Capítulo doze.

429 35 11
                                    

Narrado na terceira pessoa.

- Como assim ele descobriu, Demi? –Nate perguntou incrédulo-

- Ele sempre soube, Nate. –ela murmurou enquanto jogava suas roupas na sua mala apressadamente- Aquele desgraçado me enganou direitinho. –ela falou mais para si mesma rindo em descrença-

- E o que você está fazendo? –Nate perguntou-

- Eu vou embora. –ela sussurrou-

- Vai voltar para os Estados Unidos? –ele perguntou surpreso-

- Não. –ela respondeu e o olhou- Eu vou fugir. –ela respondeu e respirou fundo, sentando na cama, ao lado de sua mala-

- Como assim, Demi?

- Mathew vai me matar se me encontrar. –ela murmurou sentindo lágrimas encherem seus olhos. Lágrimas que ela logo se recusou a derramar- Eu não sei para onde eu vou. Talvez para o Brasil. – ela falou e passou as mãos pelo cabelo. Então ela olhou para Nate- Prometa que não vai contar para Matt. –ela sussurrou e Nate suspirou-

- Eu prometo. –ele assentiu e a fitou- Mas e... E o Joseph? –ele perguntou e Demi se encolheu- Foi ele quem fez isso em seu rosto? –ele perguntou e Demi suspirou-

- Eu pensei que ele ia me matar. –ela sussurrou e sentiu Nate abraçá-la-

- Você gostava dele, né? –Nate perguntou-

- Claro que não. –ela respondeu prontamente e Nate sorriu-

- Demi, sou eu. –Nate falou e o olhou confusamente- Esqueça por alguns minutos que você é uma assassina. Abra seu coração para mim pelo menos uma vez na vida. Nós nunca mais vamos nos ver... Apenas seja sincera. –ele pediu e Demi respirou fundo e se atirou nos braços de Nate, abraçando-o fortemente-

Nate sempre foi um irmão para Demi. Eles se conheceram quando eram crianças e sempre se deram bem, mas Nate estava certo, Demi não abrirá seu coração antes. Ela sempre foi fechada para qualquer tipo de sentimento, exceto pelo grande afeto que tinha por Nate.

Demi sentou-se novamente na cama e Nate sorriu afagando os cabelos da amiga.

- Ele é especial, né? –Nate perguntou e Demi se encolheu-

- Ele é passado. –ela sussurrou olhando para o nada- Ou pelo menos... Eu espero que ele seja. Eu o prefiro longe a morto. –ela sussurrou e se levantou para voltar a arrumar sua mala-

No outro dia é o dia em que Demi iria para o Rio de Janeiro, decidida a largar tudo para trás e começar uma nova vida. Ela se sentia estúpida, uma burra por ter estragado sua vida desse jeito. Agora ela já devia estar sendo perseguida pelos homens de Mathew.

Ela estava no aeroporto, entrando no toalete, com o celular no ouvido, conversando com Nate. Demi havia conseguido a passagem para o Rio de Janeiro em tempo recorde. Ela comprou a passagem e logo foi para um salão de beleza, dar um jeito em seu cabelo. Ela não quis pintar novamente, então apenas cortou um pouco mais curto, na altura dos ombros.

- O voo é daqui uma hora. –ela falou no telefone e parou para se olhar no grande espelho que havia no banheiro. Ela se olhou no espelho e passou a mão pelo rosto, onde havia uma forte mancha roxa abaixo do seu olho. Seu lábio inferior estava meio inchado também, mas estava tudo muito discreto-

Ela usava uma calça jeans preta e uma camisa jeans escura. Nos pés ela usava um par de coturnos pretos de couro.

Logo ela desligou o telefone e o colocou sobre a pia, para ajeitar o seu cabelo, mas o celular acabou caindo. Demi que tinha bons reflexos conseguiu apanhar o aparelho antes que o mesmo se chocasse no chão. Quando ela se reergueu, sentiu dois braços fortes apertarem seus braços. Ela tentou se soltar, mas antes que pudesse fazer algo, sentiu alguém pressionar um pano com álcool em seu rosto, fazendo-a perder os sentidos e desfalecer nos braços da tal pessoa que ainda a segurava.

Os dois homens esconderam Demi dentro do carrinho de limpeza e saíram do banheiro, como se nada houvesse acontecido, arrastando o carrinho. Depois que os homens colocaram Demi no porta-malas do carro deles, eles partiram para o seu destino.

- Chefe? – o homem que estava dirigindo murmurou no telefone- Já estamos com Demetria. –ele falou- Sim, senhor, ela estava viva. Ok. –ele murmurou e logo desligou o telefonema-

Demoroucerca de quinze minutos para o carro estacionar em frente a uma grande eluxuosa mansão. Ao lado da mansão, no terreno vazio, havia uma porta que davapara um porão embaixo do chão. Os homens levaram Demi para aquele porão e aamarraram em uma cadeira. A sala onde Demi estava era praticamente vazia excetopela cadeira e por uma mesa que havia no centro da sala. Uma lâmpada fracapendurada no teto iluminava parcialmente a sala. 

Behind Enemy Lines. [JEMI]Onde histórias criam vida. Descubra agora