Capítulo três.

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- S... Sou Dianna. –eu respondi disfarçando minha incredulidade e estendi a mão para ele-

- Dianna do que? –ele perguntou enquanto apertava minha mão-

- Só... Dianna. –eu respondi e sorri forçadamente-

- Muito prazer... Só Dianna. –ele falou sorrindo e eu sorri como resposta-

- Igualmente. –eu disse-

- Você é daqui? –ele perguntou-

- Não. Sou de Nova York. –eu respondi e me arrependi meio segundo depois-

Mathew sempre me falou que eu não posso dizer a verdade. Mas algo no meu subconsciente não me deixou mentir. Exceto pelo nome, mas isso é algo que eu minto desde ensino fundamental.

- E o que faz em Londres? –ele perguntou com um interesse suspeito-

- Vim a trabalho. –eu respondi simplesmente sorrindo- E você é daqui? –eu perguntei interessada-

- Sim... Eu tenho residência aqui. Mas já morei em Nova York.

Nós ficamos conversando pela tarde inteira. Depois que saímos do restaurante nós fomos caminhar em uma praça que havia ali perto. Joseph era um homem muito legal. Além de lindo, ele era simpático, e muito engraçado. Só de olhar para a cara dele, eu já sorria.

Seria uma pena mata-lo.

Depois da tarde maravilhosa que nós passamos, ele me levou para o meu hotel, em seu carro. Assim que ele estacionou em frente ao hotel eu já tirei o cinto de segurança.

- Obrigada por me trazer, Joe. –eu falei sorrindo-

- Por nada. –ele sorriu- Foi um prazer conhece-la, Dianna. –ele falou-

- O prazer foi todo meu. –eu falei sorrindo- Hm... Aqui está meu telefone. Eu vou ficar um bom tempo aqui em Londres, a gente pode sair. –eu disse e alcancei um papelzinho pequeno com o meu número rabiscado- Me liga. –eu sorri-

- Com certeza eu ligarei. –ele falou sorrindo e pegou o papel, também puxando minha mão e a beijando-

- Até mais, Joe. –eu sussurrei-

- Até mais, Dianna. –ele respondeu sorrindo-

Eu abri a porta do carro e sai do mesmo. Acenei para Joe assim que entrei no hall do hotel e ele acenou de volta, logo depois saindo com o carro.

Peguei meu celular e disquei o número de Nate.

- Eu quero você na minha suíte em menos de quinze minutos, Nate. –eu falei quando ele atendeu-

- Sabia que eu sou muito eficiente? –ele perguntou e eu abri a porta da suíte-

Nate estava na minha suíte já. Deitado em minha cama, com uma caixa de bombons em meu colo.

- Boa noite, sumida. –ele murmurou e eu sorri-

- Eu o conheci! –eu gritei animada e corri até a cama me atirando ao seu lado e pegando um bombom-

- Conheceu quem? –ele perguntou-

- Como "quem", Nate? Príncipe Harry é óbvio. –eu falei debochada e Nate gargalhou-

- Quem, Demetria? –Nate perguntou de novo-

- Joseph Adam Jonas. –eu falei pausadamente e Nate se sentou na cama me encarando-

- O...? –ele tentou falar-

- Alvo. –eu completei sorrindo- Ele é lindo. –eu disse e Nate sorriu ainda meio incrédulo-

- E já o matou? –Nate perguntou empolgado pulando em cima de mim. Aquela pergunta me deixou desconfortável, e por um segundo eu me esqueci da pessoa fria que eu era-

- Não. –eu respondi séria e Nate me encarou-

- O que há, Dem? –ele perguntou saindo de cima de mim-

- Eu não sei se quero mata-lo. –eu sussurrei e Nate ergueu a sobrancelha-

- Você bebeu? –ele perguntou e eu revirei os olhos me sentando na cama-

- Ele é... Legal, Nate. –eu falei-

- Demi, você já matou mais de mil pessoas. –Nate falou e eu ri-

- Não exagere.

- Então não enlouqueça. –ele pediu e passou seu braço por meus ombros, me fazendo deitar em seu peito. Eu revirei os olhos e o abracei- Você não gosta muito de abraços, né? –ele perguntou e eu ri-

- Eu não sou acostumada. –eu sussurrei- Você é o único que me abraça. –eu comentei rindo-

- Talvez seja porque eu sou o seu único amigo. –ele disse e eu ri-

- Do jeito que você fala, é como se eu fosse um monstro. –eu disse rindo-

- Você é um monstro. –Nate falou e eu gargalhei- Mas agora está querendo virar um anjo, não querendo matar o Jonas.

- Eu vou mata-lo. É o meu trabalho... Mas algo nele parece que grita o quão errado é aquilo.

- Errado é. Mas você nunca se importou antes... Quer dizer... Até crianças você já matou.

- E qual a diferença entre adultos e crianças?

- Crianças têm longas vidas pela frente. –Nate sussurrou e aquilo me deixou um pouco mal-

- Nate. –eu chamei-

- O que? –ele perguntou-

- Vá embora. –eu pedi-

- Demi... –ele me repreendeu-

- Eu vou acabar o meu trabalho e nós voltaremos para casa. Agora vá embora. –eu disse e sai de seus braços-

Nate se levantou, se virou para mim e beijou o topo da minha cabeça. Murmurou um "até mais" e saiu da suíte. Eu me levantei também e tirei minha jaqueta e minhas botas.

Resolvi ir tomar um banho. Tomei um banho digno de princesa e quando sai do chuveiro apenas vesti um roupão branco. Sai do banheiro e liguei a televisão.

Deitei na cama e fiquei vendo um programa de culinária. De repente eu sinto o meu celular vibrando. Revirei os olhos, pensando que era Nate, mas era um número desconhecido.

Demorei um pouco para atender, mas resolvi o fazer.

- Alo? –eu murmurei atendendo ao telefone-

- Dianna? –eu ouvi do outro lado da linha-

- Dian...? Joe! –eu quase gritei, apavorada por ter quase corrigido meu nome-

- Está ocupada? –ele perguntou enquanto eu me deitava na cama novamente, com a mão no peito, tentando acalma-lo-

- Não. Não estou. –eu disse-

- Quer sair comigo hoje à noite? –ele perguntou e eu pude notar que ele sorria-

- Claro. –eu respondi sorrindo, mas logo fechei esse sorriso quando notei que era sincero-

- Então eu pego você aí, daqui... Uma hora? –ele perguntou-

- Uma hora, está perfeito. –eu falei-

- Então... Até mais tarde. –ele murmurou-

- Até. –eu disse e desliguei-

Me levantei rapidamente e fui escolher uma roupa. Escolhi um vestido curto, roxo de uma manga só. Calcei uma sandália de salto dourada. Arrumei meu cabelo e me maquiei rapidamente.

Quando terminei de me arrumar eu olhei em meu celular e notei que estava quase na hora que Joe combinou.

Foi então que eu notei que estava esquecendo algo. Minha arma! Revirei os olhos e peguei minha arma que estava dentro da bolsa. Verifiquei a munição e a coloquei na lateral da minha coxa, a escondendo com o vestido. Alguns minutos depois eu ouvi o telefone da suíte tocar. O atendi rapidamente.

- Senhorita, há um rapaz lhe esperando aqui no hall. –um homem falou do outro lado da linha-

- Estou descendo. –eu disse e desliguei-

Behind Enemy Lines. [JEMI]Onde histórias criam vida. Descubra agora