e saímos. Assim que chegamos ao hall do hotel eu pude ver Nate sentado em uma das cadeiras que havia no canto. Ele me olhou e sorriu debochadamente. Eu revirei os olhos e o ignorei, ainda caminhando com Joe de mãos dadas.

Depois que eu e Joe fomos para o restaurante onde encontraríamos seu pai, nós ficamos o esperando. O restaurante era muito refinado, típico restaurante de Londres, obviamente.

Joe parecia desconfortável com algo. Ele ficava o tempo inteiro passando a mão nos cabelos, enquanto com a outra ele acariciava meus dedos.

- Está tudo bem? –eu perguntei sorrindo fracamente e ele me olhou-

- Sim. –ele respondeu e sorriu, passando a mão por meu rosto- Porque não estaria?

- Você parece nervoso. –eu comentei e lhe dei um selinho-

- Impressão sua. –ele falou sorrindo e selou nossos lábios de novo-

Ficamos nos beijando até ouvirmos um pigarro discreto. Separamo-nos e viramos nossos rostos para direção aonde o pigarro veio. Paul Kevin Jonas estava parado em frente à mesa, nos olhando, sério. Ele parecia ainda menos amedrontador pessoalmente. Era impossível aquele cara ser um mafioso que esteja foragido dos Estados Unidos.

- Oi, pai. –Joe sussurrou e se levantou. Eu fiz o mesmo- Essa é Dianna.

- Muito prazer, senhor Jonas. –eu o cumprimentei educadamente, estendendo a minha mão para ele-

- Igualmente. –ele respondeu sorrindo... Cinicamente? É. Foi o que pareceu, mas ele não tem motivos para ser cínico comigo, então é só impressão minha- Devo dizer que meu filho tem um gosto muito refinado para mulheres. –ele disse sorrindo agora educadamente-

- É muita gentileza sua, senhor. –eu disse, sentindo Joe passar o braço por minha cintura-

Nos sentamos e fizemos o pedido. Paul era quieto, reservado e ficava me encarando de uma maneira estranha enquanto Joe segurava minha mão em cima da mesa. O almoço foi agradável... Na medida do possível, pois já estava me irritando com a maneira em que Paul olhava pra mim. Depois de algum tempo eu inventei para Joseph que estava me sentindo mal e ele concordou em me trazer de volta para o hotel. Insisti para ele voltar para o restaurante, e assim que ele o fez eu liguei para Nate. Ele não atendeu e eu tentei de novo, entrando na minha suíte.

Estava com o celular no ouvido quando senti um puxão forte em meu cabelo e logo eu fui empurrada para uma poltrona, onde meu corpo se bateu fortemente.

- Que diabo...? –eu murmurei com a mão na nuca-

Behind Enemy Lines. [JEMI]Onde histórias criam vida. Descubra agora